54. Evolução

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Qualquer um que avistasse aquele armazém abandonado, em estado deteriorado, dificilmente imaginaria que o local servia como esconderijo para uma gangue de bandidos

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Qualquer um que avistasse aquele armazém abandonado, em estado deteriorado, dificilmente imaginaria que o local servia como esconderijo para uma gangue de bandidos. As paredes estavam tomadas pelos musgos. Era impossível avistar um ponto que não estivesse pichado. Das janelas envidraçadas, apenas restaram alguns fragmentos soltos de vidro. 

Dentro do local vandalizado vinha uma fraca luz de lâmpada, denunciando que o lugar não estava completamente abandonado.

Freddy se movimentou através do matagal, tentando conseguir um vislumbre mais claro do interior. Havia chamado Totodile e Ledyba para suas respectivas pokébolas para ocultar a sua presença.

O dinheiro roubado deve estar lá dentro, pensou ele.

Se quisesse recuperar o dinheiro roubado do senhor Yvan teria que ser cauteloso, não podia fazer barulho para não chamar atenção.

Caminhou silenciosamente e encostou ao lado da parede do armazém, esgueirando-se em direção a uma janela. Virou o rosto rapidamente para conferir a posição dos criminosos. Conseguiu visualizar rapidamente que os homens sentavam em cadeiras velhas enquanto devoravam uma pizza de tamanho família. Após alguns minutos, virou novamente o rosto, tentando enxergar de forma nítida o que se passava lá dentro.

No canto do cômodo estava o saco que portavam enquanto realizavam o assalto anteriormente. Verificou que uma parte do telhado estava descoberta.

Começou a traçar um plano em sua mente.

Afastou-se e voltou para a área coberta por matagal.

Invocou Ledyba para fora de sua pokébola.

“Escuta bem, o plano é o seguinte…”

Começou a explanar a ideia para ele.

Ledyba o carregaria através do telhado. Em seguida, Freddy desceria, sorrateiramente, e apanharia o saco contendo o dinheiro roubado, fugindo logo em seguida.

Estava trabalhando com a melhor das hipóteses, àquela em que recuperaria o roubo e fugiria sem chamar a atenção dos criminosos. Quando finalmente percebessem  que haviam sido roubados, Freddy esperava estar a quilômetros de distância.  É claro que também havia considerado a pior delas: ser flagrado durante o ato e alvo da fúria dos homens. Caso chegasse a esta possibilidade, teria de lutar com toda a sua garra e força para sair de lá são e salvo.

Percebeu que suas mãos estavam tremendo.

O nervosismo estava tomando conta de seu corpo novamente, como já acontecera no passado antes.

Ledyba fitava o seu treinador, atônito.

Não!, repreendeu-se.

Havia prometido para si mesmo que o seu eu do passado, aquele mesmo que chorava a cada derrota e era feito de chacota pelos outros, não tinha mais lugar no futuro que havia planejado.

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