Prólogo

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Lembrando que The Vampire Diaries pertecem a L. J. Smith e Julie Plec. Eu só tô pegando os personagens emprestados.

Boa leitura

Cordas banhadas e verbena eram como lâminas cravadas na pele. Aquelas cordas eram tão fortes, porém tão velhas, que pareciam mais cacos de vidro do que lâminas. Com certeza era proposital. Embora seu corpo parecesse criar uma certa resistência à erva tóxica ao longo dos anos, aquelas contenção a cansou o suficiente de mais uma tentativa fracassada de fuga.

E, céus!, como ela precisava fugir… E precisava encontrar o seu bebê. 

Ela havia feito o impossível para sua espécie. Ela deu à luz. E mesmo que aquele ser nojento e aproveitador dissesse que ela não era nada além de uma incubadora para gerar e nutrir os novos monstros, nada daquilo importava. Ela precisava fugir, precisava achar o seu bebê e sair daquele lugar, não importava o custo. A rebelião estava armada para aquela noite.

O carcereiro do turno da noite assumiu a posição. O demônio pessoal de seu inferno. Ela não lutou. Ela sabia o que viria, mas dessa vez ela não estava com medo porque seria a última vez que o homem (o verdadeiro monstro naquele lugar) tocaria nela, e depois disso ele nunca mais viveria para machucar ninguém.

***

Eu preciso voltar, eu tenho que voltar – a vampira gritava.

Todos os fugitivos tinham se espalhado, provavelmente desligando a humanidade, buscando sua alcatéia, seguindo seu caminho. Só ficaram os dois irmãos para trás.

– Você ouviu o que a Doutora disse. Ela tá morta. Eles não sobreviveram – o mais novo dizia, tentando conter a irmã.

– É mentira! – gritava, tentando se soltar do aperto de ferro do irmão. – Eu a vi sair de mim, eu ouvi seu choro! Oh meu Deus, o que eles fizeram com a minha bebê?

Dois minutos pareceram horas. O vampiro continha a mais velha, no entanto sua mente não estava no choro angustiado, e sim na possibilidade de algum sobrevivente do massacre aparecer. Ele precisava que ela colaborasse ou tudo seria em vão. 

– Ei, me escuta aqui. A gente não encontrou nenhum bebê lá, não sobreviveu ninguém. A gente tem que seguir em frente e voltar pra casa o quanto antes.

Casa… fazia tanto tempo que às vezes ela não tinha certeza do que era uma memória e o que era sua imaginação.

– Mas e se for mentira? Eu não posso desistir. Preciso encontrar o Salvatore – ela começou a planejar, se agarrando a qualquer fio de esperança. – Ele tem que me ajudar. Ele conhece bruxas! Nós podemos...

– Nós podemos sobreviver! Tem ideia do que essa gente passou pra fugir? Não vamos colocar tudo a perder por nada!

A cada grito a vampira se encolhia em medo, culpa e desesperança. Seu bebê se foi. Tudo aquilo que vinha sendo sua motivação de viver, de sobreviver, não existia mais. O bebezinho sem nome que ela tanto amou por aquele pequeno tempo de sua existência sem fim, tinha sido tirado dela, e ela nem poderia viver seu luto. Ela não aguentaria. Não podia seguir em frente com esse peso em seu coração. 

– Não, você não desliga agora. Preciso de você. Posso contar com você?

A fala de seu irmão era firme, como as mãos que seguravam sua cabeça, porém seu olhar era de súplica. Ela só tinha ele agora, e vice-versa. Não era justo com ele traí-lo assim quando eles foram tão longe.

– Venha, irmã. Você ainda tá fraca. Precisa se alimentar mais.

Espero de coração que tenham curtido e aceito críticas construtivas e sugestões.
Bjs!

Zero - Klaus MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora