Capítulo 17 - Uma chance

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Mandy

5 anos depois...

- Feliz aniversário! - Natasha disse assim que me viu na cozinha e jogou confetes coloridos em cima de mim.

- Obrigada mas sabe que não precisava - eu disse a ela e balancei meu cabelo triando um pouco do confete do meu cabelo.

- Eu sei mas eu gosto de te ver feliz - ela disse sorrindo e eu fiz o mesmo - Steve foi para o grupo de apoio?.

- Foi sim. Ele me chamou pra ir dessa vez mas... eu não quis - eu disse.

- Como você nunca quis nas outras vezes que ele perguntou - ela riu pegando pão e pasta de amendoim.

- Exatamente.

Passei meu braço pelos seus ombros e seguimos para a sala de reuniões nos sentando na mesa.

- Invadimos aquela nave de guerra altamente suspeita que a Danvers indicou - Rockey disse enquanto Natasha cortava um sanduíche de pasta de amendoim e me passou a outra metade.

- Era um transporte de lixo infeccioso - Nebulosa disse.

- Então valeu pela dica - Rocket disse e eu ri.

- Ah vocês tavam do lado - Carol disse.

- E agora estamos fedendo a lixo - resmungou e Nat se levantou.

- Fizeram a leitura desses tremores? - Nat perguntou.

- Foi uma subdição suave sobre as placas africanas - Okoye disse.

- Tem recursos visuais e como lidar com isso? - Nat perguntou.

- Nat, se lida com isso não lidando com isso - Okoye disse - Aconteceu sobre o oceano.

- Carol, vamos ver você aqui em breve? - perguntei me aproximando de Nat.

- Eu acho que não - respondeu.

- Vai mudar o corte de cabelo de novo? - Rocket perguntou.

- Escuta cara peluda - se virou pra ele - Eu tô cobrindo muito território. As coisas que estão se passando na terra se passam em todos os planetas, em milhares de planetas.

- Faz sentido, faz todo sentido - Rocket disse.

- Então podem não me ver por um tempo - Carol disse.

- Tá legal - Nat disse - É, bom... esse canal está sempre ativo então se algo der errado, se aparecer problema onde não devia. Falem com a gente.

- Boa sorte - Carol disse a Rhodes antes de desligar.

- Onde você tá? - eu perguntei vendo Nat se sentar.

- México - respondeu - Os federais acharam um quarto com corpos, parece que um bando de caras do cartel não teve nem a chance se sacar as armas.

- Acho que pode ter sido uma gangue rival, né? - Nat perguntou.

- Só que não foi - Rhodes disse - Sem dúvida é o Barton. O que ele fez aqui, o que ele tem feito nos últimos anos. Eu vi a cena que ela deixou - me sentei ao lado de Natasha - Honestamente tem uma parte em mim que não quer encontrá-lo.

- Consegue descobrir onde ele vai estar? - perguntei e Nat o encarou mordendo seu sanduíche.

- Mandy...

- Por favor - Nat pediu.

- - foi tudo que ele disse antes de desligar.

Nat largou o prato com o sanduíche na mesa e levou as mãos ao rosto e eu a abracei pelos ombros. Natasha mais que qualquer um se esforçava todos os dias pra arrumar uma forma de ajudar a todos.

- Eu ia me oferecer pra fazer o jantar - escutei a voz de Steve - Mas vocês iam ficar mais tristes ainda.

- Veio usar a lavanderia? - eu perguntei.

- E ver como vocês estão  - ele disse.

- Acredite, nós estamos bem - Nat disse antes que eu pudesse responder e eu assenti mesmo sendo mentira.

- Eu vi um grupo de baleias quando tava atravessando a ponte - Steve disse.

- No Hudson? - Nat perguntou.

- É. Tem menos barco, a água tá limpa - ele disse.

- Olha se você vai dizer pra mim olhar pro outro lado eu vou te acertar com sanduíche de manteiga de amendoim - Nat disse e eu ri.

- Eu sei - se aproximou de nós - Força do hábito - e se sentou a nossa frente e lhe ofereci um sanduíche inteiro de manteiga de amendoim - Eu fico dizendo para as pessoas que elas tem que superar, crescer. Umas conseguem, mas nós não.

- Se eu superar quem vai fazer isso? - Nat perguntou.

- Talvez isso não seja preciso - eu disse.

- Eu não tinha nada - Nat disse - Aí arrumei isso. Esse trabalho, essa família e eu fiquei melhor por causa dela. E ainda que não... estejam aqui continuo tentado melhorar.

- Eu acho que precisamos ter uma vida - Steve disse.

- Vão na frente - ela disse olhando para Steve e olhou pra mim.

Uma notificação apareceu na frente de Natasha e ela arrasou pro lado e uma gravação apareceu.

- Ah, oi - era Scott - Tem alguém em casa? Aqui é o Scott Lang, a gente se conheceu a alguns anos no aeroporto na Alemanha. Eu era o cara que ficava grande, eu tinha uma máscara vocês não iriam me reconhecer.

- É antiga essa mensagem? - Steve perguntou e Nat e eu nos levantamos.

- É o interfone da entrada - Nat disse e abriu o portão para Scott.

Ele entrou e ficou andando de um lado para o outro enquanto sussurrava alguma coisa.

- Scott - o chamei.

- Você tá legal? - Steve perguntou.

- Tô - respondeu parando de andar - Algum de vocês já estudou física quântica?.

- Só pra puxar conversa - Nat disse.

- Tá legal então - respirou fundo - 5 anos atrás acho que um pouco antes do Thanos, eu tava preso no reino quântico e o reino quântico é um universo microscópico. Pra chegar lá você tem que ficar incrivelmente pequeno, a Hope ela é minha... ela era minha, ela devia ter me puxado de lá e o Thanos apareceu e eu não consegui sair.

- Que chato devem ter sido 5 longos anos - eu disse.

- Aí é que tá, não foram - ele disse - Pra mim foram só 5 horas. As regras do reino quântico são diferentes da daqui tudo é imprevisível. Posso comer esse sanduíche? Mo fome - eu peguei o prato e entreguei a ele.

- Scott - Steve o chamou - Do que você tá falando?.

- Bom. O que eu tô dizendo aqui é que o tempo funciona diferente no reino quântico - ele disse - O único problema é que agora não tem um jeito de navegar nele, mas e se tiver? Eu não consigo parar de pensar nisso e se pudermos de algum jeito controlar o caos e navegar nele - andou pela sala - E se tiver um jeito de entrar no reino quântico num certo ponto no tempo e sair do reino quântico num outro ponto de tempo, tipo antes do Thanos.

- Pera aí - Steve disse - Uma máquina do tempo, é isso?.

- Não, é claro que não - ele disse e eu o encarei - Não uma máquina do tempo tá mais pra... é, uma máquina do tempo. Eu sei que é loucura. Tem que haver um jeito, é loucura.

- Scott a gente recebe e-mails de um guaxinim - eu disse.

- Então, nada parece loucura pra nós - Nat disse.

- Será que vai dar certo? - perguntei me aproximando de Steve.

- É uma opção - ele disse e eu suspirei.

- Tomara que de certo - eu disse e me voltei a Scott de novo.

- Com quem a gente fala sobre isso? - perguntou e eu dei de ombros sabendo com quem falaríamos.

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