Corte de Mundos e Universos.

Prólogo

A cada mil anos o cosmos passa por um processo chamado convergência.

Desde a existência de tudo que há, a convergência só foi notada três vezes, mas em nenhuma delas as peças necessárias estavam dispostas para que o destino pudesse operar à sua vontade.

A convergência, isto é, é mais do que um alinhamento planetário, de estrelas ou galáxias, este, é um evento promovido pela própria natureza, que na busca por se reconectar com sua criação — mesmo que não seja mais possível tornar ao seu estado original e unificado, tenta  se reconectar através deste acontecimento cósmico. A cada milênio, desde que tudo foi feito, a natureza vive em função desse propósito, desse momento, no qual os mundos, ou melhor dizendo, dimensões — uma sobrepostas sob as outras — entram todas em conversão.

Para que a natureza siga seu curso normal, ela necessita passar por este processo de religação. As barreiras que dividem os mundos sobrepostos uns sob os outros, que separam as dimensões uma das outras — dimensões estas que contém mais mundos — ficam frágeis, quase inexistentes, propícias a viagens interplanetárias, intergalácticas e até interdimensionais.

Desde a existência, a convergência só foi notada três vezes, mas só na terceira vez a providência  encontrou a parte que estava em falta. Diferente das duas anteriores, onde aqueles que notaram, não fizeram nada a respeito.

Há 10.000 Mil Anos atrás o destino finalmente avistou a primeira peça que tornaria o seu jogo funcional. Um ser feito de fogo e luz, com olhos forrados de prata, uma mensageira guerreira. Ela havia sido abençoada com uma nova vida, um novo lar, que se adequasse aos seus anseios, como amar, sentir, chorar, comer, fruir, dormir... A ela foi dada a oportunidade de sentir. Ainda assim, enquanto a natureza seguia o seu curso e religava-se, o destino permanecia insatisfeito! A mensageira de olhos prateados não sabia o que era convergência, não a sentiu, apenas recebeu aquela abertura no céu como um presente, e que presente! De um Rei para um dos seus servos.

Todavia, ela ainda era a primeira peça a surgir, e assim dar início ao jogo.

Nos atuais dias, a convergência mais uma vez se aproxima, na sua busca por se reconectar, a natureza novamente deixará as barreiras que separam as realidades fracas. Durante um período de seis meses brechas espaço-temporais estarão se abrindo e fechando, de todos os tamanhos, capazes de transportar exércitos ou apenas uma pessoa, de poderes e tamanhos diferentes. O destino finalmente achou as peças necessárias para jogar, afinal, se forças como a natureza tem seus propósitos, por quê o destino não teria? Jogadores a postos, vilões, neutros, heróis, anti-heróis... pouco importa. O esquema está em curso. Tudo está pronto para começar.

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07/05/2021 - 02:15

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