capítulo 78

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Victor

O dia hoje havia sido muito mais estressante do que eu tinha imaginado. A correria para descobrir quem está pichando as paredes continua, e o pichador, agora, mesmo durante a luz do dia, está escrevendo coisas com sentido. Talvez o tumulto tenha facilitado para ele fazer as suas artes durante o dia. Agora seu objetivo é falar mal das pessoas, na verdade, todas as pessoas citadas em suas pichações são mulheres. Meninas desta escola.

Não sei o que aconteceu com todo mundo no final desse ano, mas parece que todo mundo enlouqueceu. Parece que a chance de fazer a vida dos outros mais miserável é agora, e é exatamente isso que aparentemente todo mundo está fazendo. Aproveitando a chance de estragar a vida alheia.

Acho que essa escola precisa contratar um psicólogo para atender os alunos dress escola urgentemente.

Como ambos nossos pais acham que eu e a babi estamos nos treinos para os jogos de final de ano, quando as aulas acabam, eu e ela temos
algum tempo antes de ir para casa.

A encontro no estacionamento da escola, onde nós dois entramos no carro e partimos pela estrada sem rumo. Desta vez, ao invés de ir para o morro, eu literalmente parto pela estrada, que dá para outra cidade, mas não vou muito longe, já que quero ter mais tempo com a babi ao invés de ficar dirigindo.

Quando encontro uma das paisagens mais bonitas da cidade, paro o carro um pouco afastado da estrada, que está vazia a esta hora, e abro os vidros. Desligo o carro e olho para frente, logo depois de olhar para o rosto confuso de babi.

"É literalmente o meio do nada," ela diz, olhando para os lados.

"Não é belo?"

"Por que você gosta tanto de lugares vazios, sem uma pessoa viva perto de você? As vezes eu tenho medo desse Victor, não posso mentir." Ela faz uma careta.

Estico as minhas mãos até o banco dela e entrelaço meus dedos em seu cabelo.

"Esses lugares me fazem pensar, por isso que gosto deles."

"E você não pode pensar onde tem outras pessoas?"

Faço que não com a cabeça. "Pensamentos demais juntos, não consigo."

"Mas você não vai ouvi o que elas estão pensando."

"Mas eu vou escutar o que estes pensamentos as mandaram fazer, e as vezes essas ordens são barulhentas e chatas."

Babi revira os olhos e encara o sol batendo nas folhas das árvores de leve, espelhando o brilho para nós.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, apenas ouvindo as nossas respirações em coro.

Ligo o rádio e procuro uma musica relaxante para aliviar meus ombros que estão tão tensos que quase chegam até as minhas orelhas. Isso é muito estranho. Ficar perto da babi ainda me deixa inquieto, como se eu fosse um garoto timido no primeiro encontro com uma garota que é demais para mim.

"Vamos conversar de algo bom," ela diz, logo depois que uma música instrumental deprimente começa a tocar. Eu mudo a estação de novo e encontro um jazz suave. Gosto da sensação que aquela música me transmite e deixo ela tocando

"Essa musica é boa," comento.

Ela concorda com a cabeça e começa a dançar lentamente, combinando perfeitamente com o ritmo da música.

"Você gosta de jazz?" Ela pergunta, levantando um pouco da blusa até mostrar seu sutiã de renda branco.

"Gos..." tento responder, mas na primeira tentativa, a minha voz mais rouca que o normal. Mas como poderia ficar normal quando a babi está praticamente fazendo uma striptease pra mim. "Agora eu gosto," corrijo, olhando fixamente para ela.

𝙳𝚒𝚐𝚊 𝙼𝚎𝚞 𝙽𝚘𝚖𝚎┊ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᶜ̧ᵃᵒ ᵇᵃᵇⁱᶜᵗᵒʳ ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora