Chapter One

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16 𝚍𝚎 𝙼𝚊𝚒𝚘 𝚍𝚎 2022 - 𝚅𝚊𝚗𝚌𝚘𝚞𝚟𝚎𝚛, 𝙲𝚊𝚗𝚊𝚍𝚊́

Aɴʏ Gᴀʙʀɪᴇʟʟʏ Sᴏᴀʀᴇs

Ser a irmã mais velha nos carrega uma responsabilidade grande, começando pela parte de ser um exemplo para ela, mas quando você não é nenhum pouco responsável te faz ser o desgosto da família então prazer, eu sou exatamente assim. Eu tenho uma irmã, mas ela é adotiva, eu a amo, mas ela é a filha que meus pais nunca tiveram então eu prefiro ficar afastada de todos. – Moro sozinha, no centro de Vancouver. É um pé no saco morar sozinha, mas tem seus lados bons, começando pela paz que eu nunca tive enquanto morava com a minha família. Sou uma modelo famosa desde os meus dezoito anos, então tudo que tenho sempre veio do meu bolso.

Vocês querem ir para uma balada? – Pergunto para minhas amigas através de uma videochamada. Ergo as pulseiras e mostro para as garotas, que sorriram para mim.

É aquela que queríamos ir? – Heyoon perguntou antes de soltar um gritinho. – Estou me arrumando agora! – Revirei os meus olhos quando Heyoon desligou na minha cara.

Sempre tão ansiosa. – Savannah balança a cabeça afirmando. – O que foi?

Sua mãe ligou para mim. – Estremeci e me ajeitei no sofá. – Perguntou se você irá para a reunião de família daqui um mês.

Já estou lá. – Ironizo enquanto Savannah me encarava séria. – Tenho que vê a minha agenda antes, minha agente estava ocupada a semana inteira.

Eu sou sua agente idiota. – Começo a rir. – Sua agenda está desocupada para qualquer coisa que envolva sua família.

Eu te odeio. – Resmungo. – Vou pensar se irei. Se arrume que passarei daqui três horas para irmos a balada.

Desligo o telefone e fico olhado para o meu celular, mas cedo havia recebido uma notificação da minha irmã me chamando para a reunião que Savannah me contou. – Querida Any, haverá uma reunião de família onde eu contarei uma grande notícia, espero que você vá para me apoiar. – É claro que eu não vou. – Digo e jogo o meu celular no sofá, caminho para o andar de cima do apartamento e vou em direção ao meu closet. Eu precisava escolher a roupa que ousasse chamar atenção de todos para que pudesse me divertir e me aproveitar.

Um vestido vermelho significaria ousadia total, mas talvez eu não quisesse passar somente esse sentimento. – Olhei para o vestido branco, curto e ciganinha no braço. Seria aquele que usaria na noite de hoje. Retirei ele do guarda-roupa e coloquei sobre a cama, esticado. Fui novamente até o closet, mas na parte de sapatos e procurei por um salto alto e bege, sorri ao vê-lo bem na minha frente, eu amava esse salto, voltei para o meu quarto com o salto em minha mão e o coloquei sobre o chão. – Eu ficaria o verdadeiro significado de perfeição.

Fui até o meu banheiro e comecei a encher a banheira, colocando alguns sabores de sabonete na água. Volto para o meu quarto e ligo a televisão colocando uma música calma e tranquila, volto para o banheiro e começo a tirar toda minha roupa. – Fecho a torneira e entro na banheira. Ao me sentar na banheira, relaxo todo o meu corpo e sorrio ao sentir uma paz sobre mim.

Quando minha família adotou Franciny, foi porque não conseguiam mais ter uma outra filha e eles falavam o quanto eu era inútil e diferente, um mês depois conseguiram adotar a Franciny que foi a filha que eles sempre quiseram. A diferença de idade era de um ano, eu tinha apenas seis anos quando ela chegou. No começo era tudo incrível, eu amava a minha irmã, considerava ela como minha bonequinha, mas quando crescemos Franciny se tornou uma pessoa que eu nunca poderia imaginar. – Ela dizia que eu não era a sua irmã por causa da cor da minha pele, eu era conhecida como a filha da empregada, mas eu sou igual a eles, tenho o mesmo sangue e agora estou formada e realizada, sem precisar de nenhum dinheiro dos meus pais.

Me levantei da banheira e estiquei o meu braço para pegar o roupão, me sequei e voltei para o meu quarto. A música que tocava era calma e linda, eu teria um belo gosto de músicas diferenciais, uma verdadeira bagunça, ninguém ousaria querer ficar ao meu lado pelas caixinhas de surpresas que tenho e ficar só é o que eu quero. – Peguei o creme que estava na mesinha de canto e passei sobre o meu corpo, o seu cheiro era de morango, fui até o meu closet e peguei um conjunto branco. Coloquei o vestido sobre o meu corpo e dei um belo sorriso ao notar quão gostosa eu tinha ficado, um verdadeiro significado de gostosa. Peguei a escova e comecei a arrumar o meu cabelo cacheado, que aliás, minha mãe odiava o meu cabelo natural. – Os cachos foram ficando cada vez mais definidos e eu pouco ligava para o que minha mãe queria. – A maquiagem era algo simples, com um delineador de gatinho e uma sombra esfumada, o alongamento de cílios tinha servido para alguma coisa, o que me deixavam com um olhar mais sexy.

Por fim, calcei o meu salto e fiquei em pé, me olhando fixamente sobre o espelho. – Peguei uma bolsinha da cor do meu salto, e coloquei tudo que precisava nela. Carteira, as pulseiras vips, um batom vermelho e um perfume. – Desci as escadas e peguei o meu celular que tinha ficado na sala, sobre o sofá. Havia tantas ligações das meninas e algumas mensagens falando sobre eu estar atrasada, faltava apenas cinco minutos para o horário certo.

"Meninas, eu perdi a noção no banho. Estou passando no apartamento de vocês, espero que vocês estejam prontas" – Envio um áudio para elas e rapidamente saio do meu apartamento. Aperto o botão do elevador para o decimo segundo andar, onde Savannah morava. – Os apartamentos eram um por andar, e todas morávamos no mesmo prédio, o que é engraçado. – Entro no elevador e dois minutos depois, a porta se abre me dando a visão de Savannah vestida com uma calça de couro preta, com um cropped vermelho e uma bota preta.

– Deu até um calor aqui. – Me abano e escuto sua risada. – Você está maravilhosa. – Beijo a sua bochecha.

– Não sei por que me surpreendo com a sua beleza, cara amiga. – Brinca se abanando. – Cada vez mais perfeita.

– Claro. – Sorrio. – Aperta o botão para o decimo primeiro.

– Você está na porta. – Resmunga. Reviro os olhos e aperto o botão. – Heyoon deve estar com raiva.

– Acho que sim. – Segundos depois a porta se abriu mostrando Heyoon com uma expressão irritada. – Você estava totalmente certa. Ainda bem que não apostamos.

– Eu odeio vocês duas. – Briga Heyoon enquanto entrava no elevador. – Demoraram, não vamos pegar ninguém e vamos pegar fila.

– Sou uma amiga incrível. – Retiro as pulseiras vips e entro para elas. – Não pegaremos fila, então fiquem felizes.

– Como eu te amo. – Heyoon me abraça e começo a rir. – Aliás, você está gostosa em.

– Eu sei. – Dou uma rodadinha. – Se não voltarmos com homens nesta noite, estamos péssimas! – Resmungo e elas concordam. 

𝙿𝚛𝚒𝚜𝚘𝚗𝚎𝚛 - 𝙽𝚘𝚊𝚗𝚢 Onde histórias criam vida. Descubra agora