27. Cauda de Slowpoke

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Os olhos de Beth voltaram a se abrir, cautelosamente

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Os olhos de Beth voltaram a se abrir, cautelosamente. Enquanto visão dela se acostumava com a realidade presenciada, ela tentava buscar na sua mente um resquício de memória sobre o que havia acontecido. No entanto, apenas fora agraciada com o vazio escuro do esquecimento.

"Finalmente acordou", ouviu uma voz feminina dizer em tom de alívio.

Beth virou sua cabeça para o lado.
Ela notou um pokémon de contorno redondo e pele rosada a fitar com uma expressão sorridente, quase perturbadora.

Um Blissey?, pensou ela.
Então, as memórias retornaram todas de uma vez, como um rio transbordando após um dia de chuva.

Levantou da maca aonde estava deitada com uma expressão aterrorizada.

Notou que estava em um tipo de sala hospitalar. Uma enfermeira Joy estava escrevendo algo em um caderno de anotações sobre uma escrevinha de metal.
Ela a olhou.

"Está se sentindo melhor?", perguntou ela.
Beth a olhou, confusa.
"O que aconteceu?"
"Bom, eu que devo perguntar isso a você", respondeu Joy. Ela voltou a escrever no caderno. "Você chegou ao centro pokémon extremamente debilitada e com graves ferimentos em seu rosto. Os cortes foram tão profundos que, por pouco, você estaria morta."

De repente, Beth recobrou a cena que passara no beco deserto. O homem bêbado, a batalha entre o Meowth e Butterfree, sua chegada no centro pokémon.

Ela pegou em seu rosto e percebeu que algumas partes de sua pele estavam enfaixadas com esparadrapos e duros fios de costura.

"Infelizmente, tive que costurar os ferimentos para melhorar a cicatrização. Possivelmente ainda restarão sequelas, como cicatrizes, mas isso é o de menos", explicou a enfermeira, ainda sem olhar para ela. "Você ainda não respondeu o que aconteceu com você...", cobrou.

Não posso falar a verdade, raciocíniou, aterrorizada. Se falasse a verdade ela sabia que a enfermeira a obrigaria a registrar um b.o. na polícia e não podia deixar sua identidade ser descoberta. Do contrário, seus pais a achariam e aí seria o fim da sua jornada.

"Ah é que, sabe...", tentava pensar na melhor desculpa para falar. "Eu acabei esbarrando com um Meowth raivoso e ele acabou me atacando, do nada."

Ela a olhou diretamente dessa vez.
"Meowths de regiões urbanas não costumam a atacar humanos sem motivo. Você realmente está me falando a verdade?", interrogou.

Ela não acredita, e agora?

Começou a ficar nervosa.

"Mas é verdade! Não sei se ele tinha algum tipo de doença ou sei lá, mas ele me atacou sem eu ter feito nada. Você tem que acreditar em mim, afinal, por que eu mentiria!?"

Ela deu um risinho.

"Apenas acho essa história estranha demais, e olha que eu já vi de tudo nessa vida", disse ela. "E não é só isso. Quando você desmaiou no chão do centro, os funcionários não conseguiram encontrar nenhum tipo de documento de identificação com você. Apenas uma pokégear e uma pokébola. E o seu cheiro estava péssimo... quase como se você estivesse estado em algum esgoto."

Pokémon Copper - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora