𝑶𝒄𝒆𝒂𝒏 𝑬𝒚𝒆𝒔 (Armin Arlert × Fem!Reader)

Capítulo 15 - Nossa História

Notas:

Sei lá... Só boa leitura kkkk

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And I was runnin' far away
Would I run off the world someday?
Nobody knows
Nobody knows, and
I was dancing in the rain
I felt alive and I can't complain
But now take me home
Take me home where I belong

~ Aurora - Runaway ~

Meu corpo parecia vivo novamente. Uma corrente de energia me percorria por completo, como se minha alma estivesse sendo recarregada. Senti meu peito sendo pressionado com força. Parecia algum exercício de reanimação. Depois, meus lábios eram calorosamente abraçados por outros, que assopravam ar em minha boca, fazendo meus pulmões queimarem, e então as pressões contra meu peito recomeçavam.

- Vamos... Vamos! S/N, acorde! - uma voz que não identifiquei me chamava enquanto esmagava meu peito. Parecia desesperado, como se implorasse para que eu acordasse.

Quando senti o calor de seus lábios envolverem os meus novamente, senti uma ânsia de vômito, e então um jato de água ácida subiu pelo meu esôfago e eu coloquei tudo para fora. Os lábios da pessoa ainda estavam nos meus nesse momento.

Recobrei a consciência na hora. Virei meu corpo contra o chão arenoso e vomitei mais água, tossindo com força em meio ao vômito, o que fez minha garganta latejar de dor. Meus olhos ardiam quando notei que o sol já havia se posto.

- Ah, por Deus, você está viva! - meu salvador falou novamente. Dessa vez, não precisei de muito para reconhecer sua voz.

Olhei para trás e vi Armin se virando para o mar com ódio. Ele não percebeu que eu acabei de vomitar em sua boca?

- Dessa vez você foi longe demais! Eu falei para deixá-la em paz, caramba! - ele gritou como se falasse com alguém.

Arregalei os olhos no mesmo instante, ainda dando leves tossidas. Meu cabelo, empapado de água salgada e areia, pendia em mechas embaraçadas e alguns fios se grudavam em meu corpo. Meu peito subia e descia freneticamente pela carência de ar, enquanto eu me encolhia contra a areia, levemente intimidada por Armin.

Eu ainda estava de biquíni, enquanto ele vestia uma camisa de botões azulada e uma bermuda cáqui de tecido leve. Porém, estava todo molhado e também sujo de areia.

Armin suspirou e então olhou para mim com receio. Ele parecia triste, arrependido, culpado ou com medo. Quando ele tentou se aproximar, eu me afastei como um ratinho assustado, empurrando areia em seus pés.

- Sai de perto de mim, não me encoste! - gritei histérica. Armin estendeu as mão para a frente pedindo que eu me tranquilizasse.

- S/N, por favor, fique calma! - ele disse me tirando ofegos desesperados. Depois de uns segundos, o permiti que se aproximasse.

Ele tocou meu rosto com delicadeza e afastou meus cabelos dali. Seu toque me causou arrepios, aquela conexão da qual tanto fugi. Naquele momento, me peguei questionando como havia aguentado ficar tanto tempo sem aquilo.