Capítulo 18- A dor da solidão

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Aviso de gatinho, trataremos sobre depressão nesse capítulo, mesmo que forma mais sutil que consegui escrever, ainda pode ser um gatinho!

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Toni POV

(1 anos depois)

O tempo passou e, ela não voltou. Cheryl não voltou e eu não quis correr atrás. No papel ainda estamos casadas, acho que pedir divórcio seria muito. Continuando, sinto sua falta constantemente. Não sei ao bem explicar mais parece que estou caindo aos poucos e não tenho paraquedas, muito menos alguém para me pegar no final. Eu só, queria voltar no tempo e ter ficado em silêncio naquela noite. Mais até a ciência estar avançada para isso, só terá restado na Terra meus ossos.

Digamos que desde que Cheryl saiu de casa, eu não estou bem, eu já não estava antes, mais as coisas pioraram. Ficaram tão ruins que minha mãe teve que vir da vila para passar um tempo aqui em casa, me ajudando com as coisas e com as crianças. Eu meio que, desisti de tudo nesse último ano. Me senti mais sozinha que tudo e, é um sensação estranha. Nunca, em momento algum, nem quando estava depressiva, senti algo tão forte assim. Ainda sou depressiva mais... Ah deixa pra lá.

Mas de qualquer forma, isso é algo que tenho a anos, depressão. Mesmo já tendo me acostumado a conviver com ela, eu não sei o que me espera todas as manhãs ao acordar. Posso estar radiante e pulando horrores, ou posso estar triste sem motivos, com raiva a ponto de gritar até com as plantas, todo o dia é uma nova surpresa. Porém, atualmente, eu sei como irei acordar e como irei dormir. Triste.

Tudo é tão chato, tão monótono. Estou vivendo a mesma rotina a tempos e nada muda. Se mudar, será apenas alguma coisa de horário ou algo do tipo. Sento como se estivesse parada no tempo, sem evoluir.

Pois bem, hoje é sábado, depois de três sábados seguidos trabalhando, estou de folga. Santana foi a um desfile com a Cheryl. E os gêmeos, bem, eles foram morar com minha mãe. Nesse período de mudanças, meus pais resolveram se mudar para América e bem, eles estão aqui agora, na real eles tão na Flórida. Eu não estava conseguindo dar atenção e nem cuidar do Bear e da Sugar, então minha mãe falou que eles poderiam ficar na Flórida por alguns meses, até eu estar melhor. Vai fazer duas semanas que eles se foram e eu me arrependi dessa decisão, estou morrendo de saudade dos meus pequenos, eles ainda são minha única razão de viver.

Estava no sofá apenas esperando Verônica chegar, segundo ela, a madame precisava falar comigo urgente.

- Toni, tô entrando viu.- Escutei e a porta se abriu.- Nossa mana, você tá com uma cara de derrota.

- Até parece que já não se acostumou em me ver assim.

- Ninguém deve se acostumar com uma coisa dessas.

- Sem papinho motivacional hoje Verônica. Fala logo que coisa tão urgente é essa?

- Eu estava conversando com a mamãe esses dias e, sabe, talvez depois que resolver o negócio com o Joe na justiça, você e a Angel poderiam se mudar para Flórida por alguns meses... ou talvez só você, já que Santana está quase se formando...

- Verô, você sabe que eu não vou fazer isso.

- Por que Toni? Os gêmeos já estão lá com a mama. Você pode ficar com ela durante esse tempo ou alugar um apê. Mana você precisa dar um tempo dessa casa e de LA também. Eu estou preocupada contigo Toni e, não é de  agora.

- Verônica, não sei se você entendeu direito mais eu não preciso da ajuda de você ou qualquer coisa do tipo. Achei que você sabia melhor que ninguém o meu estado e que não tem mais o que se fazer, eu tô na porra do fundo do poço! Não tem como sair dessa merda! Não custa você e todo o resto entenderem isso.- Sem querer acabei que estressando. Mais na real, eu já estava cheia desse papo vindo dela, não é de agora que Verônica vem enchendo meu saco com essas coisas.

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