Último Desejo - ItaSaku

Missão

Sakura

Eu sabia, mais ou menos onde Orochimaru deveria estar. Apesar de não ser exatamente um mapa, o mangá foi claro quanto a localização do seu esconderijo.

Eu era guia, mas Itachi não me deixava dar um passo sem antes averiguar todo nosso itinerário.

Resolvemos acampar um dia antes de chegar ao esconderijo dele. Eu estava particularmente cansada.

Usamos uma caverna como abrigo e o exibido do Itachi usou seu Katon para fazer uma fogueira.

Estava me arrependendo de ter esquartejado a minha roupa, o frio que me dominava era real, me fazendo ficar com os dedos azuis. Nem mesmo a minha grossa capa de viagem conseguiu parar o vento gelado.

— Venha.– Itachi disse isso com um dos braços levantados. Sua capa, fazia uma espécie de cabana.

— O que?– Olhava confusa, tentando inutilmente parar os tremores.

Então ele se levantou e veio até mim, sentou-se ao meu lado e me abraçou.

Eu fiquei estática e logo olhei em sua direção. Ele estava levemente rubro, me fazendo crer que estava envergonhado por sua atitude.

— Não pode ficar doente.– Ele disse sucinto.

— Eu não fico doente.– Eu disse dando os ombros.

— Mas passa frio. Não seja irritante. Aceite.– Itachi disse, olhando nos meus olhos e depois se apoiou de qualquer jeito em uma das paredes da caverna.

O dia amanheceu estranho. Eu estava agarrada a Itachi e e ele já havia acordado quando eu despertei. Ele mal se mexeu ou respirou quando percebeu que eu havia acordado.

— Bom dia.– Eu disse sonolenta.

— Bom.– Itachi disse, se levantando rapidamente e indo em direção a um córrego que corria ali perto.

Eu organizei nossas coisas e preparei um desjejum. Itachi entrou na caverna e olhou o nosso café da manhã, composto de frutas e pão pita.

— Obrigado.– Ele sorriu e todo meu mundo se aqueceu.

[...]

Já passava da meio dia quando chegamos na aldeia do Som. O burburinho de que Orochimaru havia sido morto por seu aprendiz chegava até nós como um rastro de pólvora.

— Chegamos tarde.– Eu disse.

— Talvez seja melhor assim. Orochimaru não nos deixaria chegar perto de Sasuke.– Ele era uma fada sensata quando queria.

Agora Sasuke deveria estar reunindo o seu time para que pudessem... Matar Itachi-san.

Me concentrei em tentar lembrar onde ele poderia estar, e Karin veio em minha cabeça.

— Já sei. Vamos?– Disse já começando a saltar.

[...]

Itachi

Eu não acredito que pensei em passar a noite toda abraçado com Sakura. Seu corpo miúdo e frio em contato com a minha pele quente, sua respiração baixinha e seus ruídos noturnos não me deixaram dormir.

Em partes pelo medo de abrir os olhos e estar sozinho, e outra, como vou controlar as reações do meu corpo dormindo? Tinha medo do que pudesse acontecer.

Quando alto da noite ela, literalmente, me agarrou, ficou ainda mais difícil respirar. Era torturante controlar os impulsos mais naturais do meu corpo. Foi humanamente impossível não ficar excitado.