CAPÍTULO 3

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Tento me concentrar na conversa do meu futuro marido enquanto o mesmo relata seus grandes feitos empresariais. Mas é impossível quando se tem a mente ocupada com um certo vizinho. Observá-lo se tornou meu momento favorito e anseio por ele a cada noite. Sinto que ele sabe que eu o tenho observado, mas não me importo. Adoro assisti-lo e vê-lo consumir-se de tanto prazer, nem que seja nos braços de outra mulher.

— Héstia? — minha mãe me chama com um sorriso de canto.

— Sim?

— Toque para seu noivo, para que ele veja como está tocando divinamente.
— Sugere sorrindo para o Sr. Galanis.

Rogério pega em minha mão esquerda e leva aos lábios deixando um beijo suave.

Recolho minha mão gentilmente e me levanto e caminho na direção do piano de calda no canto da sala.

Respiro profundamente e começo a dedilhar o piano.

Toco uma melodia suave fechando os olhos e a cada toque uma imagem aparecia em minha mente. Meu corpo entra em um estado de transe e a cada nota, sentia ele queimar lentamente. Após eu terminar a melodia todos aplaudem de pé.

Galanis se aproxima de mim, pegando em meu queixo e plantando um beijo em minha testa.

— Muito bem, minha pombinha! Quando nos casarmos, irá tocar todos os dias para mim. — Sussurra e logo se afasta. 

Observo sua face angular, cabelos castanhos e um olhar sombrio que me assusta.

Logo se despede e vai embora, o que comemoro internamente.

Meus pais anunciam que irão se deitar e faço o mesmo me despedindo deles.

Subo para o quarto me aprontando para dormir olhando para a janela.

Contenho minha curiosidade de espioná-lo e pego o meu companheiro fiel de todas as noites e começo a devorá-lo me perdendo completamente em cada palavra.

“ Sara regozijou-se de cada palavra sussurrada de Victor em seu ouvido e a maneira que ele brincava com seu pau em sua entrada a deixava em uma total bagunça.”

 “Victor, por sua vez, não se contentava só com seu pau brincando e acabando com sua saúde mental.”

Fecho o livro e corro em direção a janela aproveitando a brisa da noite.

Porém, o calor permanece em meu corpo e ganha proporções gigantescas quando vejo o vizinho em sua janela, com seu tronco totalmente exposto.

Ele observava o céu estrelado totalmente inerte. Fumava um cigarro soltando lufadas de fumaça que se dissipavam pelo ar frio da noite.

Continuo lhe observando, fascinada com sua beleza viril, até seus olhos encontrarem os meus.

 Por mais que não estejamos muito distantes, a cor dos seus olhos não estão visíveis. A penumbra da noite o ajuda a encobri-los.

Um fantasma de um sorriso surge em seus lábios e sinto um arrepio na espinha. Ele se inclina ainda mais, permitindo-me ter uma visão privilegiada do seu corpo.

Se eu o achava perfeito antes, agora sem sombras de dúvidas.

Um barulho no andar debaixo me chama a atenção. Fecho a janela rapidamente e ajusto as cortinas voltando para minha cama. Fecho os olhos e respiro profundamente sentindo meu corpo literalmente em chamas.

Desisto de continuar com a leitura e me obrigo a dormir.

No dia seguinte ajudo minha mãe a preparar o almoço. Meu pai saiu logo cedo para o banco onde trabalha e o qual é o gerente.

Com a mesa posta aproveito os minutos restantes antes do almoço para praticar uma melodia no piano. Começo a dedilhá-lo sem perceber nada e nem ninguém à minha volta. Uma sensação deliciosa invade meu ser e quando menos percebo o meu novo vizinho está parado na entrada da sala ao lado do meu pai com seus olhos negros brilhando em minha direção.

Paro no mesmo instante paralisada com sua presença.

Olhos negros como a noite, um rosto delineado, rústico. Cabelos castanho-chocolate, uma verdadeira escultura esculpida por Deuses.

Seus lábios carnudos se inclinam em um sorriso discreto, ou poderia ser malicioso, já que sua espessa barba por fazer o esconde perfeitamente.

— Meu rapaz, essas são minha mulher Safira, e minha filha, Héstia — Meu pai faz as apresentações com seu jeito polido de sempre.

Ele sorri educadamente.

— Prazer em conhecê-las! — Afirma apertando a mão da minha mãe.

— Me chamo Inácio Kouris, o novo vizinho.— Solta a mão da minha mãe e pega a minha.

Seu aperto é firme o que me faz engolir em seco. Ele me olha intensamente por alguns minutos e sinto que vou me desmanchar em milhões de pedaços aos seus pés.

Sinto uma corrente elétrica percorrer todo meu corpo, provocando pequenos arrepios. Minha garganta fica seca e pisco algumas vezes o que o leva a cessar nosso contato.

Meu pai caminha em sua direção e põe a mão direita sobre seu ombro.

— Almoce conosco! — Convida e Franzo o cenho sem entender essa súbita proximidade.

Inácio nega.

— Senhor Pachis, agradeço o convite, mas ficará para uma próxima. Tenho algumas coisas para resolver fora.—  murmura com uma voz poderosamente grave.

Começo a divagar visualizando algumas cenas do “livro pecado revelado'' e a voz de Inácio substituindo a voz de Victor que inventei em minha mente. 

Sinto uma pontada entre minhas pernas e sou obrigada a pedir licença e subir correndo para meu quarto me trancando dentro do banheiro, constatando que minha calcinha se encontrava totalmente molhada de excitação.

O vento frio da noite mais uma vez chegou balançando as cortinas da minha janela.

O ar sopra e range provocando alguns estalidos. Levanto-me caminhando em direção da janela quando uma silhueta surge das sombras. Um grito desesperado fica preso na minha garganta quando vislumbro olhos tão negros quanto a escuridão da noite.

— Hora de produzirmos nosso próprio show, Héstia. — Estremeço quando ouço sua voz grave ecoar pelo quarto.

Meus anjos,  mais um capítulo postado com sucesso!! Inácio será um ótimo professor!😏😉🔥🔞

PECADOOnde histórias criam vida. Descubra agora