Capítulo 57

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Pocho me convidou pra ir a uma sorveteria com ele, em alguns momentos enquanto caminhamos juntos, eu não pude deixar de observa-lo um pouco melhor, os anos realmente fizeram bem a ele, ele notou que eu o olhava e sorriu, fiquei sem graça mas, sorri de volta. Logo chegamos na sorveteria, pedi um sorvete de flocos, que era um dos meus preferidos, Poncho escolheu de morango, e nos sentamos em uma das mesas.

Desabafei com ele, contei a história da briga com Christopher, contei da minha ida a oficina pra tentar concertar as coisas e contei também sobre Natalia e a insistência irritante dela sobre Christopher, Poncho foi um bom ouvinte como disse que seria.

Ele me encara e arqueia a sobrancelha " Dul, foi só um abraço "

Suspiro " até você vai ficar dizendo que sou louca ? "

" Claro que não, eu sei bem como uma mulher pode ser ciumenta, você conhece bem a Annie e sabe o quanto ela já me pertubou com ciumes bobos, mas, nesse caso, não sei talvez você devesse ter tido outra reação " comenta

" Que reação ? " pergunto curiosa

" Ah não sei, você poderia ter sido menos agressiva, deveria ter dito poucas e boas pra ela mas procurando ter calma " ele sugere dando de ombros

Nego com a cabeça " não, isso nunca ia acontecer, eu já estava esgotada com essa garota, não é a primeira vez que ela se mete comigo Poncho, eu só queria enfiar tapas naquela cara de sonsa dela " digo entre os dentes " o pior é o idiota do Christopher que ficou pedindo desculpas pra aquela vadia como se eu fosse a errada da história e não ela "

Poncho ri " olha, você consegue ser mais ciumenta que a Annie "

" Não é ciumes " digo rapidamente

" Ah, não é ciumes ? então é o que ? " pergunta prendendo o riso

" É ... " engulo a seco " não é ciumes " insisto

" Claro, claro " ele afirma e noto o tom irônico dele " sabe, você não mudou nesse aspecto, continua tão avoada como era na adolescencia, se lembra quando conheceu a Belinda ? eu lembro que ela sem querer quebrou um lapis seu e você surtou, as duas brigaram muito e depois se tornaram amigas " ele comenta rindo brevemente

Faço um bico " não era um lapis, era uma lapizeira e foi um presente da minha avó, por isso eu pirei, era a unica coisa que eu tinha dela " digo, e então suspiro " tudo isso não deu em nada Poncho, eu briguei com Christopher por querer vê Belinda, levei patadas dela, e no fim perdi o Christopher pra aquela piranha da Natalia "

" Dul, mas, o que você esta falando? você não perdeu o Christopher, aquele cara é apaixonado por você, eu e todos nessa cidade sabem disso " ele afirma

" Era apaxonado por mim, agora ele esta me odiando por que ameacei a amiguinha dele " digo cabisbaixa " mas, eu não me arrependo sabia ? se tivesse outra chance teria feito o mesmo, só que sem ele interferindo assim eu enfiava o mãozão na cara daquela sonsalia " digo

Poncho nega com a cabeça " eu acho que você precisa de um dia de descanso, o clima com o Christopher parece estar bem tenso, por que não dorme lá em casa ? Annie com certeza vai amar ter você por lá "

Suspiro " não, não, eu acho que vou pra casa da minha mãe, eu sinto bastante saudade dela "

" Tudo bem então, mas, se precisar já sabe as portas lá de casa sempre vão estar abertas pra você Dul " ele afirma dando um breve sorriso

Sorriu de volta " Poncho, quando foi que fortalecemos nossa amizade ? quero dizer, a gente sempre se deu bem antes mas, hoje em dia eu consigo sentir a gente mais amigo, mais parceiro "

𝖣𝖾 𝗋𝖾𝗉𝖾𝗇𝗍𝖾 𝖺𝖼𝗈𝗇𝗍𝖾𝖼𝖾𝗎Onde histórias criam vida. Descubra agora