27. Give up

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— Donghyuck, não é pra correr, caralho! — Jeno exclamou, revirando os olhos. — O médico disse pra andar devagar, eu tenho que desenhar pra você entender, porra?

— Jeno, tem a porra de uma semana que eu não vejo ela. Uma semana! Sabe o que é isso? São sete dias, cento e sessenta e oito horas, dez mil e oitenta minutos e seiscentos e quatro mil e oitocentos segundos!

— Olha, que menino inteligente, parabéns pelas informações — respondeu, como se falasse com uma criança, apertando a bochecha do garoto entre os dedos. — Agora vamos devagarzinho, tá bom? Porque se você se machucar mais ainda, a mamãe vai brigar. — Jeno manteve o tom debochado e infantil, vendo Hyuck revirar os olhos.

— Vai se foder, Jeno! Filho da puta do caralho.

— Nossa mãe é a mesma, só pra lembrar.

— Não fala comigo, tô puto com você, porra.

— Não pode ficar bravinho porque eu tô te ajudando — retrucou. — Se não eu te deixo aqui mesmo e caio fora.

— Faz isso e meus pais vão arrebentar você.

— Nossos pais!

Hyuck bufou, revirando os olhos e reclamando ao ver que ainda falta uma boa distância para chegar ao quarto de Sowon, o caminho que normalmente duraria um minuto, levou quase dez e Donghyuck se sentiu aliviado quando finalmente chegou ao quarto da garota, soltou o ar lentamente enquanto sua mão segurava a maçaneta, Jeno se encostou na parede, esperando pacientemente até que o irmão criasse coragem para entrar no local.

Quando Hyuck finalmente o fez, ele travou na porta, apertando firmemente a maçaneta, havia sido avisado que Sowon não estava tão bem, mas, honestamente, ele não pensou no quão ruim a situação poderia estar, aquela Sowon à sua frente, não parecia a mesma Sowon de uma semana atrás.

Ele engoliu seco e um pouco receoso entrou no quarto, soltando o ar lentamente ao ver a garota fechar o livro que tinha em seu colo e sorrir para ele. Donghyuck não sabia o quanto tinha sentindo falta daquele sorriso, até vê-lo.

— Oi!

— Oi!

Sowon riu fracamente, correndo o olhar pelo garoto, o aparelho apitou, denunciando o quanto seu coração estava acelerado por vê-lo ali. Hyuck riu fracamente com isso, fechando a porta antes que o irmão entrasse e seguindo até ela lentamente.

— Mesmo após tanto tempo, eu ainda faço seu coração acelerar? — brincou.

— Ele fica sem controle toda vez que te vejo.

— Cuidado, vou acabar te causando um infarto desse jeito.

Sowon riu fracamente, analisando cada ferimento no rosto do namorado, soltando o ar lentamente quando ele se aproximou, descansando a mão em seu rosto e fazendo um carinho suave ali. Observou quando Hyuck se aproximou vagarosamente, encostando suas bocas em um selar leve e rápido e, por um instante, ambos se sentiram em paz ali.

A garota se arrastou para o lado, não segurando o resmunguinho com a dor que sentiu, logo em seguida batendo no colchão, indicando que ele se sentasse ali. Hyuck fez sem pensar duas vezes, evitando fazer movimentos bruscos ao se acomodar ao lado dela, não hesitando em entrelaçar seus dedos com os da namorada.

— Você demorou para vir me ver — comentou, virando-se para olhá-lo.

— Ficaram no meu pé pelo repouso e essas coisas, além disso, os remédios me dão um sono absurdo.

    — São bem fortes mesmo, eu durmo rapidinho com eles. — Sorriu fracamente, brincando de maneira distraída com a mão do namorado. — Você não tem ideia do alívio que é ver que você está vivo.

NO CONTROL, Lee Donghyuck ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora