Capítulo 11

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Não como quase nada durante o jantar. Victor está sentado de frente para mim, e não me olha nem uma vez durante nossa refeição, mas não consigo parar de o encarar

Augusto e uma pessoa completamente diferente de Victor, a impressão que eles passam não chegam nem perto de ao menos se parecerem, e mesmo assim, é a mesma pessoa

Este é exatamente o mesmo Augusto que eu me lembrava, mas ele mudou demais ao decorrer dos anos, não parece a mesma pessoa, acho que foi por isso que não me lembrei dele. Ele está muito mais atraente agora

"Levi, você se lembra daquela vez que a Babi e o Augusto ficaram desaparecidos por três horas, quando os achamos eles estavam brincando no seu closet!" Meu pai se recorda aos risos

"Aquele for um dia desesperador, eram dois pestinhas, quase tive um infarto quando percebi que estavam sumidos" Levi responde sorrindo.

E pela primeira vez Victor olha para mim. Ele sorri de lado, e me faz ficar molhada, não apenas pelo seu sorriso, mas também pelas lembranças que me vem à mente quando me recordo do que estávamos fazendo naquele dia, naquele armário.

Eu odiava Augusto, ele era tão mimado e rancoroso, era completamente irritante. Neste dia, ele me chamou e falou que encontrou meu colar que estava perdido. Esse colar era o meu favorito, eu andava com ele para todos os lados, ele tinha uma pedra azul esverdeada no meio, eu mesma tinha o achado jogado na rua, mas eu não o via a uma semana, tinha o perdido.

Estava tão triste com a perda do meu colar que fiquei desesperada o procurando. Então Victor -ou Augusto- me disse que havia o achado, então eu fui com ele até a casa dele, e entrei no closet do pai dele, que era enorme. E quando eu menos esperava, Victor havia me beijado.

Ficamos por horas dentro daquele closet. Victor inventava uma história atrás da outra me explicando o que havia acontecido com o colar, mas até hoje não o recuperei. E no final me senti extremamente arrependida por ter deixado Victor me beijar, já que eu não gostava nenhum pouco dele, além de não ser nada atraente quando comparado a hoje em dia. Ficamos semanas sem nos falar, até que ele foi embora.

Victor começa a olhar para mim por tempo demais, então eu me levanto e digo que vou ao banheiro.

Me olho no espelho e me xingo internamente. Consegui ficar excitada com lembranças de quatro anos atrás? Não consigo acreditar, sinto o coração da minha intimidade batendo, e logo as lembranças da semana passada vem a minha mente, e é como se eu não pudesse esperar para ser tocada.

Começo a descer minha mão pelo meu vestido, e então pela minha calcinha, e quando estou pronta para enfiar meus dedos lá dentro, ouço meu pai me chamando. Eu imediatamente recomponho minha postura e vou até eles, e vejo que os pratos já foram retirados, e agora eles estão apenas conversando.

"Babi," meu pai me chama novamente. "Você pode pegar aquele vinho português na adega? Aquele que te mostrei a alguns dias atrás"

"Claro, estou indo," aviso e começo a descer até a adega.

"Augusto, vai ajudá-la," Levi diz por educação, mas ouço baixo, já que estou longe deles.

Droga, agora é o pior momento para eu ver Aaron.

Eu chego na adega que está gelada como sempre e começo a procurar o vinho. Respiro fundo para me comportar e não acontecer a mesma coisa da semana passada.

O vejo víndo até mim, e ele não olha para outro lugar que não seja meu corpo. Seus olhos nem chegam ao meu rosto, ele só está interessado do meu pescoço para baixo "Você estava falando a verdade," digo com a voz trêmula. "Porque não disse que era verdade?"

"Não seria divertido," ele responde com a mão no queixo, me analisando cautelosamente.

"Eu não sou uma diversão victor" aperto minhas pernas para tentar diminuir o fogo que sinto.

Ele continua se aproximando de mim, mas não responde nada, apenas sorri de lado. "Sabia desde o começo?" Pergunto apoiada na mesa atrás de mim.

"Desde o dia que você não parava de me encarar," ele diz. "E logo percebi que você não se lembrava, mas não se sinta culpada, ninguém se deu conta ainda que sou eu."

"Não é culpa deles, você não é a mesma pessoa."

Um país diferente muda muito uma pessoa, ele completa. "Você aprende muito." Ele passa o dedo nós lábios como se tivesse acabado de beijar alguém, mas logo percebo o que quis dizer que agora ele beija, e não são apenas bocas. Mas eu nunca duvidei disso.

Concordo com a cabeça, e sinto minha respiração começar a ficar desregulada, então antes que algo mais aconteça, me viro para a coleção de vinhos e logo acho o que o meu pai me pediu. Ele está a algumas prateleiras acima, então fico na ponta dos pés para conseguir alcançá-lo, mas antes que eu consiga, sinto as mãos de victor se encostarem no meu quadril, e não me mexo.

Meu peito sobe e desce, e começo a lamber os lábios, ele percebe e sorri.

"Pode deixar que eu pego." ele diz e eu me afasto.

"Obrigada," digo pegando o vinho da mão dele, "Agora podemos ir. Digo indo em direção a porta para subir.

Nós dois subimos, eu nem me mexo direito, não sei o que fazer ou dizer depois dessa tensão toda, mas victor parece não se importar com o que acabou de acontecer.

"Otimo!" Meu pai diz pegando a garrafa da minha mão. Era deste que eu estava lhe falando Levi.

E novamente, estou sentada na frente de Victor, mas desta vez, ele não tira os olhos de mim, desta vez ele encara desde os meus olhos ate onde a mesa permite que no caso é o meu decote.

Uma hora depois eles já foram embora, mas já combinam para se encontrar mais uma vez daqui a algumas semanas.

E logo me lembro de Jay, e vejo que ele me mandou uma mensagem dizendo que ficou ocupado cuidando da sua irmã mais nova, e tudo aquilo que eu estava sentido que me fazia ficar com um frio na barriga
vai embora.

Não esqueçam da história do colar no closet 🤭
Essas desculpas do Jay, sei não🤐

𝙳𝚒𝚐𝚊 𝙼𝚎𝚞 𝙽𝚘𝚖𝚎┊ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᶜ̧ᵃᵒ ᵇᵃᵇⁱᶜᵗᵒʳ ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora