𝙿𝚛𝚒𝚜𝚘𝚗𝚎𝚛 - 𝙽𝚘𝚊𝚗𝚢

Chapter Seven

14 𝚍𝚎 𝙹𝚞𝚗𝚑𝚘 𝚍𝚎 2022. - 𝙲𝚊𝚗𝚌𝚞𝚗, 𝙼𝚎𝚡𝚒𝚌𝚘

𝙽𝚊𝚛𝚛𝚊𝚍𝚘𝚛𝚊

Any abria seus olhos, encarando o teto e soltou um suspiro fundo e levou a mão até a sua cabeça ao lembrar do acontecimento de mais cedo. Ela olhou para os lados e encontrou todos os seus amigos conversando em sussurros, o que a deixou mais curiosa. O que estão conversando? Pensou a morena, ela resmungou com a garganta e todos olharam para ela, com seus olhos arregalados e assustados. – Não sabiam o que poderia acontecer dentro de alguns segundos e meses.

– Meu deus, parem de olhar para mim deste jeito. – Resmungou, se levantando rapidamente o que resultou em mais uma tontura. Ela colocou a mão na parede, se segurando para não cair.

– Você está bem? – Perguntou Corbyn preocupado, caminhou até ela e a colocou novamente sentada na cama. – Quase morremos de susto, sua idiota. – Deu um pequeno empurrãozinho em seu ombro, fazendo a garota em sua frente sorrir.

– Estou bem. – Sorriu e em seguida olhou para os três que ainda a encaravam com um semblante preocupado. – Quem morreu? – Perguntou de bom humor, mas não arrancou nenhuma risada nem ao menos de Corbyn, o mais humorado do grupo. – Eu vou morrer, é isso?

Any se levantou e foi em direção da Savannah e puxou sua mão. – Por favor, me fala o que está acontecendo. Agora! – Exigiu já irritada com todo ar de suspense e preocupação.

– Se vocês não falam, eu falo. – Heyoon deu um passo para frente tomando toda atenção para ela. – Você está.... está... – Any fez um sinal com as mãos para que a coreana continuasse a falar. – Eu não consigo, fala você. – Empurrou Daniel. Any colocou as mãos na cintura e arqueou a sobrancelha, esperando o seu amigo falar algo.

– Que pressão. – Balançou as mãos e sorriu falso para Any. – Está um calor aqui. – Tentou mudar de assunto, mesmo assim o ar ainda continuava do mesmo jeito. – Eu não consigo, fala você. – Empurrou Savannah que o encarou com um olhar mortal.

Que amigos covardes eu tenho. Pensou a empresária e melhor amiga da mulher que estava grávida e nem sabia. – Sabe quando fazemos sexo? – Mexeu as mãos, tentando explicar sem continuar nada. – Então.. – Gaguejou, fazendo todos soltarem uma risada.

– É claro que sei. – Revirou os olhos. – Fui feita assim.

– Deus me livre, não consigo contar uma coisa tão séria. – Sussurrou Savannah. Corbyn analisava a cena com um sorriso em seu rosto, esperando eles contarem para começar a rir de tudo, mas só recebeu olhares.

– Eu conto. – Ele se levantou com postura de herói. – Any, você tem um ser humano de um mês na sua barriga. Ele foi gerado através de um sexo com algum dos homens que você fez e agora não sabemos quem é o pai. – Explicou apressado.

A garota estava quieta e com seus olhos arregalados. Heyoou correu até Corbyn e deu uma peteleca na cabeça do garoto que soltou um gemido. – Não era para ser desse jeito, seu idiota. – Deu outro tapa no ombro do garoto.

– Vocês demoraram demais para contar. – Resmungou. – Você tem mãos fortes. – Soltou um sorriso de lado e a encarou com os olhos brilhando.

– Eu... grávida? – Any perguntou olhando para todos os seus amigos que estavam quietos. – Isso só pode ser uma piada. Cadê as câmeras? – Procurou com os olhos e um sorriso no rosto. – Podem sair. Estou esperando. – Os amigos olhavam para a garota sem surpresa nenhuma, esperavam por uma reação dessa.

– Não estamos brincando. – Heyoon sussurrou e a morena a olhou com os olhos cheios de lágrimas. – Não tem o porquê de estarmos brincando com uma coisa dessa.

Any estava sem acreditar em nada. Ela estaria grávida e agora todos os seus planejamentos iriam por água abaixo. – Isso não pode ser verdade. – Ela caminhou até um sofá perto e se sentou, apoiou as mãos em sua perna e chorou.

Sav olhou para seus amigos e em seguida olhou para Any, que se aproximou devagar e se sentou ao lado de sua melhor amiga. Colocou sua mão nas costas da garota como forma de consolo e fez um carinho como forma de consolo. – Vai ficar tudo bem amiga, daremos um jeito para tudo. – Olhou para os amigos que estavam com lágrimas em seus olhos.

– Eu sou uma idiota mesmo. – Se xingou e em seguida começou a rir. – Fiz sexo e não usei camisinha, fiquei grávida e a chance de eu ter tido uma doença é grande.

Continuou a rir enquanto os seus amigos a olhavam surpresos. Era tão estranho o sentimento que ela sentia, o que poderia dar de errado? Pensou. Sua meta para dez anos depois era ser mãe ao estabilizar com uma carreira, só que a meta acabou de ser adiantada.

– Eu vou ser mãe. – Ela disse com os olhos brilhando. – Eu vou ser mãe e nem sei o nome do pai, isso é tão engraçado.

– Tão engraçado. – Heyoon foi irônica, sendo novamente a mãe do grupo. – Isso é errado. Temos que descobrir quem é o pai da criança, seus pais vão tem que saber.

– É claro. – Daniel disse de cara. – Ela vai contar e nesse jantar, aliás. – Olhou para Any que estava com as mãos entrelaçadas. – Quero ver sua irmã vermelha de inveja e comer de graça.

Savannah atacou uma almofada no rosto do seu querido amigo que soltou um grito ao sentir o quão pesado era. – Podia ter me matado. – Fez um pequeno drama, mas a loira apenas balançou os braços e começaram a rir, enquanto a morena continuava quieta.

– Tudo louco, por isso somos amigos. – Cantarolou Corbyn vendo a cena. Todos pararam e o olharam sem entender nada.

[...] Já era de madrugada quando a morena se mexia na cama e não conseguia dormir, fechava seus olhos, mas falhava quando vinha a ideia de estar carregando um bebê em sua barriga. Ela se levantou e foi até o espelho do seu banheiro, levantou a blusa e percebeu uma pequena elevação em sua barriga. Passou sua mão delicadamente em sua barriga e sorriu, sentiu um sentimento enorme crescer dentro de si mesmo.

Felicidade, amor ou realizada? Ela não sabia nem se quer explicar o sentimento e nem sabia como explicaria para seus pais que seria mãe e o pai ela nem sabia quem era. Um completo desconhecido.

Tudo era uma loucura e só poderia aumentar dali em diante.