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Lili Reinhart

- Que... Água... Fria... - Seus dentes estavam batendo freneticamente devido ao frio, todo seu corpo tremia. - ... Pura que p...

- Olha a boca menina. - Bronquiei em tom de brincadeira.

A deixei lá por mais alguns minutos. Sai para pegar uma toalha limpa e seca. Quando voltei, Camila estava encolhida abraçando o próprio corpo, não parava de tremer.

Desliguei o chuveiro com medo que ela ficasse doente, tirei seus cabelos do rosto lhe enrolando na toalha.

- Pronto! - A puxei saindo do box. - Tira a calcinha. - Ela me olhou por alguns segundos, assentou e tirou por baixo da toalha.

- Me abraça? - Lhe olhei com a sobrancelha arqueada.

Eu entendi certo? Ela pediu isso mesmo?

- Eh... Eu... Quando a gentr sair daqui, eu abraço.

- Não! Me abraça agora, por favor. - Suspirei me dando por vencida. A abracei, mas ela estava com frio demais para me abraçar de volta.

Uma de suas mãos segurava a toalha e a outra se apoiava no meu peito, em algum momento, Camila soltou a toalha e me abraçou com uma que a segurava. De primeira a toalha não caiu.

- Me abraça forte, por favor.

Eu obedeci e a abracei, afaguei seus cabelos molhados carinhosamente. Ela se afastou um pouco, deixando a toalha cair, não sei se propositadamente.

- Me beija?

Arregalei os olhos com o pedido inusitado. Acho que devo ter ouvido errado, ela inclinou a cabeça, deixando um beijo no canto da minha boca, mordeu meu queixo. Antes que pudesse descer mais a empurrei calmamente pelos ombros.

- Camila, a gente não pode. - A mesma não me deu muito ouvidos. - Camila? - Voltou beijando meu pescoço. Eu a afastei. - Camila, não! - A encarei olhando nos olhos.

- Mas por que?

- Você não consegue abrir os olhos direito, não consegue nem focar em mim. Não vou me aproveitar de você assim.

- Por que não? - Jogou a cabeça para trás fazendo birra.

- Por que assim eu não quero. Você não está em si, vem cá.

Apanhei a toalha e a cobri novante levando-a para cama. Lhe vesti um pijama confortável, a deitei e a enrolei bem.

Fui para cozinha para fazer uma café forte, enquanto fazia foi impossível não pensar no que tinha acabado de acontecer. Uma parte de mim dizia que ela me queria, mas a outra dizia que ela só fez isso porque estava bêbada, amanhã pela não vai nem lembrar. Acho melhor que seja assim, voltei para o quarto com uma xícara de café.

- Toma isso, vai te fazer bem
- Lhe entreguei a xícara enquanto pegava sua cabeça ajudando-lhe se sentar, fazendo com que bebesse um pouco.

- Que horror, está sem açúcar e forte. - Ela fez uma careta, eu ri da sua expressão, mas com muita relutância bebeu mais um gole.

- Toma mais um pouco.

- Não. Ta bom, credo. - Empurrou minha mão que estendia a xícara para ela.

- Certo, então vou tomar banho e ja volto. - A deitei lhe cobrindo novamente.

Entrei no banheiro, liguei o chuveiro deixando a água quente cair sobre o meu corpo, todos os meus músculos relaxaram de imediato ao sentir o contato líquido em minha pele.

Saí do banho, ela ja estava dormindo. Vesti a parte de baixo do pijama e um moletom mais quente pelo fato de estar muito frio. Sentei na cama pegando o celular em seguida, olhei a Camila que dormia serenamente. Voltei minha atenção para o celular, e vi uma mensagem da Mads.

A irmã do meu namoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora