Capítulo XVII: Ivy, filha de Luna

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Ruby leva Luna para a beira do rio onde ela havia visto alguém a observando. Lá, Ruby pega da água uma pedra. A pedra era diferente. Era algo mais mágico. Ela pede para Luna um pouco de seu cabelo, Luna arranca um fio e dá para Ruby. Ela enrola esse fio na pedra e dá para Luna.

-Tire sua roupa.

Luna, como eu já havia dito no início, é bastante reservada, além de ter uma baixa autoestima.

-Preciso mesmo?

-Preciso, a roupa atrapalha na criação. No máximo, use as roupas de baixo.

Luna, morrendo de vergonha – apesar de ter um corpão – ficou apenas com as roupas íntimas na frente de Ruby.(Detalhe: Ruby olhou para Luna com uma cara de "pegava", acho que não sou só eu que acho que Luna tem um corpão).

-Entre no rio, cuidado pra não irritar Caroline.

-Quem?

-Depois eu te apresento ela.

Após Luna entrar no rio, uma porção da água se ergueu. Logo, essa água se organizou no formato de uma pessoa e se transfigurou na garota que, antes, estava a observar Luna.

-Oi. Diz a garota bastante tímida.

-Oi. Responde Luna.

-Oi, Caroline. Diz Ruby.

-Então ela que é a Caroline.

-Sou eu mesma. E o que você está fazendo no meu rio?

-Estou tentando criar um mutatis não binário.

-Não! Da última vez que fizeram isso no meu rio me deu uma dor de cabeça tremenda, eles bagunçaram tudo e sobrou pra eu arrumar a bagunça deles.

-Por favor, Carol. Precisamos desse mutatis.

-Não quero saber. E saiam daqui antes que eu transforme as duas em água.
Luna, então, saiu da água e Ruby ficou perplexa. "Por que Caroline não quis deixar a gente entrar na água?"

Caroline, então, surge de novo e diz:

-Ei, você aí. Luna, não é? Tenho uma proposta pra você. Eu deixo você fazer seu mutatis se você me der algo que eu nunca experimentei antes na vida.

Luna, muito sabia, pede para Ruby a carregar até o Ipê voando. Chegando lá, Luna diz à leucofíla:

-Camilly, eu tenho um desejo a fazer.

Camilly se transforma em pessoa novamente e diz:

-Apenas quem me plantou tem o direito de fazer o pedido.

- E quem ajudou a plantar, tem?

-Isso faz sentido, então, faça seu pedido.

-Eu desejo uma pizza grande meia calabresa e meia quatro queijo. Tem que ser uma pizza bem recheada, a borda com queijo Cheddar e bem quentinha, como se tivesse acabado de sair do forno. Quero ela na caixa, pra facilitar na hora de levar ela.

-Que assim seja.

Camilly se transforma novamente na planta e, da planta, sai uma pizza exatamente como Luna descreveu. Ela pega a pizza e a planta desaparece, restando apenas 2 sementes no chão.

Luna pega as sementes e as guarda para caso precise futuramente.

Ruby a leva novamente para o local e Luna dá a Pizza a Caroline.

Caroline prova dessa pizza e se apaixona perdidamente.

-MAS O QUE É ISSO?! COMO EU VIVI 14000 ANOS SEM ISSO?!

-Você tem 14000 anos de idade?

-Claro, eu sou uma oculiáqua, esperava o quê?

Oculiáquas são seres que vivem em rios. Elas nascem com o surgimento de um rio. Ou seja, é um mistério ainda saber como uma oculiáqua nasce. Elas têm o poder de se transformar em água e também transformar outras coisas. Quanto maior a coisa, mais energia gasta, ou seja, elas ficam mais fracas. Elas têm o poder também de transformar água em objetos. Inclusive, o que ela transformou em água, ela pode transformar no mesmo ser/objeto.

Após Caroline comer a pizza, ela deixa Luna fazer o mutatis dela.
Luna novamente tira sua roupa e entra na água.

-Luna, vira de frente para mim.

-Não, quero ficar de costas.

-Mas eu preciso te orientar. Só falando não adianta, você tem que me ver gesticulando.

Luna, então, se vira para Ruby. Ruby olha diretamente para os seios de Luna (Essa safada).

-PARA! Gritou Luna.

-Desculpa!

-Anda logo, diz aí o que eu tenho que fazer.

Ruby deu as instruções, e Luna fez tudo direitinho. No final, Ruby diz para Luna:

-Agora, grite com força: Natus!

-NATUS!

Logo após Luna citar o feitiço, uma explosão de luz acontece. Nasce, então, Ivy, filha de Luna.

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