A irmã do meu namorado

1.7

Lili Reinhart

- Não pretende se casar um dia? – Não nos olhávamos diretamente, só através do espelho a nossa frente.

- Presente sim, mas... não quero qualquer pessoa. – Respondi timidamente. – E você?

- Também pretendo, mas com alguém que me ame e que me ame de verdade. E que eu tenha total certeza disso. – Sorriu de canto, fiz o mesmo.

- Quero alguém especial. – A encarei mais intensamente.

- Intensa!

- De verdade!

- Que não queira só brincar!

- Que não machuque!

- Que fique!

- Para sempre!

- Para sempre! – Camila repetiu minha última palavra, me olhando fixamente. Ficamos nos olhando ainda pelo espelho.

Um clima diferente se instalou no lugar, principalmente entre nós. De repente o quarto ficou pequeno para nós duas diante da... Tensão! Não sei se ela percebeu, mas minha pessoa especial que citei era ela.

Continuamos nos olhando pelo espelho, nenhuma ousou piscar ou desviar o olhar. Queria que ela entendesse o que meus olhos queriam dizer, pelo menos dessa vez eu queria que ela os lessem.

Ficamos em silêncio por alguns minutos até ela quebrar nosso silêncio.

- M-melhor eu ir embora. – Piscou algumas vezes como se saísse de um transe e voltasse a si. Camila parecia nervosa.

Droga!

Será que dei tão na cara assim e ela não gostou?

A morena levantou e eu a segui. Caminhou até a escrivaninha onde estava sua bolsa para pegar a mesma.

- Não! Não vai, fica! – A peguei pela mão a puxando de volta, o que fez ela se desequilibrar e cair por cima de mim na cama.

- Desculpa! – Ela me olhou nos olhos. Nossos rostos estavam perto demais, em uma distancia um pouco perigosa.

- Preciso te falar uma coisa.

Mantive meu olhar preso ao dela. Nossos corpos colados, respiração começando a ficar descompassada, seu hálito em meu rosto e sua boca tão atraente perto da minha.

Eu preciso dessa boca!

Não posso perder o controle agora.

Concentra, Lili.

- Fala! – Sussurrou no meu rosto. Senti meu corpo se arrepiar.

Essa é a hora, é agora ou nunca!

Não posso pensar muito, só falar.

E é isso que tenho que fazer, não quero passar o resto da minha vida pensando no que poderia ter acontecido, no destino que poderíamos ter tido juntas, mas não tivemos por que eu tive medo. Quero chegar no meu último dia de vida e dizer para mim mesma: Eu tentei. Mesmo que não tenha dado certo.

- Eu gosto de você. – Meu coração disparou, começou a bater freneticamente em meu peito.

- Oh linda, eu também gosto de você. – Camila tentou se levantar, mas a trouxe da volta e a apertei novamente contra meu corpo.

- Não... – Respirei fundo fechando os olhos antes de continuar. – Eu estou apaixonada por você. – Abri os olhos e a encarei novamente. – Eu estou completamente, perdidamente, inteiramente apaixonada por você, Camila. – Não sei explicar, mas me senti mais leve ao falar de uma vez isso. Parece que meu peito ficou toneladas mais leve.