A irmã do meu namorado

1.8

ATENÇÃO: ESSE CAPÍTULO TEM GATILHO (história sobre relacionamento abusivo) SE NÃO SE SENTIR BEM/CONFORTAVEL PARA LER, NÃO LEIA!!

Lili Reinhart

Fui até meu guarda roupas para pegar uma roupa minha. Bati na porta do banheiro para entregar a ela. Camila abriu apenas uma fresta da porta, por onde lhe entreguei a roupa, então fechou-a novamente.

- Vou fazer algo para a gente comer. – Fiquei esperando que respondesse.

- Okay. – Respondeu de dentro do banheiro.

Apenas sorri negando com a cabeça. Peguei as taças e as garrafas de vinhos que ainda estavam no chão e fui para a cozinha.

Coloquei água no fogo para ferver com um pouco de sal. Decidi fazer uma massa, que é bem mais rápido e prático. Arrumei a cozinha e lavei algumas louças que estavam sobre a pia, voltei para o fogão colocando a massa na água, mexi um pouco para não grudar.

Ouvi a Camila sair do quarto, vindo até a cozinha onde me abraçou por trás, cruzando as duas mãos na minha barriga. Beijou meu pescoço, o que me deixou um pouco arrepiada.

Espero que ela não tenha percebido!

Olhei para ela por cima do ombro e a vi com o queixo apoiado no meu ombro, sorri lhe dando um selinho demorado.

- Você fica ainda mais linda cozinhando. – Sorri. – Na verdade você é linda de qualquer jeito.

Fiquei um pouco corada e sem jeito, mas acho que ela também n]ao percebeu. Ou pelo menos espero que também não tenha percebido.

Esses efeitos que ela me causa! Droga! Preciso aprender a me controlar.

A morena me soltou e foi pegar o celular no quarto, quando voltou, eu estava escorada no balcão perto do fogão concentrada olhando algumas mensagens. Quando se aproximou, ficou escorada na mesa a minha frente. Senti seu olhar em mim.

- O que foi? – Levantei o olhar para ela e sorri, o qual foi retribuído de muito bom grado.

- Nada, estou apenas te admirando. – Cruzou os braços.

- Para! – Baixei a cabeça encarando meu celular novamente. Porém ela não parou de me olhar. – Vai me deixar sem jeito.

- Você fica muito bela sem jeito. – Fiquei vermelha, tenho certeza que dessa vez ela percebeu.

- Me diz por favor que você está sóbria e que amanhã lembrará de tudo?

Levantei a cabeça para olha-la. Ela riu um pouco alto e se aproximou, colocando as duas mãos sobre o balcão atrás de mim e me deixando presa entre seus braços.

- Não! – Arqueei a sobrancelha. – Não estou bêbada, não vou esquecer, garanto que vou lembrar. Sempre lembro. – Deu de ombros seguido de um sorrisinho malicioso.

Não!

Não acredito nisso!

Se ela sempre lembra de tudo como acabou de dizer, isso que dizer que na noite que ela ficou bêbada e eu a trouxe para cá.

Ela lembra do que aconteceu no banheiro?

- Pera! Você quer dizer que... – Ela me interrompeu antes que eu terminasse.

- Isso mesmo, eu lembro de tudo da noite que fiquei bêbada e você cuidou de mim.

- Sua idiota. – Dei um tapa no seu ombro. – Por que não me disse? Ficou fingindo que não lembrava de nada! – Ela riu mais uma vez jogando a cabeça para trás.