51. O Sino dos Espíritos

50 2 0
                                    

Chegaram dentro de uma sala redonda meio escura, apenas iluminada por tochas que localizavam-se nas paredes

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Chegaram dentro de uma sala redonda meio escura, apenas iluminada por tochas que localizavam-se nas paredes. No centro havia uma pedestal de rocha. Em seu topo, uma redoma de vidro cercava o artefato que Beth buscava.

O sino dos espíritos.

O sino possuía gravuras escritas em uma língua desconhecida. Era feito de um material rochoso, circundado por uma aura mística e arcaica, como se tivesse sido criado a partir de uma magia obscura e misteriosa perdida no tempo. 

Gaspar retirou a redoma de cima do pedestal. Em seguida, pegou o sino com sua mão. 

"O sino dos espíritos. Um artefato histórico. Os anciãos de Ecruteak acreditavam que o artefato havia sido preenchido com o poder místico do pokémon lendário conhecido como Ho-oh, o qual habitava à antiga Torre do Sino."

"Ele tem o poder de invocar os espíritos daqueles que ainda vagam pelo plano material, almas perdidas que partiram antes da hora e que ainda tem assuntos para tratar com aqueles que deixaram para trás." 

O menino estava sério, fato este notado pela ausência de sua risada característica. 

O menino caminhou em direção de Beth e entregou o objeto em suas mãos. 

Beth segurou. Era incrivelmente pesado para o seu tamanho. 

O Houndour que estava ao seu lado olhou para o sino dos espíritos com curiosidade. 

"Já que me venceu em uma batalha, eu dou permissão para você possuí-lo temporariamente. Sei que Jasmine está sofrendo com a perda de seu querido pokémon, então creio que será de bom uso. Porém, é a sua obrigação devolvê-lo para a cidade assim que puder"

"Prometo que irei devolver assim que não precisar mais dele."

Beth iria guardar o objeto em sua mochila, porém foi interrompida por Gaspar: "Ainda não!" 

"O que?", indagou Beth com as sobrancelhas arqueadas. 

"Caso você não saiba, desde que eu nasci tenho a capacidade de me comunicar com os espíritos. Pode me chamar de um médium, por assim dizer..." 

"E...?" 

Beth já havia suposto que o menino possuía aquela habilidade quando tinham conversado no centro pokémon e aquilo apenas tinha confirmado sua teoria. 

"Todo dia eu consigo escutar as vozes dos espíritos que habitam as ruínas de Ecruteak. Pessoas inocentes que foram mortas como o resultado da ambição e busca desenfreada pelo poder de um humano. Apesar disso, nenhuma dessas vozes chega perto daquela que está acompanhando você atualmente."

Beth engoliu o seco. 

"C-como assim?" 

Virou para trás para ver se tinha algo seguindo ela. Não avistou nada. 

Pokémon Copper - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora