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Lili Reinhart

Chegamos em uma clínica que eu nunca tinha visto antes. Estacionei em frente criando coragem para entrar.

Ficamos esperando um bom tempo na recepção até que nos chamara. Tiraram um pouco de sangue, em todo tempo Brenda estava ao meu lado segurando minha mão e sorrindo na tentativo de me passar segurança.

Nos mandaram esperar um pouco na recepção, o exame não demoraria muito para ficar pronto. Ficamos lá sentadas, esperando, cada minuto parecia uma eternidade. Tinha uma TV na nossa frente, estava passando algum documentário que eu não me dei o trabalho de prestar atenção sobre o que era. Aproveitei que estava demorando e liguei para Mads.

- Alô, tudo bem? Aconteceu alguma coisa? – Ela nem me deu tempo de dizer nada e já foi falando.

- Calma, eu estou bem, não aconteceu nada. Liguei para avisar que estou clínica fazendo o exame de sangue.

- Por que não me ligou antes, vagabunda? Eu ia com você. – Sempre carinhosa.

- Não, tudo bem, a Camila veio comigo.

- Você falou para ela? – Ela fez uma voz de pasma.

- Sim, falei hoje de manhã. Ela até ficou feliz com a noticia. – A Camila me olhou e sorriu.

- Que maravilha então. – Ouvi a recepcionista chamar meu nome.

- Estão me chamando, tenho que ir, depois te ligo, beijo. – Nem esperei ela responder e desliguei.

Fui até a recepcionista e ela confirmou meu nome.

"Lili Reinhart?"

Assenti com a cabeça. Ela me entregou um envelope.

"Obrigada"

Respondi e saí com a Cami, entramos no carro e ficamos alguns segundos em silêncio.

- Vai abrir agora? – Lhe encarei vendo sua expressão apreensiva.

- Não sei. Não tenho coragem de abrir. Toma, abre você. – Entreguei o envelope para ela.

- Ta bom, eu abro. – Camila estava quase abrindo quando a interrompi.

- Não, espera! – Ela parou e me olhou. – Vamos abrir em casa, não abre agora.

- Okay.

Liguei o carro e saímos, ela foi segurando o envelope o caminho inteiro como se fosse uma bomba prestes a explodir, não falamos uma só palavra até chegarmos em casa.

Coloquei o carro na garagem e fomos para meu quarto, sentamos na cama, uma de frente para outra.

- Tá, abre. – As duas estavam muito nervosas, mas ela abriu e leu. – Então? O que diz? – Meu nervosismo era tanto que comecei a roer a unha do dedão. Nunca fui desse mal costume, mas precisava me distrair com algo.

- Então... – Ela parou analisando mais uma vez o papel.

- Fala logo, vou infartar. – Seus olhos castanhos idecifraveis me encararam.

- Negativo.

- Negativo? Certeza? – Peguei o papel dela e também li.

- Sim! Negativo. Você não está grávida.

Li todo o papel, até as entrelinhas. E sim, realmente o resultado era negativo.

- Como pode ser negativo? Os testes deram positivos. – Voltei a encara-la.

- Nem todos deram positivos. Um deu negativo, e só esse estava certo.

- Verdade. – Suspirei virando e deitando na cama. – Sabia que tinha sido aquele lanche. – Pousei minhas mãos sobre a barriga.

A irmã do meu namoradoOnde histórias criam vida. Descubra agora