Subconsciência...

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Duda

Eu estava olhando os corais com o pessoal até sentir uma falta de ar muito grande, eu estranhei de primeira e decidi olhar o cilindro, mas não tinha nada de diferente, o cabo não havia soltado nem nada. Minha visão começou a ficar preta e embaçada, e a última coisa que eu lembro de fazer foi puxar o braço da s/n e desmaiar.

[...]

Quando eu acordei vi que ainda estava no mar, deitada na areia com a luz do Sol invadindo a água. Rapidamente me levantei do chão e subi até a superfície da água, respirei igual louca tentando recuperar o fôlego e depois percebi que não tinha nada no mar, nem a lancha, nem pessoas.

Fiquei um tempo olhando em volta pra ver se tinha algum lugar ou alguém, mas como antes não encontrei nada. Fui passando meu olhar por todo lugar que era possível, e foi quando eu vi uma ilha. Essa ilha era muito diferente e bonita, e também era o único lugar que tinha naquele mar enorme, ainda muito cansada nadei até a ilha com um pouco de dificuldade.

Depois de uns minutos eu finalmente chego na areia, sem pensar duas vezes eu me deito na areia olhando o céu e tentando recuperar o fôlego. Enquanto recuperava o ar, fiquei observando o céu que estava muito lindo. 

Enfim, logo me levantei e tirei a camisa no qual eu ainda estava usando. Entrei no mar só pra tirar a areia do corpo e depois de pensar muito entrei na mata. Eu estava com medo porque eu estava em uma ilha totalmente desconhecida por mim, não sei quais animais tem aqui, se tem comida ou se tem comidas que são venenosas.

Depois de um tempo de caminhada eu cheguei em um lugar lindo demais, era como se fosse um "buraco" nesse lugar que não tinha árvores e com isso entrava bastante luz no local. Fiquei olhando em volta pra ver se eu vi algum tipo de fruta pra eu comer, porque eu já estou com fome. Depois de olhar bem o lugar, avistei umas bananeiras em algumas delas tinham algumas bananas que me aparentavam estar muito boas.

Duda - agora como eu vou pegar essas bananas - falo encarando as bananeiras

Me aproximei das bananeiras e tentei pegar as bananas, mas como o esperado eu não consegui. Olhei pro chão tentando pensar em alguma, mas minha cabeça não queria pensar em nada. Passei meu olhar por tudo que tinha no lugar e eu vi alguns gravetos jogados no chão, peguei os mesmos e comecei a tacar na bananeira. 

Duda - não é possível mano! - resmungo sem paciência e me sento no chão

Desisti de pegar as bananas e fiquei sentada no chão morrendo de fome. Quando eu estava quase adormecendo eu escutei um barulho vindo das folhas, me levantei com cuidado e olhei pra cima. Vi que era um macaquinho pegando as bananas, fiquei o olhando com bico pra ver se ele me dava uma banana.

Macaco - aahhhhh, a moça está perdida? - eu me assusto e caio no chão

Duda - v-você falou - aponto para o mesmo ainda em choque

Macaco - por que está assustada? - se aproxima

Duda - v-você falou! Um macaco falou! - me levanto 

Macaco - ainda não estou entendendo o seu medo

Duda - onde eu tô? Porque no mundo real com certeza eu não tô - cruzo o braço

Macaco - você tá no seu sub consciente

Duda - como assim?

Macaco - nada, mas eu acho que você tá com fome - entrega algumas bananas

Duda - obrigada?

Eu comi as bananas e o macaco foi embora. Isso com certeza foi uma das coisas mais bizarras que já aconteceu em toda a minha linda vida. Depois de comer as bananas minha fome passou, joguei as cascas no meio do mato e fui andando por aí explorando essa tal ilha.

Eu tava sentada em um tronco de árvore e vi que estava ficando de noite. Eu não tinha nenhum lugar pra eu ficar, e eu espero que os episódios do acampamento de Chiquititas me ajudem em algo.

[...]

Duda - como eu queria a s/n pra me ajudar nessa merda - falo pegando as folhas do chão

Fiquei um bom tempo procurando folhas grandes pra fazer um tipo de teto, isso com certeza não vai dar certo. Enfim, peguei vários gravetos grandes e fortes pra eu fazer tipo de um suporte, depois de pegar muitos gravetos e folhas fui caminhando pra achar um lugar bom pra me abrigar, logo achei um lugar com uma cachoeira era lindo demais. Coloquei as coisas no chão e comecei o meu abrigo.

Com os gravetos mais grossos e fiz um tipo de hashtag, e por cima dessa hashtag eu coloquei as maiores folhas que eu achei. Depois peguei os outros quatro gravetos que eram os mais fortes, e enfiei eles na terra pra aguentar o peso e depois coloquei a hashtag em cima. E com o resto das folhas que eu achei, coloquei no chão e me deitei sobre elas, não demorou muito e eu dormi.

De manhã

Eu estava dormindo até ouvir um "ei" e logo depois alguma coisa me balançando. Com um pouco de dificuldade abri meus olhos e vi aquele mesmo macaco, me levantei e o olhei esperando alguma resposta.

Duda - o que?

Macaco - eu só vim te avisar que se você não conseguir voltar pro seu mundo até amanhã de manhã você morre

Duda - espera, como assim eu vou morrer?

Macaco - pelo o que parece você se afogou, e agora você está inconsciente mas está presa aqui no seu subconsciente

Duda - tendi, e como eu volto pro meu mundo?

Macaco - você vai ter que se afogar de novo

Duda - nossa, isso é tão fácil né? - debocho

Macaco - só estou te dizendo

Duda - tá bom, valeu - saio andando

Então eu vou ter que me afogar de novo, e como eu vou fazer isso? Eu vou ter que fazer isso mesmo eu não querendo, enfim, andei por aí e no meio do caminho eu escutei umas pessoas falando. Fui seguindo as vozes e parei em um lugar enorme com vários espelhos e neles passavam várias coisas no qual eu já vivi. Eu nem me aproximei com medo de quebrar algum espelho mas fiquei observando as memórias, aquilo me trazia uma nostalgia incrível.

Depois de um tempo voltei a andar procurando a praia. Depois de andar muito até chegar novamente na areia, fiquei olhando o mar ainda com receio da coisa que eu tô prestes a fazer. Essa sensação de ficar sem ar é horrível, mas eu vou ter que fazer isso se eu quiser voltar pro meu mundo.

Mas e se eu não querer?

Para com esses pensamentos Maria Eduarda, você tem seus amigos e sua família lá fora! Saí dos meus pensamentos e andei até o mar antes de entrar respirei fundo e logo fui entrando naquela água gelada. Fui nadando até o fundo onde meus pés já não alcançavam mais a areia.

Duda - é agora ou nunca - respiro fundo e mergulho

Duda - é agora ou nunca - respiro fundo e mergulho

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