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(Se continuarem sem votar e comentar,  infelizmente vou pausar a história. percebi que vocês gostam de ler, mas não gostam de votar. Colaborem).

Agnes 🔮

Senti meu rosto arder assim que terminei de falar.

Cai para a frente por conta da força do impacto da mão dele com o meu rosto. Passei a ponta dos dedos levemente, sentindo minha bochecha doer.

- Tá muito soltinha - ele riu - Se antes ninguém mandava, agora eu mando.

- Não... - contrariei - Não vou fazer isso. Eu não vou.

Eu queria chorar, me jogar no chão e ficar quieta. Mas resisti, porque eu não ia me sujeitar ao que aquele cara queria.

Empurrei ele com o máximo de força que consegui e corri para a porta. Mas antes que eu conseguisse pegar na maçaneta ele me alcançou, me carregou contra a minha vontade para o sofá encostado na parede, e me jogou. Maldito.

Me debati ainda mais quando vi ele subir em cima de mim e segurar meus pulsos para cima. Aquilo me lembrou das vezes que meu pai fazia o mesmo  e me mandava ficar quieta para me violentar.

Soltei uma das minhas mãos e dei um tapa em seu rosto, mas me arrependi na mesma hora, porque se antes ele estava bravo, agora ele estava com ódio. E a cada tapa e puxão de cabelo eu me sentia mais fraca e sem força alguma para resistir.

Até me ver desacordada.

(...)

Quando abri os olhos, pisquei algumas vezes desejando que a sala a minha frente fosse um pesadelo. Mas não, era a mesma sala.

Que ódio.

Pude ver o filho da puta sentado naquela cadeira, como se estivesse se sentindo um daqueles mafiosos desses filmes bregas de 1990.

- Acordou, querida - a voz irritante dele ecoou - Não queria ter feito isso, mas sabe como é, você pediu.

- Vai se fuder - falei baixo, sentindo gosto de sangue na boca.

- Acho que agora já estamos resolvidos, não é mesmo? - ele sorriu - Você vai fazer o que mando, e em troca vai ter todo o luxo que quiser.

- Olha, tudo bem - desisti de discutir e insistir com aquele cara - Faço o que você quiser...mas por favor, não toque mais um dedo em mim.

- Ah, não vou precisar! - ele se levantou e veio até mim, sentando na ponta do sofá - Você vai ser uma boa garota, não é? - ergueu meu queixo com a ponta dos dedos frios.

- Boa garota o caralho - bati na mão dele - Vou aceitar isso apenas porque não compensa discutir com você. É perigoso acabar me matando, seu desequilibrado.

Ele sorriu e levantou, indo até a porta.

- Vem, pode ir.

Me levantei com cuidado, sentindo meu corpo todo dolorido. Com certeza eu estava cheia de manchas por conta desse infeliz, miserável.

Andei até a porta e revirei os olhos vendo ele e aquele sorriso irritante.

- Depois nos vemos, Agnes - ele sussurrou no meu ouvido, e em seguida, fez algo que revirou meu estômago.

Ele me beijou.

Tocou aquela boca nojenta, asquerosa, e imunda na minha.

Me afastei na mesma hora, e olhei para ele com a minha melhor expressão de ódio. Eu só conseguia pensar no quanto ele era filho da puta, que ódio!

Ele mandou o mesmo segurança me levar para o hotel que eu tava antes. Fui vigiada da cabeça aos pés até o carro, e depois até a porta do quarto.

Quando cheguei, me joguei na cama e chorei, chorei e chorei.

O que mais eu podia fazer? A impressão que dava era que eu estava presa, e presa a alguém que eu sequer conhecia, e que insistia em me usar para o trabalhinho sujo dele.

Depois de alguns minutos eu levantei, enxuguei o rosto e me enfiei debaixo do chuveiro, esperando que a minha indignação e tristeza fossem embora junto com a água do ralo.

Libertina - [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora