Corte de Mundos e Universos.

Capitulo 3 - Anunciação

Azriel tinha a mesma função há quase quatro séculos. Desde que o pai de Rhys o nomeou como Mestre-Espião da Corte Noturna, Az prestava seus serviços para a corte de seu irmão.

É claro que, após Rhysand assumir o comando, mesmo que de forma trágica, Azriel percebeu que finalmente suas habilidades seriam usadas para o bem, era para uma boa causa, e isso bastava para Az.

O Mestre-Espião voava em direção à mansão ribeirinha da Família.

Mais uma vez ele iria desempenhar seu papel de espião, e reportar aos seus Grãos Senhores suas últimas descobertas. Infelizmente, Gwyneth teria de esperar novamente. E o que Az temia, era que se cansasse de esperar por ele um dia.

— Que a mãe permita que isso se resolva sem grandes repercussões — Suplicou Az.

A cidade da Luz Estelar já era visível daquele ponto. A cadeia de montanhas à beira mar expunha uma enorme garganta para quem tivesse uma visão panorâmica da cidade, era de tirar o fôlego, mesmo que não fosse a primeira vez de Az tendo aquela visão, ele nunca se cansaria de admirar seu lar.

Az inclinou suas asas em direção ao Sidra, a mansão ribeirinha da família ficava no final do Sidra, um lindo palacete de quatro andares projetado por Feyre. Aquilo tinha sido o presente de Rhysand para a sua Grã-Senhora, dado logo após o fim da Guerra contra Hybern. A iminência das notícias que Azriel carregava fazia parecer que aqueles problemas anteriores, tinham sido há cinco meses e não há quase duas décadas.

O mestre espião aterrissou no lindo jardim da propriedade, ele poderia ter atravessado diretamente na casa, graças a magia de sangue e um feitiço elaborado por Amren e Rhys, esse tipo de ação era permitida, mas ele preferiu fazer tudo à moda antiga. Entrou na casa, subiu as escadas e foi na direção do escritório. Seus amigos o estavam esperando lá, exceto, talvez por Cassian, que deveria estar no Refúgio do Vento junto de Nestha. Seu irmão seria um dos últimos a saber das novidades. Se é que tais notícias poderiam ser vistas assim, o que as sombras lhe disseram estavam mais para um presságio do que uma "novidade". Que a Mãe os salvasse.

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Feyre se antecipou a entrada de Azriel e abriu a porta antes que ele batesse, o tempo urgia contra tais cerimônias.

— Entre Az, não temos muito tempo a perder hoje, não com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo.

— Vocês souberam de algo antes da minha chegada? — Azriel era muito meticuloso com seu trabalho, antecipar tais notícias a seus grãos senhores era uma de suas principais funções, ele não poderia ser displicente.

— Não há com o que se preocupar Az — Respondeu Rhys saindo da varanda do escritório — O que sabemos não deve se comparar com a importância do o quê lhe trouxe para nós essa manhã.

— Rhysand, apressem-se com isso, espero não ter sido importunada a está hora do dia apenas por um de seus caprichos ou para ouvir as inseguranças do Mestre Espião a respeito de seu trabalho — sentenciou Amren ríspida de sua poltrona, ela estava tão silenciosa que Az quase não a viu, quase.

— Deixe-me lembrá-la Amren, que apesar de todo o respeito que temos dado a você, não apreciamos mais sua antipatia, talvez meu parceiro possa estar inclinado a ceder aos seus caprichos, mas eu não estou.

Rhysand ficou tenso, mas não disse nada, não iria atrapalhar a dinâmica entre sua família, se aquela era forma pela qual as duas iriam seguir, que assim fosse, mas ele esperava que nenhuma inimizade aflorasse disso. Ele sempre soube que com o tempo, Feyre iria se mostrar cada vez menos contente com certos comportamentos de sua Imediata, aquela não era a primeira vez que ela era repreendida por sua Grã Senhora, mas com certeza foi a primeira em foi desafiada por ela de forma tão enfática. Mas Rhys sabia que Amren iria gostar daquilo, e como se ela estivesse lendo sua mente, Amren respondeu com um sorriso felino no rosto: