Capítulo 16- Isso não vai te ajudar

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Santana pov

Se passou umas três semanas desde que minhas mães meio que brigaram. Na real, eu não sei ao certo o que aconteceu, porque ambas não querem me contar. Voltando ao foco, mãe Cheryl não voltou pra casa, ela está em um hotel bem longe daqui. Já a mama, ela tá passando por um momento difícil, está tão complicado para ela que a tia Verônica teve que ligar para abuela vir passar um tempo conosco. Depois que vi a situação da mama, parei de ficar com aquela briga interna dentro de mim e voltei a falar com ela, tentando ajuda-lá o máximo que consigo.

Mais apesar de tudo isso, eu tenho uma vida, essa vida tá complicada. Primeiro, tem o Joe, ele é meu pai biológico mais, depois de uma rápida conversa com a mama, entendi que ele não passa disso, meu pai biológico. Porém, o juiz decretou que eu teria que passear um mês com ele, tipo, um dia da semana e um no final de semana e, caso eu me desse bem com ele, o juiz tomaria sua decisão final sobre a guarda. Joe é legal, mais ainda é estranho ficar perto dele sem saber muita coisa, cara ele é meu pai que ficou ausente durante 16 anos e agora brota do nada.

Seguindo em frente, tem a escola. Daquela vez que Zany me pegou fumando com os meninos, prometi a ele que não voltaria ali, e não voltei. Começamos a ir em outro lugar, então acho que ainda estou cumprindo a promessa. Com toda essa confusão de guarda dividida, a separação das minhas mães, a morte do abuelito, as vezes tudo que eu quero é esquecer o mundo ao redor, e aquelas coisas me ajudam. Sei bem que não são boas para a saúde e essas coisas, mais eu não uso coisas fortes, então já é uma vantagem. Com tudo isso, comecei a dar uma distanciada da Brittany, sabe, só não quero envolver ela na confusão que estou, Brittany tem um coração muito bom e iria querer ajudar, porém não sei se tem como ajudar muito.

O despertador tocou e estava na hora de levantar. Hoje é sexta. Joe decidiu, junto com a mama que ficaria com ele sexta e sábado, sendo assim, passaria a noite na casa dele que, até onde eu sei, é uma puta casa. Pois bem, comecei a me arrumar bem rapidinho, já que as sextas vou andando com a Brittany e o Zany até a escola. Ontem a abuela fez uma mochila para mim com roupas e essas coisas porque a mama estava muito ocupada e eu sempre esqueço de colocar algo importante como calcinhas.

- Bom dia família.- Digo aparecendo na cozinha. Estava tudo mundo, menos a mama na mesa.- Onde está minha mãe vó?

- Ela teve que sair mais cedo hoje, sente e come um bolinho vai.

- Quem vai levar os gêmeos?- Perguntei.

- A Cheryl.- Talvez, só talvez, a abuela estaja com mais ódio da Cheryl do que minha própria mãe.

- Entendi.- Terminei de comer e escutei a campainha.- Tchau abuela, tchau crianças, até domingo.

- Cuidado mirra.

- Pode deixar abuelita.

Sai e dei de cara com a mãe Cheryl.

- Oi mãe, acho que chegou cedo demais.- Digo abro a porta de novo.- Abuela, a Cheryl já veio buscar meus irmãos e eu já estou indo.- Falei e me voltei para minha mãe.- Boa sorte mãe.

- Obrigada?- Sai andando mais ela me chamou.- Angel, quer ficar comigo esse final de semana? Sabe, o hotel que estou é grande demais só pra mim.

- Desculpa mãe, mais vou passar o sábado com Joe.- Ela apenas assentiu e abaixou a cabeça. Vi de longe Brittany  e Zany chegando, mais antes de ir, não podia deixar Cheryl com aquela cara.- Mãe, quem sabe domingo, se a mama Toni deixar.

- É quem sabe...- A Abuelita abriu a porta e lançou um olhar mortal para Cheryl.- Cuido na rua Angel. Oi Bárbara...

Deixei elas conversando lá e fui atrás dos meus amigos, que estavam umas duas casas pra frente da minha.

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