Capítulo 4- Lua de Mel

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Toni POV

Lua de mel. Por quanto tempo esperei por isso? Uns dois anos mais ou menos? Talvez desde que os gêmeos nasceram esperei por esse momento. Não é nem pelo fato de que vamos ter altas noites agitadas, mais sim porque vamos ficar apenas eu e ela por um tempo sozinhas. Não que eu não ame meu filhos, muito pelo contrário, mais que mãe não quer um tempo de paz né. Pensando bem, talvez não tenha sido uma boa ideia deixar minhas crias com seus tios doidos, principalmente Betty e Verônica. De qualquer forma, Lua de mel!

Cheryl ainda não sabia para onde íamos, quis fazer uma surpresa. Na real, meio que menti pra ela falando que íamos para a Ilha de Lesbos. Mais no final das contas, acabei mudando nossas passagens para um lugar que achei ser mais interessante, agora falta ver se ela vai gostar.

- Pronta querida?- Perguntei a ela antes de embarcar. Tinha lhe comprado uns fones de ouvido mais autos que tudo para ela não ouvir nada, e como anda bem empolgada, mal prestou atenção nas passagens ou placas do aeroporto que indicavam nosso destino.

- Mais já? Achei que ia demorar mais.- Ela falou se levantando.

- Pelo jeito chegaremos bem rápido.

Convenhamos, Lesbos é uma ilha na Grécia, rodeada de água e mais água. Se for pra ver água ficaríamos em Los Angeles mesmo, aqui nas praias perto de casa. Nada melhor do que conhece uma nova cultura, ou no meu caso, me aprofundar um pouco mais nela.

O vôo foi bem tranquilo, achei que iria demorar, mais o tempo passou voando. É, piada ruim, eu sei, foi mal por isso. Pois bem, descemos do avião e já consegui ver Cheryl meia confusa, o idioma nas placas ela talvez conhecesse um pouquinho. Mais bem pouquinho mesmo.

- Por que as coisas estão escritas em espanhol Toni?- Ela perguntou quando voltei com as malas.

- Porque estamos em Havana, capital de Cuba.- Digo ela arregalou os olhos.

- Não íamos para a tal ilha das lésbicas?

- Em primeiro lugar, não é uma ilha de lésbicas. Segundo, íamos, mais mudei de ideia é agora estamos aqui.

- Ótimo, me preparei toda achando que ia para uma ilha estilo medieval e agora estamos em Cuba. Nem espanhol eu falou Toni.

- Mas grego fala?- Ela negou rindo enquanto esperávamos o táxi.- Eu falo muito bem espanhol, mesmo que faça alguns anos que não prático, ainda sei falar bem.

- Qual o real motivo de viemos para cá Antoniette?

- Além de ser muito mais interessante que uma ilha grega, minha abuela sempre quis voltar para Havana. Ela falava que quando eu ou Verônica estivéssemos casadas, ela nos levaria para conhecer Cuba juntos com nosso devidos amores. Ela não pode estar presente, mais queria realizar seu desejo sabe, de conhecer minhas origens latinas de perto.

- Isso é lindo meu amor, vamos aproveitar ao máximo.

E assim começou nossa jornada por Havana. Obviamente que no dia seguinte né, porque ao chegar no hotel desmeiamos de tanto sono. Não vou mentir, estar em solo latino pela primeira vez é tão estranho. Isso sempre esteve tão presente em minha vida, esse amor prla cultura. Aqui minha inspiração nasceu e trouxe para mim essas cultura. É tão feio como as pessoas baseiam a cultura latina apenas por pessoas de pele mais bronzeada, que falam espanhol com sotaque. Mais vai muito além. Esse calor, essa energia, esse lugar, esse amor. Aqui é tão, lar. Parece que sinto a abuela aqui, de certa forma sua presença me parece tão forte.

Mais deixando de lado isso, quando acordamos no dia seguinte não perdemos tempo em sair logo de casa. Eu e Cheryl nos arrumamos e tomamos café no hotel mesmo. Tinham muitos pontos turísticos para irmos, principalmente porque Cheryl ficou super animada com a ideia de conhecer um pouquinho mais sobre essas raízes que tenho. Ela até se arrisca falando bem pouco de espanhol que aprendeu nesses anos, na real ela só aprendeu porque uso muito com Angel e ainda quero ensinar essa língua para os gêmeos.

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