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Cap 3

Diretoria.

Depois de todas as entrevistas e de separar os melhores candidatos, a Judi me pediu pra entregar a relação a Cloe, no andar da presidência.

Eu nunca vou lá, só quando a Cloe não pode vir aqui. Tive que ir até  lá, duas ou três vezes durante todos os ano que estou trabalhando aqui .

Assim que sai do elevador, escutei gritos estrondosos pelo corredor. Um homem passou por mim, derrubando todos os papéis da minha mão no chão.

Quando caíram, agachei para pegar, quando escutei uma voz grossa estrondosa atrás de mim.

- Não volte mais aqui!
Fiquei paralisada no chão, com as folhas em minha mão. Até escutar seus passos sumir pelo corredor, eu mal consegui me levantar.

Como alguém pode ser tão sem educação. Ele gritou tão alto com o homem, que pensei que era uma briga.
Odeio brigas, fico paralisada nessa situação.

É um trauma de criança, meu pai bateu muito no meu tio, eu sempre presenciei tudo. Acho que isso ficou gravado na minha memória.

Entreguei os papéis a Cloe, e sai o mais rápido possível, daquele andar.

Pouco tempo depois de sair do andar da diretoria, fui até a copa peguar um café pra Judi, e água pra mim.

Quando cheguei no escritório, o homem que quase me jogou no chão estava lá, com sua demissão.

Vim trazer meus documentos, pra fechar o contrato.

- Qual o seu nome?
Marlon Nate.

Tudo bem, aguarde um minuto que vou avisar a Judi.
Ele se sentou com sua pasta nas mãos, e com o rosto abatido, pegou o celular.

Entrei no escritório da Judi entregando o café, avisando a ela sobre o Marlon. Preciso fazer uma ligação, daqui a pouco te aviso pra ele entrar.

Tudo bem, respondi saindo do escritório.

Olhei para o homem, que continuava na mesma posição.

Em poucos minutos, ela vai te atender.
Obrigado. Respondeu ele sem olhar pra mim.

Voltei a minha cadeira, olhando o computador. Disfarçadamente reparei no homem curiosa e pensativa.
Porque o homem, gritou daquele jeito com ele?
Sua aparência é calma, não parece alguém que irrite tanto uma pessoa.
Ele me olhou, eu votei ao computador.

- Será que vai demorar? Porque tenho um compromisso.

O telefone tocou... olhei pra ele, só um minuto senhor.

Peguei o telefone era a Judi pedindo pra ele entrar.
- Pode entrar respondi, colocando o telefone no gancho.

Algum tempo depois, ele saiu.
- Obrigado, falou passando pela sala indo embora.

Depois de tanto trabalho pra escolher engenheiros e trabalhadores, ficamos exaustas.
Resolvemos sair pra nos distrair em plena terça-feira. Porque o fim de semana pra mim era quase impossível, era sempre o dia que dava certo. Sempre era a Judi, eu , e a Sara. Tomávamos bebidas com muitos risos, e paqueras.

Saimos da empresa direto para o bar, que ficava perto da estação de metrô. Sentamos e pedimos nossas bebidas. Depois de um brinde e muitas histórias, Ted namorado da Sara, chegou com um amigo.

Por incrível coincidência, fizemos entrevista com ele semana passada. Ele é um dos engenheiros, que foi escolhido pra seleção.

Greg Smith era simpático,  inteligente e muito bem humorado. 
Percebi alguns olhares para Judi, que não deu a menor atenção.
Ele é mais novo que ela, mas cada indireta era em sua direção.

Resolvi ir ao banheiro, e chamei ela pra ir comigo.

Judi, o Greg está louquinho por você!
Por mim? Ele é bem mais novo que eu, não tem condições de ficar com um homem mais novo.
Apesar dele ser muito bonito, não é o meu tipo.

- E porque?
Não sei, só acho que homens mais novos, são imaturos.

O Greg não parece nada imaturo, ele tem o perfil, de saber bem o que quer.
Acho que ele é mais o seu tipo Alice.
Pelo olhar dele e as indiretas, ele demonstra que está caidinho é por você. Não por mim.
Acho que está imaginando coisas.
Dá uma chance e você vai perceber.

Desejo (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora