Twist & Shout • Destiel

Capítulo 1 - IV

Ele tirou as chaves do bolso e enfiou a certa na fechadura, lutando com ela por um momento, tendo que forçá-la a abrir quando as dobradiças se recusaram a ceder; estalou quando ele a abriu e ele a trancou atrás de si assim que cruzou a soleira. O ar frio beliscou sua pele e ele estremeceu ligeiramente, movendo-se imediatamente para o termostato no curto corredor, batendo nele.

Não estava funcionando, como de costume.

Cas suspirou e se moveu ao redor de seu pequeno apartamento, acendendo as luzes e endireitando as coisas antes de ir para a cozinha para vasculhar os armários. Ele puxou uma caneca e um saco de chá, colocando uma panela de água no fogão para ferver depois de lutar para acender um fósforo com os dedos frios. O calor do fogo foi suficiente para mantê-lo no lugar em frente ao fogão, resmungando consigo mesmo sobre falar com o proprietário para consertar o termostato, porque ele não iria passar mais uma noite tendo que se enrolar em cobertores só para poder dormir confortavelmente. Ele ansiava pelo bálsamo do verão.

Assim que a água começou a ferver, ele desligou o fogo e cuidadosamente - com muito, muito cuidado - despejou a água em sua caneca, colocando a panela na pia quando estava vazia. Algum dia ele compraria uma chaleira, mas nunca tinha tempo para fazer muito chá ultimamente por ter que estudar para as provas finais, ou dinheiro para gastar em algo como uma chaleira. Mas agora ele está cansado, e talvez ele possa economizar para conseguir um usado. Ele fez seu caminho para a sala de estar, colocando sua caneca na mesa de centro, e foi até o toca-discos na parede oposta. Esfregando o lábio, ele folheou sua coleção de vinis até encontrar o que estava procurando.

Ele sorriu para o disco e o configurou, colocando delicadamente a agulha nele antes de se virar e caminhar até o sofá, pegando sua caneca da mesa de centro ao longo do caminho. Ele agarrou o cobertor do encosto do sofá enquanto se sentava nele, puxando-o ao redor de si enquanto se acomodava. Os sons suaves da voz de Elvis encheram a sala, e Cas cantarolou baixinho enquanto puxava o cordão do saquinho de chá em sua caneca, movendo-o ao redor antes de soprar no líquido quente, tomando um pequeno gole para testar a temperatura.

Não demorou muito para que ele terminasse o chá, seu corpo quente e contente enquanto ele colocava de volta na mesa de centro e se acomodava no sofá, fechando os olhos e curtindo a música que tocava por toda a sala. Seus pensamentos vagaram, entretanto. Por um momento ele jurou que podia sentir mãos sobre ele e estremeceu ligeiramente, abrindo os olhos, mas logo se acalmou. Sua mente vagou para os eventos anteriores da noite, encontrando com Dean, Dean levando-o para a lanchonete e tudo mais depois. As mãos de Dean em seu corpo, seus lábios nos seus, e era emocionante na hora; tinha seu pulso acelerado, sua respiração acelerada, e ele queria de novo.

Ele acordou na manhã seguinte com o rosto pressionado na almofada do sofá, o pescoço rígido e dolorido por dormir em uma mesma posição por muito tempo. Ele gemeu e esfregou o rosto com as costas da mão, esticando as pernas no sofá e estremecendo quando suas juntas protestaram. Ouviu um zumbido suave vindo dos alto-falantes do toca-discos, o disco girando e a agulha de volta à posição de descanso.

Com outro gemido, ele se levantou do sofá e se enrolou no cobertor, a madeira dura do chão frio contra seus pés.

Ele foi até o toca-discos para desligá-lo; com um toque de um botão, ele foi silenciado. Ele coçou distraidamente a barriga, bocejando enquanto caminhava para a cozinha, passando pelo termostato no caminho para dar algumas batidas; nada aconteceu.

Ele abriu a geladeira, mas depois congelou, lembrando-se dos acontecimentos da noite anterior. Estava um pouco confuso no início, sua mente estava lenta de sono, mas as imagens vieram à tona. O restaurante, uma motocicleta e Dean Winchester; As mãos e a boca de Dean Winchester, a meia-lua de seu sorriso no escuro, o brilho de seus olhos pela ponta do cigarro. Cas pressionou os dedos nos lábios, e ele podia sentir o calor subindo por seu pescoço com o pensamento de Dean o beijando. Ele não tinha beijado ninguém desde o colégio, e o primeiro cara que beijou desde então foi alguém que ele mal conhecia.