Meu Cunhado.

KEMERON REDALDE

Assim que coloquei meus pés em solo Frances soube que algo estava errado, dentro do jato em que vim para cá tive acesso a internet e soube que essa historia que me foi contada não estava batendo.

Então tratei logo de tomar minhas providencias, com o numero que eles me ligaram mandei um hackear rastrear o numero, com a localização deles em mão era apenas uma questão de tempo e dinheiro para encontrá-los e ambos estavam ao meu favor, com os contatos certos eu teria quantos capangas eu quisesse a minha disposição.

Quatro horas depois tudo já estava pronto, as ordens eram uma só trazer Hector para mim a qualquer custo, vivo ou morto isso para mim não importava na verdade nunca importou, mas agora era uma questão de honra para mim não mais o dinheiro.

Hector acabou com minha vida, minha liberdade, nem mesmo a minha filha estava mais ao meu lado, iria perder tudo por sua causa nada mais valia apena. Se eu não posso ter tudo o que sempre quis ele também não terá e me encarregarei disso pessoalmente disso e quando tudo estiver resolvido sairei de cena.

Os homens estavam prontos e armados para saírem e cumprirem suas ordens, assim que eles saíram fui para outro local que havíamos combinado não poderíamos permanecer no mesmo lugar e correr o risco de ser pego.

Estava no local combinado, apenas esperando o retorno de meus homens, as horas foram passando e nenhuma noticia chegava o sol estava nascendo e com ele minhas esperanças de que meu plano havia dado certo indo embora.

Estava andando de um lado para o outro quando ouço o barulho de carro se aproximando da casa, olho pela janela e avisto vários homens descendo, quando penso em fugir já e tarde demais para mim, eles invadem a casa e me imobilizam, vejo Hector entrar pela porta com Esthillenof e seus homens, eles me seguram mas me debato tentando me soltar.

- Seus vermes desgraçados, vocês vão me pagar, eu vou matar vocês. - Grito alterado me debatendo a todo custo.

- Não há mais nada que você possa fazer Kemeron, você esta em minhas mãos, eu faço com você o que eu bem entender agora.

- Seu infeliz, você acabou com a minha vida.

- Não Kemeron, você mesmo acabou com sua vida, no momento em que pensou em acabar comigo, serio que você achou que iria conseguir me arruinar? - Não digo nada e me mantenho calado, não havia nada o que eu poderia dizer naquele momento eu estava arruinado, maldita hora em que decidi vim para esse pais, se eu tivesse fugido a essa hora estaria longe daqui a muito tempo.

- Vai ficar mudo agora?

- Tudo bem então, não vamos prolongar tudo isso, quero voltar para minha casa e resolver minha vida assim que eu me livrar desse homem.

- O que você pensa em fazer? - Pergunto não conseguindo me segurar.

- Você saberá em breve.

Os homens que estavam com ele me levam ate seu carro me colocando dentro do porta malas, tento de toda a forma me soltar mas não consigo e penso que esse será meu fim, em certo momento o carro começa a se movimentar e minha vida passo como um filme em minha frente cada um dos meus erros vem em minha mente, alguns minutos se passam e o carro continua a se movimentar, sinto eles começarem a parar o carro um dos homens abrem o porta malas e me tira de lá.

Olho para os lados e vejo diversos policias em minha frente, eles caminham ate mim e me levam ate um jato da policia, sou preso a um assento de modo que fica difícil ate mesmo que eu me mova, olho ao meu redor e vejo dezenas de policias sentados perto de mim, ouço a voz de Hector adentrando o avião.

- Tomei as devidas providencias para que você tenha uma viagem muito confortável e que não cora nenhum risco de fugir, estarei de olho em você assim chegar ao Brasil.

Não perco meu tempo discutindo com ele seria perda de tempo, minha luta chegou ao fim não a mais nada que eu possa fazer para adiar o meu destino, agora e enfrentar as consequência de todas as coisas que eu fiz nos últimos anos de minha vida. A viagem de volta ao Brasil foi tranquila, eu estava morrendo de fome e sede mais os policias que estavam me levando em momento algum me ofereceram nada e não iria me humilhar pedindo nada.

Ao desembarcarmos no aeroporto um grupo de policias me cercaram e caminhamos ate a entrada, assim que passamos pela porta principal diversos reportes que ali estavam tentavam de toda forma se aproximarem querendo que eu dissesse alguma coisa a respeito de tudo o que havia acontecido.

Mas mesmo se eu quisesse não conseguiria me explicar e contar tudo o que fiz para crescer na vida ao longo dos anos, pelo que eu havia ouvido dos policias eles me levariam para um esconderijo ate o momento em que eu serei levado a delegacia, para prestar esclarecimento por todos os meus crimes.

Dentro carro em que eu estava havia mais 4 policias fazendo minha escolta ate o local onde eu iria ficar, eu estava perdido em pensamos mas uma sensação estranha me tomou, olho para trás e avisto três carros pretos vindo em alta velocidade em nossa direção, um dos policias percebe minha movimentação e olha na mesma direção em que eu estava observando.

- Pessoal temos companhia. - Um deles fala e logo todos estão com suas armas em mãos.

- Seus amigos vieram te soltar é Kemeron, sinto te dizer que eles não vão ter tanta sorte. - O policial fala com sarcasmo rindo em minha direção.

- Acho muito difícil ser isso. - Falo e me mantenho calado, não tenho amigos e com toda certeza esse carro não veio para me ajudar, pelo contrario.

Não demora muito e uma troca de tiros começa à acontecer os policiais que ali estavam atiram para todos os lados na tentativa de se defender, eles pedem reforços pelo radio mas pela distancia que estávamos provavelmente isso iria demorar, eu estava escondido dentro do carro apenas escutando toda a movimentação do lado de fora.

Os barulhos de tiro param e me levanto um pouco para ver o que esta acontecendo, ouço abrirem a porta do carro ao meu lado e me tirarem a força do veiculo, não tenho tempo nem de protestar apenas sou tirado de lá de dentro e jogado no chão com toda força, bato a cabeça no chão e com a força do impacto minha visão fica embasada.

- O Dom manda lembranças.

Ouço o homem dizer e o barulho da arma sendo dispara, meu peito queima e a dor consome todo o meu corpo que arde deito braça tento respirar com calma mas não adianta, outros tiros são disparados e não vejo mais nada em minha frente, apenas a escuridão.