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Lili Reinhart

Acordei quando a Mads bateu o pé na cômoda perto da porta.

- Caralho, cômoda filha da puta. – Ela xingou baixinho. Ri da cara que ela fez, parecia ter doído mesmo.

- Tudo bem aí? – Não consegui conter o riso.

- Tudo sim. Ótimo! Quase fiquei sem uma perna. – Ela estava segurando um prato com algo que parecia sopa. – E você para de rir, que doeu de verdade.

- Desculpa, sua cara foi engraçada. – Falei sentando na cama, me escorando na cabeceira da mesma. – O que você tem aí?

- Fiz uma sopa para você. – Disse vindo até mim ainda mancando e sentando a minha frente.

- Estou sem fome!

- Vai comer sim, você tem que se alimentar, apesar de tudo, tem uma vidinha se formando aí agora. – Ela colocou o prato no meu colo, mordi o lábio a olhando, logo comecei a comer.

- Nossa! Tá muito bom isso. – Levei mais uma colher até a boca.

- Cozinhar é um dos meus talentos. – Jogou os cabelos pro lado de uma forma convencida.

- Dessa eu não sabia. – Sorri comendo mais um pouco.

- Amiga? – Ela estava olhando para o meu celular. – A Camila tá te ligando.

- Não! Não atende, deixa cair na caixa postal. – Falei um pouco rápido demais.

- Okay. – Madelaine ficou alguns segundo olhando para a tela. – Pronto, caiu. – Colocou o celular na mesa de cabeceira. – Por quanto tempo vai evitar ela?

- Pelo menos até seu aniversário. Aí seremos obrigadas a nos ver.

Ficamos mais algum tempo conversando. Mads tentou a todo custo me distrair, mas sem muito sucesso. Já era quase seis horas da noite quando ela disse que tinha que ir embora.

- Tem certeza que vai ficar bem sozinha? – Questionou parando na porta.

- Tenho sim, obrigada por tudo. – Sorri. – Mas acho que agora quero ficar um pouco sozinha.

- Não tem o que agradecer, sei que faria o mesmo por mim. – Assenti. Pois era verdade, faria qualquer coisa para ajuda-la e vê-la bem. – Promete me ligar se sentir qualquer coisa?

- Claro, prometo. – A abracei forte e logo fechei a porta.

Voltei para a cama, o celular tocou mais uma vez.

Camila!

E mais uma vez não atendi. A noite passou tranquila, recebi mais algumas mensagens dela:

"Quando puder, me liga"

"O que houve? Por que não atende?"

"Estou preocupada"

Mas também não respondi, pode parecer egoísta, mas é preciso.

No dia seguinte amanheci com um pouco de febre, preferi ficar na cama, o celular tinha várias mensagens da Mads e da Camila. Liguei para a ruiva que atendeu no primeiro toque.

- Alô? Como está? Me mandou mensagem? – Falei sem dar espaço dela falar nada.

- Estou bem e você? Queria saber como está. Como amanheceu hoje?

- Não estou enjoada, mas estou com febre. – Preferi falar a verdade, não consigo mentir pra ela. Madelaine me conhece melhor que ninguém e logo saberia que estou mentindo.

A irmã do meu namoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora