Cheryl POV
O Natal estava chegando, faltava uma semana para o papai Noel aparecer no seu trenozinho alegrando as crianças. O Natal sempre foi uma época alegre, parecia que naquele dia em específico, minha família realmente se tratava como tal. Sei que já se passaram anos que né, meio que os Blossom não existem mais, porém ainda é algo nostálgico.
Todos os natais que passei sozinha em Nova York me lembrava da vila. Óbvio que depois daquelas coisas que aconteceram, ainda tenho um pequeno trauma daquele lugar, mais nada que uma ida não piscícolo não ajude. Ainda estou em Paris por um motivo, meu pai.
Clifford está doente. Jason como o idiota que é, não sabia me dar as informações sobre seu quadro médico, então tudo que eu sabia era que ele estava muito mal e tinha três meses que estava internado. Papai havia me ligada a alguns meses, perguntando quando estaria por aqui e se eu poderia visita-ló. Sei que meu pai nunca foi um dos melhores, sabe, problemas com bebidas e seus cigarros sempre foram muitos evidentes na minha infância, mais de qualquer forma ele ainda continua sendo meu pai. Sinto que devo a ele, no mínimo uma visita.
Pois bem, é isso que vamos fazer hoje, visitar meu pai no hospital. E eu falei "vamos" no plural já que Santana disse que queria conhecer o "avô". E sim, meus filhos nunca conheceram Clifford, o único contato que tem com minha família é com a nana, Jason e seus filhos, sendo que nem é tão forte esse contato já que os filhos do Jason são chatos pra um casete. Sabe, só quero evitar que conheçam esse lado feio meu, depois daquele Natal onde Santana quase me viu tendo uma overdose, nada mais seguro do que manter eles distantes da minha antiga vida, assim eu acho.
Mais como falei anteriormente, falta pouco para as festas de fim de ano, Toni disse que queria aproveitar mais um tempo em Paris, dessa vez sem ninguém pra encher o saco, apenas nós cinco. Parando pra pensar agora, eu tenho uma família muito grande, tipo, somos cinco pessoas, isso é muita coisa. Esse tempo tem sido bom. Sabe, sentia que eu e Toni não estávamos tão próximas assim por conta da minha carga horária no ateliê, mais agora está tudo tão leve. Nota mental, é importante tirar mais tempo para nós.
Voltando ao foco, estou terminado de me arrumar. Já são duas da tarde e hoje o dia estava calmo, um clima até que bom para um final de dezembro. Não estava nevando, o Sol se arriscava a aparecer entre as nuvens que pareciam carregadas, possivelmente choveria durante a noite. Toni decidiu que enquanto eu e Santana estaremos no hospital, ela iria sair com o gêmeos um pouco, aproveitar que o tempo não estava de congelar para sentar no gramado da Torre Eiffel e se divertirem.
- Amor, cadê minha bolsa?- Perguntei para Toni.
- Aqui na sala.- Fui até a sala do hotel em que estávamos, e por pouco não tropecei nas crianças, que estavam brincando no meio do corredor.- Cuidado querida.
- Desculpe, tô meia desligada hoje.
- Você tá tensa, isso sim.
- Tá tão na cara assim?- Ela só olhou pra mim e aceitei aquilo como um sim.- Sei lá, faz tanto tempo que não vejo Clifford. Aí agora, quando tenho oportunidade e coragem pra falar com o homem ele tá numa cama de hospital.
- São coisas que você não pode controlar Cheryl. Você, em momento algum, conseguiu segurar seu pai, agora, infelizmente, ele lida com as consequências de alguns maus hábitos.- Ela se aproximou de mim.- O importante agora é você ver ele, dar o apoio necessário, carinho, mesmo que não tenha o recebido em abundância antigamente, faça isso agora por alguns segundos. Eu sei que consegue, então não fique nervosa por tal coisa.
- O que seria de mim num mundo onde você não existisse tee-tee?
- Você estaria jogada em algum canto de Nova York ou ia ter se casado com algum loiro oxigenado.
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The Future
Random2° Temporada de the village Quão insano pode ser o futuro? Quão triste pode ser o futuro? Quão mágico pode ser o futuro? Quão nostálgico pode ser o futuro? Quão difícil pode ser o futuro? Quão perfeito pode ser o futuro? Quão revoltante pode ser o...