Capítulo 62

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Eu estava dentro de um uber, indo em direção a revista que eu sabia que Belinda trabalhava, enquanto eu pensava no quanto fui burra por chama-la de amiga, minha mente tratava de me mostrar as afirmações feitas por Annie e Mai sobre a traição de Belinda e Chad, aos poucos algumas imagens que antes estavam turvas pra mim vão se clareando sobre aquela noite.

Me recordo de estar andando em procura de Chad, eu esbarrei em varias pessoas, estava tonta mas, ainda podia distinguir quem era quem, parei em frente a uma porta, e quando abri as duas pessoas que estavam transando se viraram, o meu primeiro impacto foi arregalar os olhos, me lembro que sentia os meus olhos arderem, Chad me olhou com terror estampado em seu rosto, ele também parecia bebâdo mas, não a ponto de não se importar com meu flagra, olhei pra menina que estava em sua companhia, ela não ergueu os olhos pra mim e olhou bem diretamente aos meus olhos.

Belinda.

Foi ai que o choro veio, eu não disse nada pra eles, não haviam palavras que pudessem expressar o que eu estava sentindo naquele momento, apenas me virei e sai entre soluços e choros, pude ouvir Chad me chamar, e depois disso as cenas turvas continuam e eu já não me lembro mais de nada. Era incrível como a Belinda foi uma dissimulada comigo durante tanto tempo e eu nunca nem suspeitei.

O carro estaciona, eu agradeço ao motorista, e saiu, a corrida já havia sido paga no cartão, respiro fundo e entro no enorme prédio, há uma mocinha atrás de um balcão logo na entrada, me dirijo a ela rapidamente.

" Olá " digo

Ela ergue o rosto pra mim e sorri " olá boa tarde, em que posso lhe ser util ? " pergunta simpatica

" Então, eu sou uma amiga antiga da dona Belinda Peregrine, e gostaria de falar com ela, será que pode ser ? " pergunto, e sinto nauseas por ter que me referir a Belinda como amiga

A mocinha me encara seriamente " a senhora tem hora marcada ? "

Suspiro " não "

" Desculpa senhora mas, a dona Peregrine atende as pessoas apenas com hora marcada " ela diz em tom profissional

" Eu entendo mas, não pode abrir um exessão pra mim ? eu gostaria tanto de vê ela, estive viajando por uns tempos, e voltei hoje mesmo, não pude deixar de vim matar a saudade de uma velha amiga " comento, e a menina estreita os olhos pra mim " estudamos juntas no ensino médio, nós éramos quase irmãs, e ainda somos, por isso a primeira coisa que eu fiz quando desci do avião foi vim aqui pra poder vê-la e matar as saudades " sorri amarelo

Ela me olha por uns segundos, e então pega o telefone " posso tentar falar com ela é só a senhora me dar seu nome e sobrenome que eu vou ... "

" Não, por favor, não faça isso " digo a interrompendo" eu gostaria de fazer uma surpresa, ela vai com certeza amar saber que cheguei mas, preferia realmente surpreende-la, faziamos muito isso nos tempos da escola " minto, dando outro sorriso amarelo

A menina me olha incerta, e então nega com a cabeça " eu não sei se deveria "

Faço um bico " por favor " imploro

Ela suspira, e passa a mão no rosto " tudo bem, é o segundo andar primeira porta a esquerda " instrui

Abro um sorriso " obrigado, obrigado mesmo " eu agradeço e corro pra um dos elevadores, aperto o número 2, e logo as portas se fecham, não demora pra subir, quando as portas abrem eu saiu rapidamente, e sigo até a porta instruida pela menina " te achei " digo, e dou duas batidinhas

" Pode entrar " Belinda diz do outro lado

Abro a porta e entro, ela mantinha a cabeça abaixada, enquanto escrevia algo em uma pilha de papeis que estava em sua mesa " olá Belinda "

𝖣𝖾 𝗋𝖾𝗉𝖾𝗇𝗍𝖾 𝖺𝖼𝗈𝗇𝗍𝖾𝖼𝖾𝗎Onde histórias criam vida. Descubra agora