Capítulo XII: A fofoca

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Ninguém sabia do namoro de Luna e Luís. Nem mesmo eles sabiam disso. Luana espalhou para a escola toda que eles estão namorando. E a fofoca chegou até Millie.

Millie, vermelha de raiva, vai falar com Luna:

-Então quer dizer que você e Luís estão namorando, né? Bom saber que tipo de amiga eu tenho.

-Do que você está falando?

-Luana viu vocês num encontro se beijando ontem, sua imunda, esquisita.

-De onde ela tirou isso? E você, por que você tá me tratando assim? Por acaso você gosta do Luís?

-A gente... a gente...

-Vocês...

-A gente estava ficando... Eu estou gostando dele, e ele estava gostando de mim.

-Uau, que ótimo. Mas saiba que eu não estive beijando ninguém ontem não. Muito pelo contrário.

-Então explica o que todo mundo tá dizendo...

-Primeiramente você se acalme e me peça perdão pelos insultos gratuitos.

-Perdão Luna, fiquei muito nervosa, não me controlei.

-Segundamente, eu estava ajudando Luís a ir para casa porque ele estava muito fraco, ele teve que me carregar no colo até o topo de uma árvore, e isso não foi fácil. Ele acabou ficando sem energias.

-Que história é essa de te carregar até o topo de uma árvore?

-Agora não é hora e nem lugar pra gente estar falando disso. Deixa a aula acabar que eu te explico tudo.

Após a aula acabar e os alunos serem dispensados, Luna explica tudo para Mille. Fala sobre o Ipê, sobre os portais, sobre Luís correr risco de vida, etc. Após todo mal entendido se resolver, Luna vai falar com Luana:

-Posso saber por que você anda espalhando sobre minha vida pra escola?

-Vejo aqui que você ficou bem irritada com isso...

-Vejo aqui que você ficou com bastante inveja do meu namoro...

-Olha aqui, sua...

-Olha aqui você – Luna interrompe – você não tem direito nenhum de ficar falando da minha vida pra outras pessoas. Se sua vida é chata demais pra você cuidar dela, compre um gato que você vai cuidar de todas as 7 vidas dele. Enquanto isso, trate de arrumar um macho pra cuidar da sua e esquecer a minha vida. Muito obrigada.

Luna metendo o louco. Gostei.

-Tinha que ser negra mesmo.

Eita! É racista.

-O que você tem contra negros, Luana? Disse prof. Jimin, que escutou o comentário dela.

-P-professor Jimin...

-Professor Maurício, não tem nada de Jimin aqui. E o que você tem a dizer sobre esse seu comentário extremamente racista?

-É que...

-Me siga. Luna, venha também. Vocês duas, amiguinhas de Luana, venham. Marbella, você também.

(Nossa, ele pronunciou o nome dela direitinho)

Jimin, quer dizer, Maurício leva todas elas para a diretoria e conta para a diretora o que aconteceu.

-Luana, isso é inaceitável. Vamos ter que te dar uma suspensão como punição. E se isso continuar ocorrendo, vamos te expulsar da escola.

-Não, diretora, por favor! Eu não posso ser expulsa, eu iria decepcionar minha família. E uma suspensão é demais, só mesmo uma advertência é o suficiente.

-Pensasse nisso antes. Agora, vou ligar para o seu pai e contar o que houve.

-Senhora, ligue para a mãe dela. É melhor. Diz Maurício, sabendo que o pai defenderia a filha.

-Bem pensado. Enquanto isso, Luana, peça perdão a Luna.

-Nunca!

-Ande, peça perdão senão eu aumento sua punição.

-perdão. Ela falou tão baixo, nem deu pra ouvir

-Ande, peça um perdão mais aceitável.

-Perdão, Luna.

-Melhorou. Agora, as outras três, o que têm a ver, senhor Maurício.

-Trouxe elas para dar o testemunho, mas creio que não seja mais preciso. Estão liberadas.

-Ótimo. Vou pedir a secretária que agende uma reunião com os responsáveis por Luna e Luana, para que a gente possa conversar. Estão as duas dispensadas.

Depois dessa, quero ver a Rapunzel de Chernobyl ser racista com Luna de novo. Se bem que eu não duvido nada.

Luna | Literatura FantásticaOnde histórias criam vida. Descubra agora