Chegaram dentro de uma sala redonda meio escura, apenas iluminada por tochas que localizavam-se nas paredes. No centro havia uma pedestal de rocha. Em seu topo, uma redoma de vidro cercava o artefato que Beth buscava.
O sino dos espíritos.
O sino possuía gravuras escritas em uma língua desconhecida. Era feito de um material rochoso, circundado por uma aura mística e arcaica, como se tivesse sido criado a partir de uma magia obscura e misteriosa perdida no tempo.
Gaspar retirou a redoma de cima do pedestal. Em seguida, pegou o sino com sua mão.
"O sino dos espíritos. Um artefato histórico. Os anciãos de Ecruteak acreditavam que o artefato havia sido preenchido com o poder místico do pokémon lendário conhecido como Ho-oh, o qual habitava à antiga Torre do Sino."
"Ele tem o poder de invocar os espíritos daqueles que ainda vagam pelo plano material, almas perdidas que partiram antes da hora e que ainda tem assuntos para tratar com aqueles que deixaram para trás."
O menino estava sério, fato este notado pela ausência de sua risada característica.
O menino caminhou em direção de Beth e entregou o objeto em suas mãos.
Beth segurou. Era incrivelmente pesado para o seu tamanho.
O Houndour que estava ao seu lado olhou para o sino dos espíritos com curiosidade.
"Já que me venceu em uma batalha, eu dou permissão para você possuí-lo temporariamente. Sei que Jasmine está sofrendo com a perda de seu querido pokémon, então creio que será de bom uso. Porém, é a sua obrigação devolvê-lo para a cidade assim que puder"
"Prometo que irei devolver assim que não precisar mais dele."
Beth iria guardar o objeto em sua mochila, porém foi interrompida por Gaspar: "Ainda não!"
"O que?", indagou Beth com as sobrancelhas arqueadas.
"Caso você não saiba, desde que eu nasci tenho a capacidade de me comunicar com os espíritos. Pode me chamar de um médium, por assim dizer..."
"E...?"
Beth já havia suposto que o menino possuía aquela habilidade quando tinham conversado no centro pokémon e aquilo apenas tinha confirmado sua teoria.
"Todo dia eu consigo escutar as vozes dos espíritos que habitam as ruínas de Ecruteak. Pessoas inocentes que foram mortas como o resultado da ambição e busca desenfreada pelo poder de um humano. Apesar disso, nenhuma dessas vozes chega perto daquela que está acompanhando você atualmente."
Beth engoliu o seco.
"C-como assim?"
Virou para trás para ver se tinha algo seguindo ela. Não avistou nada.
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Pokémon Copper - Vol. 1
Fanfiction"Eu com certeza vou ser uma treinadora Pokémon", sussurrou para si mesma. Beth por toda a sua vida sonhara em se tornar uma treinadora pokémon e seguir os passos de seu maior ídolo, Gold. Fadada a levar um vida como uma pescadora de Magikarps na cid...