HECTOR BERNARDELLI.

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Hellen estava mesmo acreditando que eu não iria descobrir que ela estava tendo um caso, antes mesmo da minha viagem eu já suspeitava disso, mas ontem assim que eu cheguei tive certeza o detetive que contratei havia tirado fotos dela com um homem chamado Mateou, ao que tudo indica eles estão juntos a algum tempo, não fiz a menor questão de saber quanto, tudo isso já estava sendo complicado demais.

Não sabia ainda o que iria fazer, sobre o assunto mas não iria deixar isso barato ela acha mesmo que pode me fazer de bobo dessa forma e sair impune não mesmo, eu não estava conseguindo disfarçar a raiva que estava sentindo dela, Hellen veio me chamar para almoçarmos juntos, não tinha como recusar, durante todo o almoço ela tentava conversar comigo mas eu era evasivo dava respostas curtas até ela perceber que não estava afim de papo, após nosso almoço volto para a empresa possesso de raiva, não podia ir embora ainda tinha muitas coisas para resolver por aqui, então me mantive focado em meu trabalho até ter feito tudo o que estava programado.

Já eram nove da noite quando chego em casa, vou para a cozinha faço um lanche rápido e vou para meu quarto Hellen já estava deitada, fico surpreso com isso geralmente ela não chega cedo muito menos dorme a esse horário será que aconteceu alguma coisa, mesmo com isso em mente a deixei dormindo e não toco no assunto. Tomo meu banho e me deito, estava muito cansado amanhã veria o que estava acontecendo com ela mesmo estando morrendo de raiva certas coisas não podem ser deixadas de lado.

Na manhã seguinte me levanto da cama e Hellen já não está mais lá, tomo meu banho e coloco um de meus ternos, me preparando para o trabalho. Desço para tomar meu café da manhã e ela já está sentada à mesa, me sento em sua frente mas não digo nada me mantenho calado e me sirvo de uma xícara de café.

- Bom dia meu amor. - Ela diz com sua voz suave, certamente está querendo alguma coisa de mim.

- Bom dia Hellen. - Falo seco, não querendo prolongar nossa conversa.

- Podemos conversar após nosso café? - Ela pedi, olhando diretamente para mim.

- Quando terminar vamos ao escritório. - Falo tentando imaginar o que ela está querendo dessa vez.

- Ok. E como vão as coisas na empresa? - Ela puxa assunto, olhei sério para ela, pensando em lhe dar uma mal resposta mas apenas dou uma resposta curta.

- Vão bem.

Tomamos nosso café em silêncio não estava afim de conversar, e pelo visto Hellen também não estava, eu me encontrava curioso para saber o que tanto ela queria conversar comigo, não somos o tipo de casal que conversa sobre negócios. Sempre foi ela com os dela, e eu com o meus e nos mantivemos assim durante todo o nosso relacionamento.

Terminamos nosso café e nos dirigimos para meu escritório, em silêncio entro e deixo a porta aberta e Hellen vem logo atrás de mim, ela fecha a porta atrás de si e se senta em minha frente.

- O que quer me dizer Hellen, seja objetiva, tenho muitas coisas para fazer, hoje.

- Meu pai está com problemas financeiros na empresa, quero saber se você pode ajudá-lo? - Ela fala indo direto ao assunto, e fico surpreso em saber que meu sogro se encontra com problemas.

- Que tipo de problema? - Pergunto querendo que ela seja um pouco mais específica.

- Ele está falido. -

- A empresa do seu pai e uma das maiores no ramo da Telecomunicação como ele conseguiu chegar a esse ponto, Hellen?

- Eu não sei, só quero saber se pode ajudá-lo. Essa seria minha chance de acabar com toda essa palhaçada, não há mais sentimentos entre agente e não iria mais manter esta situação.

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