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Capítulo 30

Respiração descompassada e abraçados ficamos até uma luz de emergência se acender.
Nós vamos morrer! Ela disse querendo chorar.

Alice. Eu a chamei, calmo como nunca fiquei na vida.
Ela olhou em meus olhos.
Ficamos nos olhando abraçados ela passou sua mão pelo meu rosto.
Você não é real.
Nada disso é real.
Fechou os olhos, repetindo... eu quero acordar...
Alice! Sou eu...
Olha pra mim. Pedi levantando sua cabeça em direção ao meu rosto.
E eu a beijei.
Como se não existisse perigo de morte, como se o tempo parasse nós estávamos nos beijando.

Um desejo que queimava meu corpo me consumia me esquecendo de quem eu era. Me perdi naquela boca.

Quando acendeu as luzes, e o elevador começou a se mecher ela se afastou.
O que fizemos?
O que eu fiz!
O elevador voltou a descer.

Ela se virou de costas, arrumando o cabelo. Eu custando a respirar, fiquei sem saber o que fazer, quando o elevador parou e ela saiu.

Fui até a garagem parando na porta do meu carro.
Sentei ao volante, sem conseguir dirigir eu fiquei travado.
O que aconteceu?
Que beijo foi aquele?

Fechei os olhos ainda sentindo sua mão em meu rosto.
Uma agonia pressionando meu peito. Respirei fundo ligando o carro fui pra casa.
Ainda sem sentir meu corpo normal, me sentei no sofá pensativo. Com a cabeça revirando meu celebro.
O que foi aquilo?
Porque sinto que nada nesse mundo tem mais sentido? Eu a amo ainda mais que antes?
Isso não vai acabar...
Ouvi a campainha, continuei  preso em meu desespero.
Ouvi de novo.
Me levantei e fui abrir a porta, quando vi ela.
Posso entrar? Perguntou.
Sim. Claro.

Ela entrou, e perguntou.
Porque fez aquilo?
Porque está sempre nos meus sonhos, na minha cabeça?
Porque não me deixa seguir em frente?
Começou a chorar.
Eu ia me casar sabia?
Ia? Perguntei surpreso.

Ele era um cara bom. Queria  casar ter filhos , tudo que sempre sonhei. Aí você apareceu no elevador me deixando perdida. Eu pensei que ia morrer. E era você que estava ali.

O que você quer de mim, Jack?
Porque não sai da minha cabeça!
Ela se sentou no sofá derrotada, colocando a cabeça entre as mãos.

Alice, sinto que estamos assim porque nossa história ainda não acabou.
Ela me olhou. Como assim?
Não era pra acabar como acabou.
E o que acha que temos que fazer? O eu tenho que fazer pra tirar você daqui. Colocou a mão no coração.
Estou sofrendo Jack. Eu tentei mas não consegui.

Eu sei.
O que você sabe Jack?
Esta aí vivendo sua vida, como se não houvesse amanhã. Sei que não tem mais nada haver entre nós, mas achei que se eu te visse novamente, falasse tudo que quisesse, isso aliviaria meu coração.

Diz, alguma coisa!
Estou desesperada!
Aquele beijo, desencadeou uma bomba em meu peito, enlouqueceu minha cabeça.
O que eu faço?

Me beija de novo.
O que?
Ela se levantou andou até minha frente e me beijou.
E durante esse beijo nosso desejo se libertou nossas roupas foram para o chão e nossos corpos estava novamente entregue um ao outro.
A sensação era de estar me perdendo. Uma paz perfeita de puro prazer.

Depois de sentirmos em nossos corpos saciados, ficamos nos olhando.
E agora o que vamos fazer?
Voltei a estaca zero. Ela disse pensativa.

Você nunca sairá do meu coração não é?

Desejo (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora