Não Pare de Sonhar + Acordei! E Agora?! (Degustação)

Capítulo V

- Alô! – atendeu assustada.

- É a mãe do Leonardo?

- Oi, é sim. Aconteceu alguma coisa com ele?

- Não, está tudo bem. Aqui é a Cecília, sou a madrinha da Nina. Estou ligando para saber se aconteceu alguma coisa, já são quase dez horas, as outras crianças já foram embora.

- Nossa! Me desculpe! Já estou a caminho.

Iza havia perdido completamente a noção do tempo. "Como pude me esquecer do meu filho", se julgava. Entrou no carro e conferiu o endereço pela mensagem que havia enviado para Marcos mais cedo. Correu para o carro, ainda aérea, para buscar o filho.

Quando chegou aos portões da imponente casa se deparou com três seguranças. Rapidamente desceu o vidro para se identificar. Subiu por uma extensa estrada de pedras totalmente arborizada. Contemplava encantada a vista, ao lado havia um gramado e logo adiante uma linda casa de tirar o fôlego.

Parou em frente às escadarias de mármore que davam acesso a uma enorme porta de madeira. Antes de pegar sua bolsa para sair do carro, viu uma linda loira com cabelos presos num caro vestido azul claro. Caminhando descontraido logo atrás dela, estava Eduardo, com uma calça social grafite, camisa branca, os punhos dobrados e dois botões abertos. Admirou o homem que andava perturbando seus sonhos.

Quando criou coragem para descer do carro viu os dois se abraçando. A loira se despediu dele calorosamente com um breve beijo nos lábios e partiu em um carro preto estacionado logo à frente e partiu, contornando a entrada da casa.

Iza se sentiu estranhamente desconfortável com a cena que acabara de presenciar. Sacudiu a cabeça e focou no motivo que havia lhe levato até ali: seu filho.

Eduardo estava se virando para entrar, quando ela o chamou:

- Oi. Boa Noite. Desculpe-me o horário...

Ao escutar a voz doce lhe chamando, virou-se.

- Oi. Você veio? – falou sem esconder seu contentamento.

- Um pouco tarde, né? Sei que não são horas. -0 deu de ombro se desculpando. - Tive alguns problemas e perdi a noção da hora.

- Não se preocupe, eles estão abrindo os presentes lá dentro. Entre. – estendeu a mão em um ato de reverência, dando passagem para ela.

Dentro da casa, Iza se deparou com uma decoração impecável. Uma sala ampla com uma escadaria lateral curva e portas de vidro de onde podia ver um jardim ainda mais bonito que o da entrada. Aquela realmente era uma casa decorada por uma mulher.

- Sua casa é de muito bom gosto.

- Obrigado. Tenho que admitir que é mérito da decoradora e da minha mãe. Não levo muito jeito para essas coisas.

- Mamãe!!! – Léo veio correndo em sua direção para um abraço.

Ao vê-lo, não conseguiu segurar as lágrimas que havia segurado desde sua conversa com Max. Abraçando o filho com carinho enxugou uma discreta lágrima e percebeu o olhar intenso de Eduardo. Sentiu-se envergonhada por não conseguir se segurar.

- O Léo pode me ajudar a abrir o resto dos presentes? - perguntou Nina, dando pulinhos. - Ainda faltam muitos. Amanhã é feriado, podemos dormir até tarde.

Segurando o filho ainda agachada, abraçou a menina.

- Parabéns, Nina!

- Obrigada. Deixa?! Deixa?! Deixa?! – continuou saltitando eufórica.

- Por favor, - insiste Eduardo interrompendo a súplica da filha. - eles estão se divertindo. Podemos nos sentar, tomar alguma coisa.

- Tudo bem! – concordou ela. - Mas só um pouco. - se levantou ponderando sua decisão.