26. decision

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Kibum sentou-se no sofá, as mãos cobriram o rosto e ele soltou o ar de forma pesada, todo o seu sistema parecia ter entrado em colapso, não conseguia raciocinar as coisas ao seu redor e muito menos sabia se ele estava vivo naquele momento, a única coisa sua mente conseguia processar era que Nawon estava morta.

A mulher que mais amou no mundo inteiro, estava morta.

Sua mente repetia a imagem de Nawon caída no chão, o sangue se espalhando e expressão sem vida. Tais lembranças lhe causaram um aperto no peito e o ar parecia não entrar corretamente em seus pulmões. Se perguntava onde tinha errado para deixar as coisas chegarem onde estava. Sua mulher estava morta e não tinha mais certeza se sua filha tinha alguma chance de ficar viva.

Sentiu o toque suave em seu ombro, seguido de um leve aperto e levantou o olhar apenas para ver Saeron ali, suas roupas ainda estavam sujas de sangue, assim como parte de sua pele exposta, a mulher suspirou, o encarando por alguns segundos antes de passar os braços ao redor dele, Kibum não teve nenhuma reação inicialmente, mas o aperto suave de Saeron em seu corpo foi o suficiente para que toda ficha do que acontecera caísse. O Kim desabou, liberando todo o choro entalado dentro de si, enquanto Saeron o apertava contra seu corpo.

Tudo tinha acontecido muito rápido, Sowon havia matado Donghae e consequentemente salvado Taemin, então, toda a equipe se juntou para que pudessem manter os outros vivos, correndo com eles para um local seguro onde fossem ter o atendimento necessário. O corpo de Nawon havia sido levado para a mansão e Saeron foi quem deu a ordem para Sicheng e Yuta acionassem as bombas, explodindo toda a Yoshiya e aqueles que ainda estavam ali dentro.

Sae não tinha nenhuma notícia de Sowon e Donghyuck desde que eles haviam entrado na ala médica, os melhores médicos do país havia sido convocados apenas para que tratassem dos dois, Taemin havia tido ferimentos profundos, mas se recuperaria bem, assim como Lana e os outros garotos. So e Hyuck eram os que estavam em situação mais grave e levaria tempo até que tivessem alguma notícia deles.

- Mãe, você... - A voz de Taeyong interrompeu o momento, fazendo com que os dois se separassem. Kibum virou o rosto para o outro lado, enquanto Saeron encarou o filho mais velho. - Meu pai está te chamando - falou baixo.

- Tudo bem, eu já vou - respondeu, balançando a cabeça suavemente.

- Ahn... Lana já está no quarto, se você quiser ver ela... - O Lee falou, ainda mantendo o tom baixo, atraindo a atenção do homem para si.

Kibum apenas assentiu, sentindo o toque suave de Saeron em seu braço antes de se afastar. Ele seguiu lentamente até o segundo andar, indo diretamente ao quarto da garota, onde viu Diana sair e o cumprimentar rapidamente, ele apenas acenou com a cabeça, entrando no cômodo, fechando a porta atrás de si. Lana encarava o teto, deitada de forma confortável na cama, o Kim pôde sentir uma onda de alívio o tomar, pelo menos tendo a certeza de que uma de suas garotas estava bem.

- Ei... - falou suavemente, parando ao lado da cama e a encarando.

Lana se manteve em silêncio, perdida em seus próprios pensamentos, se sentia dopada por conta do remédio que havia sido aplicado, se sentia estranha, como se nada mais fizesse sentido. Seus sentimentos estavam bagunçados, se misturando entre a tristeza e culpa, a voz de Kibum pareceu lhe dar certo gatilho e ela sentiu o aperto se intensificar em seu peito, um nó se formou em sua garganta e seus olhos arderem por conta das lágrimas que se acumularam ali.

- Eu sinto muito, eu sinto muito mesmo - falou em meio a um soluço. - Eu teria dito se eu soubesse, eu teria salvado ela, eu poderia ter inventado qualquer coisa para salvar ela, mas eu não fiz nada, eu... eu... - soluçou, engasgando-se em seu próprio choro. - Eu não quis que...

NO CONTROL, Lee Donghyuck ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora