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Cap 23

Quando paramos para respirar encostei a cabeça em seu peito. Seu coração estava tão disparado quanto o meu.
Ficamos abraçados por alguns minutos. Meus olhos se encheram de lágrimas.

Eu não posso fazer isso.

Soltei sua cintura, saindo da cozinha em direção ao quarto.

Alice, por favor deixa eu explicar.
Eu não posso Jack.
Entrei no quarto, trancando a porta. Encostada na mesma com o coração  disparado. Ouvia sua respiração do outro lado.

Alice eu não sou romântico, não sei o que fazer?
Me desculpa.
Fiquei calada.
Momentos depois ouvi seus passos saindo.

O que vou fazer? Estou presa com homem mais lindo do mundo, numa casa no meio do nada.
Apaixonada e magoada, com medo de quebrar novamente meu coração.
Me deitei me revirei na cama, sem conseguir dormir.
Abri a porta, indo em direção a cozinha pegar água..

Não consegue dormir também?
Ouvi ele e olhei na direção ao sofá.

Quero água. Continuei andando até o filtro.
Vamos fazer um combinado?
Falou bem atrás de mim.
O que?

Você não vai andar assim pela casa, quando estivermos juntos.

Olhei em direção ao meu babydool. Desculpa eu não achei que estava acordado.

Me perdoa vai?
Eu não consigo olhar pra você sem querer te beijar.
Não faz isso Jack!
Virei de costas novamente.
Essa roupa não está ajudando, estou morrendo de tesão de te ver assim .

Eu quero mais Jack.
O que você quer?
Um pedido de casamento? Falou sarcástico.

Esquece, boa noite!
Alice, eu não achei que...

Não sou criança Jack, tenho 28 anos, passei da fase de sonhar com o príncipe encantado.
Vamos fingir que nada aconteceu,  e seguir adiante.

Você vai continuar com esse lance de ficar com o Greg? Ele é meu irmão Alice!

Ele é um cara bem legal, Jack.
Eu não acredito nisso!
Boa noite, Jack.

Desculpe, é que eu não posso viver imaginando você com outro, seja ele quem for.

Você não pensou nisso, quando apareceu de mãos dadas com a Jackie.
Posso te explicar, mas você não quer ouvir!

Eu compreendo que não estou a sua altura, mas não precisava me fazer de idiota.
Não foi minha intenção.
Está tarde Jack, amanhã vou embora, e ficou claro que não podemos dar certo.
Boa noite Jack.
Espere, Alice.
Continuei andando.
Ele ficou pra trás, suspirando com as mãos na cintura.

Amanheceu a neve caia lá fora. Como não olhei a previsão do tempo?
Coloquei uma roupa quente e um casaco mais pesado .
Sai do quarto, vendo a lareira acesa aquecer a sala.
Entrei na cozinha, um cheiro de café no ar me fez pegar uma xícara.
Procurei ao redor Jack não estava. Olhei pela janela ninguém.
Onde ele está?

Momentos depois entrou com botas cheias de neve, e tremendo de frio.
Onde estava?
Tentando ligar para alguém vir te buscar, sei que não gostaria de estar aqui, não quero te obrigar a ficar .
Ele tremia, branco de neve.
Venha fica perto da lareira, você está tremendo. Vou pegar um cobertor. Voltei a sala, ele estava só com uma calça de moletom. 

O que esta fazendo?
Tirei as roupas geladas da neve. Pecisa se vestir, pra se aquecer. Ele tremia, eu joguei sobre ele o cobertor . Não está adiantando você vai ficar doente. Tirei meu casaco e o abracei em baixo do cobertor.
Não precisava ter saído nesse frio por minha causa.
Não quero que me odeie ainda mais.
Eu não te odeio Jack.

Abraçados minutos depois senti ele excitado, mas não quis dizer nada. Porque estava gostando da proximidade também.

Desejo (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora