Último Desejo - ItaSaku

Conhecendo Sakura

Sakura

Senti sua capa me cobrindo e assim que atravessamos a porta, ele me abraçou. Senti como se meu mundo houvesse parado de girar, e o solavanco da parada me jogou fora de órbita.

Olhei em seus olhos quando nos separamos, e ele parecia sentir o mesmo.

— Não saia mais sozinha.

Toda magia do momento foi quebrada por esse comentário.

— Acha que eu tenho doze anos?

— Droga, não é isso.

— Daqui a pouco vai dizer que a culpa foi da minha roupa?

— Já viu como está vestida?

— Eu tive uma luta Itachi-san. Desculpe se não parei em um shopping.

— Vista.– Ele me entregou algumas roupas.

— De onde tirou isso?

— Roubei.

Observei as roupas e fui até o quarto que ainda tinha porta. Era uma calça legging e uma blusa e mangas. Olhei aquilo indignada, mas eu daria um jeito nisso.

Peguei minha kunai e cortei a legging o mais curto possível e da blusa de mangas fiz um top com mangas. Ficou bem menos comportado do que o que eu estava usando. Mas que isso servisse de lição.

Meus cabelos estavam diferentes, eu não estava gostando de não me sentir eu mesma.

Apliquei chackra em meu couro cabeludo e vi a mágica acontecer, ele cresceu em poucos minutos, agora batiam abaixo da bunda. Ino me ensinou esse truque.

Meu cabelo, agora bem longo, era um gigantesco manto cor de rosa. Essa roupa curtíssima mostrava algumas tatuagens que eu havia feito a pouco tempo, com Ino.

Sai do local e vi Itachi escorado no batente da porta de entrada. Assim que ele me viu, um sorriso perverso brotou em seu rosto.

— Está pior do que estava. Cadê a calça?

— Sabia que iria gostar... – Disse com falsa inocência.

Ele riu.

— Gostei do cabelo.

Ele se virou e sumiu na floresta. Eu sorri, ele era um mistério e eu queria desvendar.

Itachi

Eu agi como um homem idiota? Sim. Mas aquelas roupas rasgadas me faziam lembrar que ela foi cercada e atacada por dezenas de ninjas. E aquele cara nojento me fez ter náuseas.

Não sou a pessoa mais honrada, e talvez minha morte prevista por ela seja a única coisa boa que poderia me acontecer. Mas saber sobre Sasuke me abalou o suficiente para querer fazer algo a respeito.

Andei por uns quarenta minutos, fui até uma vila próxima, comprei mantimentos, roupas e cobertores. Eu voltava para aquela pequena propriedade invadida e pensava que ali poderia ser um bom lar.

Inevitável não pensar em um futuro, quando tudo acabar, quero ficar por aqui. Respirei fundo.

Deixar Sakura entrar na Akatsuki era um surto coletivo. Se ela entrasse não daria conta de Tobi e Pain, e traidores não tem tempo de explicar os seus motivos.

Um plano muito simples se desenhou em minha mente, falaria com Pain sobre me casar com essa jovem, e pediria um tempo para ele. Da mesma forma que ele teve com Konan, deve ser tempo suficiente para achar Sasuke e antevir a guerra.

Cheguei na pequena casa e olhei para Sakura, seu agora grande cabelo preso em um rabo cumprido e ela treinando com um tronco grande de árvore. Era ruim de admitir mas as roupas cortadas ficaram bem nela.