Frete

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“ Você tá falando sério????”

“ Sim!”

“ Finalmente! Crê em Deus Pai! E aí??? Bom?”

“ Incrível. A melhor até hoje!”

“Buceta doce, então? kkkkk”

“igual chocolate Kkkk”

- Bom dia. - o som da voz de Juliette me assustou um pouco, me virei lhe dando “bom dia”

- Tá fazendo o que?

- Duas coisas ao mesmo tempo. Mudando meu status no facebook e trocando mensagem com a Camila.

Juliette se espreguiçou e me puxou para seu peito, tirando o celular das minhas mãos.

Digitou alguma coisa e me devolveu o celular.

“Depois ela te conta, agora ela tá ocupada.”

- Como assim, depois ela te conta?

- Buceta de chocolate é? Gostei disso...

As comparações são inevitáveis. Não adianta fingir que não, por que a gente sempre compara. Pocah sempre acordava com um humor péssimo, isso quando acordava e as vezes que quis transar pela manhã era sempre depois de escovarmos os dentes ou aquela coisa rapidinha e sem graça onde só ela gozava, a Juliette nem aí pra nada, não ficamos conversando cara a cara e nem poderia, ela não sei, mas eu com certeza estava com um bafinho.

Tá, ela também deveria estar, afinal ela é uma pessoa, não um boneco inflável. Mas... Juliette acordou de ótimo humor.

Fez amor comigo como se fosse aquela manhã a nossa primeira vez. E vou confessar uma coisa, quando saí da cama, estava andando com certa dificuldade, não consegui fechar as pernas de imediato e precisei de uma ajudinha, isso foi constrangedor.

- Juliette, estou sofrendo aqui! - choraminguei.

- Sofrendo? Como assim? - ela se levantou e foi me ver no banheiro.

Conforme a água batia eu me arrepiava inteira! E ficava na ponta dos pés, de olhos fechados, e quando os abri, encontrei Juliette me olhando com a mão na frente da boca, tentando esconder o espanto e suas risadas inutilmente

- Sarah...Sarah...- ela tentava falar, mas estava ocupada demais rindo da minha situação - amor, me desculpa, eu não fui gentil o bastante...

- Gentil? Juliette, estou com a buceta pegando fogo. Sua cavala! Tá ardendo demais. - ela riu mais um pouco antes de pegar um tubinho no armário em baixo do lavatório.

- Aqui, amor, passa isso. - ela e me entregou creme vaginal?

- Juliette por que... Como... O que..-  cara, eu nem sabia o que dizer, como formular a frase, como assim gente? - Esquece, prefiro ficar na ignorância e ta doendo pra caralho.

- Melhor a gente fuder mais um pouco pra anestesiar.

- Hã?

- Brincadeira! Vou deixar você tomar seu banho em paz, enquanto lembro de você de quatro e eu metendo... - ela ainda estava rindo quando saiu do banheiro.

Juliette não ficou me apressando e ainda preparou um café da manhã. Ovos mexidos, suco de laranja, café e iogurte natural sobre morangos picados. Simplesmente maravilhoso. Até esqueci o incômodo que estava sentindo. Se bem que a pomada deu um alívio rápido na assadura que ela me causou.

Voltando ao papo do banheiro, assim que saí foi a vez de Juliette e ela não demorou nada. Pocah além de ir primeiro ao banheiro, demorava pra cacete e nunca se dignou em fazer mais que um café preto.

A acompanhante - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora