Capítulo 26

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Eu acordei no dia seguinte com uma baita dor de cabeça, já era de se esperar já que chorei a noite toda. Essa história do Christopher defendendo azeda da tal Natalia mexeu mais comigo do que pensei, eu prefiro acreditar que é por que toda essa coisa maluca que estou passando me deixou mais flagiliada que o normal. Me levantei, abri as cortinas da janela, e nem vendo o sol lindo que estava lá fora eu fui capaz de sorri.

Fui no banheiro, tomei um banho, lavei meus cabelos, e então sai enrolada na toalha voltando pro quarto, coloquei uma camisola mesmo, não estava com ânimo nenhum de por a cara na rua hoje, depois disso segui pra cozinha, passando pela sala vi que o cobertor estava bem dobradinho sobre o sofá, em cima do travesseiro, na cozinha vi que os ovos já estavam feitos assim como o café, mesmo brigados ele ainda deixou tudo pronto pra mim, Christopher estava sempre me surpreendendo.

Me sento na cadeira, e sirvo meu café " o que é isso ? " abro o pequeno pote que estava na mesa, e arregalo os olhos " ele fez biscoitos ? meu deus, esse cara é surreal " comento negando com a cabeça, dou uma mordida num dos biscoitos e suspiro " que delicia " digo, e então pego meu café dando um gole. Batem na porta, e eu bufo " que saco, não posso nem tomar meu café em paz " reclamo, me levantando, batem novamente na porta " eu já estou indo, já vou " grito impaciente, abro a porta e arregalo os olhos " não é possível " digo num sussurro, já estava sentindo meus olhos arderem.

" Dul, o que houve com seu celular ? estou a dias tentando ligar pra você, acho que temos que conversar, Christopher me disse umas coisas sobre você e me deixou bem preocupada " ela diz.

Bem na minha frente estava Mai, uma das minhas melhores amigas. Ela estava um pouco mais velha, usava roupas diferentes das que eu estava acostumada a vê-la, era roupas comportadas,e não pareciam nada ser de grife, seus cabelos continuavam na mesma cor mas, estavam curtos, um pouco acima do ombro o que a deixava realmente com uma aparência mais adulta. Eu não podia acreditar, não podia acreditar que era ela bem na minha frente.

" Mai " sussurro, e não consigo conter a emoção " é você mesma ? " pergunto

" Claro que sou eu " ela responde me olhando confusa " você esta bem ? esta pálida, parece que viu um fantasma "

" Sim, sim, agora que você ta aqui eu to muito muito bem " eu a abraço apertado " eu senti tanto a sua falta, eu estava mesmo precisando de você amiga " digo com a voz embargada

Ela sai do abraço, e passa por mim entrando " então, se estava precisando de mim por que não atendeu o bendito celular ? eu te liguei como uma louca Dulce " larga a bolsa sobre o sofá

" Desculpa, eu desaprendi a mexer naquela coisa " resmungo, e já fechando a porta.

" Não fecha, esqueceu da Maia ? ela ta se despedindo do pai " Mai alerta

Fico estática com a porta ainda aberta, é quando uma menininha sorridente surge, ela me encara, parecia ter uns 5 anos " oi tia Dul " diz

" Oi " respondo em choque

" Mamãe " a menina corre até Mai

Ela a abraça e sorri " filha, vai brincar no quarto da tia, você já sabe onde estão seus brinquedos não sabe ? "

" Na ultima gaveta do tio Chris " a menina diz

" Perfeito, vai lá, a mamãe tem que conversar com a tia Dul " Mai beija a testa da menina que corre até meu quarto " eu fiquei bem preocupada com você Dul " ela diz me encarando

Fecho a porta, e aproximo dela, Mai tinha uma filha, uma linda menina " você tem uma filha e esta tão diferente, por que cortou o cabelo ? " pergunto

𝖣𝖾 𝗋𝖾𝗉𝖾𝗇𝗍𝖾 𝖺𝖼𝗈𝗇𝗍𝖾𝖼𝖾𝗎Onde histórias criam vida. Descubra agora