Capítulo 9

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Em uma segunda-feira chuvosa do mês de junho, o divórcio de Lauren chegou ao final. Ela seguiu para a Corte acompa­nhada apenas de seu advogado. Ela não quis que Gavin esti­vesse presente e também não seria preciso levar Emily. Holden nem mesmo requereu o direito de poder visitar a fi­lha. Quando o juiz proferiu a decisão, Lauren não sentiu ou­tra emoção que não fosse a de alívio. Parecia que estava vi­vendo um momento surreal enquanto encarava o homem que havia sido seu marido e pai de sua filha. Provavelmente eles não se veriam muito no futuro, embora o direito de visita ti­vesse sido declarado mesmo sem ser pedido. Conforme ha­via sido previamente acordado, Holden ficaria com o aparta­mento, a mobília e alguns outros imóveis que eram de pro­priedade do casal. Em compensação, Lauren deveria receber uma quantia razoável em dinheiro. Não se tratava de uma soma muito grande, embora seu advogado a tivesse aconse­lhado a exigir mais. Mas Lauren temia que, se fizesse isso, o processo se prolongaria por tempo indeterminado. E o que mais lhe importava seria livrar-se logo de todo aquele estres­se emocional.

A conta conjunta bancária e os investimentos foram repar­tidos em proporções iguais. Embora Lauren tivesse recusado a pensão alimentícia, ela receberia uma quantia mensal para ajudar na educação de Emily. Holden desistira do ridículo pedido do teste de paternidade e concordara em depositar um fundo destinado a custear um curso universitário para a filha, que seria usado no momento oportuno. O juiz determinou a custódia em favor apenas de Lauren. E isso não era surpresa porque Holden não fazia nenhuma questão de compartilhar a guarda da criança. As visitas foram acertadas para um fim de semana a cada três semanas e os feriados seriam alternados. Lauren não estava nem um pouco preocupada com aquela determinação, uma vez que Holden deixara bem claro que não tencionava exercer seu direito de pai.

Emily estava com quase seis meses de vida e o primeiro dente acabava de despontar. Ela babava e sorria ao mesmo tempo. Era linda, saudável e alegre. O bem mais valioso na vida de Lauren. E o fato de que Holden escolhera não dividir essa preciosidade era problema dele. Quando saiu do tribu­nal, estava chovendo forte e Lauren havia se esquecido de levar um guarda-chuva. As pessoas passavam apressadas pela calçada e alguns mantinham jornais sobre a cabeça. Lauren se abrigou embaixo do toldo de uma loja próxima e, depois de retirar o celular da bolsa, ligou para Gavin.

— Oi, sou eu.

— Está tudo acertado.?

— Sim. Acabei de sair do tribunal.

— E está chovendo muito, não é? Ela deu uma risada sonora.

— Sobre o que você está falando? O dia está lindo e enso­larado. Pelo menos no meu coração. Acabei de me tornar uma mulher livre outra vez.

— Tem certeza disso? Porque eu tenho uma pergunta para lhe fazer.

Lauren levou a mão ao peito de maneira inconsciente.

— Que pergunta?

— Que tal se você vier se encontrar comigo aqui no meu apartamento? Fica muito próximo do tribunal. Eu deixei um champanhe na geladeira para comemorarmos.

Aquela não era bem a pergunta que Lauren esperava ouvir. Mesmo assim, não deixou que isso lhe arrefecesse a alegria.

— Acho a idéia maravilhosa. Mas você está no seu apar­tamento? E quanto a Emily?

— Não se preocupe, eu pedi para Garrett e sua namorada Amanda cuidarem de Emily por algumas horas.

Quando Gavin abriu a porta de entrada do apartamento, ficou espantado com a elegância com que Lauren estava vestida. Ele nunca a vira trajando um vestido tão sexy. E não era ape­nas isso, ela parecia confiante e determinada. Ele a convidou para entrar e gesticulou para que se acomodasse no sofá. De­pois de trancar a porta, Gavin se acomodou ao lado dela.

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