Eu tinha esperança de que quando acordasse estaria no meu quarto, na minha vida mas, infelizmente essa esperança foi por agua abaixo quando acordei e vi que estava no mesmo quarto minusculo de ontem, esse pasadelo parece que não ia ter fim tão cedo. Fico observando o teto por uns segundos, procurando colocar a cabeça e as ideias no lugar, até que o barulho da maçaneta chama minha atenção.
A porta é aberta e Christopher surge, num impulso me enrolo no cobertor desesperada pra tampar meu corpo, ele não diz nada apenas segue até a cama, senta na beirada e se vira para cômoda, ele abre as gavetas e as vasculha, permanecendo em silêncio, fico indignada com tamanha falta de educação da parte dele.
" Você deveria bater na porta antes de entrar sabia ? " alfineto
Ele vira o rosto pra mim " o quarto até onde sei é meu "
Ergo o queixo " mas, eu poderia estar sem roupa, completamente nua "
" A mulher até onde sei é minha também " ele rebate
Abro a boca completamente chocada " eu não sou de ninguém ok ? não sou nenhuma prioridade pra você ficar dizendo essas coisas "
" Você entendeu o que eu quis dizer Dulce " ele diz calmamente
" Sim, eu entendi perfeitamente, você acha que é meu dono " acuso
Ele ri " dono não, seu marido "
" Grande coisa " caçoou
Christopher vira seu corpo, e vejo algo mudar em sua expressão, engulo a seco sabendo que talvez eu tenha falado demais, ele engatinha sobre a cama vindo até mim, olho amedrontada pra ele, ele deita sobre mim e com um das mãos toca meu rosto com carinho, meu coração estava tão acelerado, com certeza é a adrenalina, só pode ser a adrenalina.
" O que eu quis dizer é que se eu entrasse e visse você sem roupa, não estaria vendo nenhuma novidade " ele sussurra, e sinto cada parte do meu rosto queimar " eu não só já vi seu corpo inteiro, como já toquei, já lambi, já senti " arregalo os olhos, minha respiração estava quase falhando " cada partezinha do seu perfeito corpo meu amor, é meu e isso não fui eu que disse, não, isso foi você que disse todas as vezes que esteve em meus braços " ele roça seu nariz no meu " então sim, você é minha mulher, você Dulce, é minha totalmente minha "
O tom que ele disse isso não deveria ter me deixado tão enloquecida mas, deixou. O aroma que vinha dele era tão bom, quase que embriagante. Seus olhos castanhos quase cor de mel estavam colados aos meus, isso me deixava ainda mais nervosa e eu nem conseguia raciocinar direito, sua mão estava acariciando meu rosto, e seus lábios estavam tão próximos aos meus que eu podia jurar que sentia sua respiração se misturar com a minha. Fecho os olhos esperando um beijo, até que os abro rapidamente no estante em que a razão volta e eu me lembro da situação que estou.
Dou uma leve empurrada nele, que me olha confuso " estou gripada " digo fazendo o possível pra sair debaixo dele que parece frutrado " você não cansa não é ? eu te disse ontem, temos que nos controlar, eu não quero que você fique doente também " digo nervosa, e me levanto enrolada no lençol
Ele se senta na cama " vou comprar um remédio pra você no caminho pro trabalho " diz
" Não quero se incomode com isso " digo
" Não é incomodo nenhum comprar um remédio pra minha esposa doente " diz como se fosse obvio
" Mas, não precisa comprar " me apresso em dizer
" Como assim ? você quer ficar gripada ? " pergunta confuso
" Claro que não "
" Então ? " ele parece realmente confuso

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𝖣𝖾 𝗋𝖾𝗉𝖾𝗇𝗍𝖾 𝖺𝖼𝗈𝗇𝗍𝖾𝖼𝖾𝗎
RomanceImagine ser uma adolescente de 17 anos com uma vida perfeita. Ser popular, bonita, namorada do capitão do time de futebol, e amiga das meninas mais lindas da escola. Agora imagine dormir sendo essa adolescente, e acordar tendo 30 anos, e então, desc...