Família

1.4K 131 29
                                    

Finalmente saiu!

Gente até hoje meus poucos contos publicados foram voltados para a militância sutil, então é um desafio pra mim escrever uma história que sei que terá muito ação com direito a tiro, porrada e bomba. Longe de mim reclamar, eu tô amando! Mas eu peço um pouquinho de paciência com a minha pessoa. Eu posto devagarinho, masbeu NUNCA vou abandonar Zero.

Chega de enrolação. Tenham uma boa leitura e não esquece de voltar e comentar o que estão achando. ;)

Ayla estava certa: o carro explodiu poucos. minutos depois. Ela teve tempo de largar as armas por lá e pegar os celulares, o notebook e uma pasta de arquivo, que estava ao alcance das mãos das passageiras – tudo com a ajuda de Zero, que quebrou o vidro da janela. O caminho para seu pequeno loft foi turbulento, e precisou queimar algumas câmeras de segurança e compelir um taxista. Ela estava exausta.

Alguns limites do vampirismo ainda se aplicavam a Zero. Além da verbena se mostrar tóxica, ela não podia entrar em uma residência privada sem um convite. Já o Sol não era um problema, como se descobriu quando o dia amanheceu. Ayla imaginou se o acônito seria venenoso. A híbrida se lavou e vestiu as roupas de Ayla (ficaram um pouco apertadas, mas ela gostou bem mais do que suas roupas compridas habituais) e deixou a bruxa desembaraçar seu cabelo lavado, que se mostrou um bonito castanho claro. Elas não calçavam o mesmo número, mas a bruxa conseguiu ajustar um par de tênis nos pés dela.

– É quente – Zero resmungou, emburrada com o calçado. 

Ayla franziu o cenho: – O calor incomoda você?

Zero pareceu pensar um minuto enquanto movia os pés, como se testasse. Por fim ela negou com a cabeça – embora ainda mexesse os pés inquieta enquanto olhava em volta.

– Bom, essas coisas se provaram inúteis. Parece que foram queimadas – Ayla mostrou os celulares e o notebook largados sobre a mesa de centro. – Seja lá quem for que te deixou fugir, a pessoa não deixa rastro.

– O que é isso? – Zero começou a apertar os botões do controle remoto da TV até que ela ligasse, o que a fez saltar com o susto.

Ayla pegou gentilmente o controle e colocou em um canal de desenhos, o que rapidamente cativou a atenção de Zero como faria com uma criança pequena.

O pen drive era a única coisa salva e estava criptografado. Restava apenas a pasta de arquivo que provavelmente era para ter queimado com a autodestruição do carro. 

Era uma ficha com os relatórios do MODELO HÍBRIDO N⁰2 COBAIA 09-00. Certamente era toda a documentação de Zero. Sem certidão de nascimento ou identificação, apenas datas e dados sobre a cobaia nascida em sete de novembro de 1987. Contando em anos, ela tem minha idade, pensou. Morreu no aniversário de 18 anos em 2005, quando transitou para o vampirismo e desencadeou a maldição. 

– Que presentão, hein? – resmungou para si mesma, aborrecida.

Sua mãe costumava narrar histórias de vampiros assustadores e que deveria evitá-los, mas era difícil não simpatizar com Zero quando ela não teve a chance de sequer ser uma garota humana normal, e parecia tão entretida com um desenho para crianças de seis anos. Dos nomes envolvidos em sua concepção, ela reconheceu apenas o Salvatore, que ainda gelava sua espinha. Ela se perguntava se ele estava ciente da existência da híbrida.

– Hum… você já leu isso? Além da verbena, aqui diz que você é vulnerável a pelo menos dois tipos de acônito testados. Você pode andar no sol, não se transformar em lua cheia… é, as bruxas devem ficar bem loucas com isso.

Zero - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora