O Meu Acaso || Adaptação Calzona

22- The change will come

Oii! Como estamos?

Trouxe mais um capítulo para vocês e espero realmente que vocês gostem! Não deixem de comentar e nem de votar.

O que será que tem por vir?

Tenham uma ótima leitura!

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Calliope Torres
 
Às 7:00h da manhã, eu começo a chutar a bunda. Ou as bolas. Sim, grandes bolas peludas fedorentas, é assim que começar o dia às 07:00h se parece. Especialmente quando você está se sentindo enjoada. E é assim que eu me sinto esta manhã. Eu sei que devo ser um espetáculo a ser visto também. Eu não me atrevo a olhar no espelho, porque eu sei que devo parecer tão ruim, se não pior, do que eu me sinto.
Minha cabeça está latejando, meu estômago parece que foi virado do avesso, e o cheiro de qualquer coisa está me fazendo querer vomitar. Isso foi ficando cada vez pior ao longo dos últimos dias, e eu tenho enterrado a cabeça na areia e lutado contra os pensamentos irritantes na minha cabeça.

Não é possível.

Sem chance, inferno.

Então, eu já estou na minha segunda garrafa de água do dia, e tudo o que estou conseguindo é que eu faça xixi constantemente. Tudo que eu faço é dormir e fazer xixi e trabalhar. Ocasionalmente, eu me alimento, se for absolutamente necessário e o cheiro da comida que eu estiver enfiando na minha boca não me fizer querer vomitar, mas eu sou praticamente uma concha cansada da Callie. Addison está preocupada comigo e já sugeriu que eu fosse examinada durante o meu turno, mas eu não parei desde que cheguei, e não tive tempo de sentar, e muito menos, ver um médico para um check-up.

Depois de finalmente conseguir uma pausa, passei alguns minutos pegando o prontuário dos meus pacientes no posto de enfermagem, então, eu olho para cima para ver um George sorridente, olhando para mim.

— Ei, estranha — ele diz alegremente antes de franzir a testa. — Merda, você parece o inferno. Por que você ainda está trabalhando?

— Oi para você também! — eu respondo de forma sarcástica, antes de suspirar e descansar a mão embaixo do meu queixo para impedir que a minha cabeça caia sobre a mesa na minha frente.
— Tenho certeza de que estou bem. Apenas cansada e enjoada. Eu estarei bem depois de alguns dias de folga deste lugar.

— Como está Arizona? Eu não tenho notícias dela há mais de um mês. Ela não está respondendo a chamadas ou mensagens, nem nada. Mantendo minha amiga ocupada?
Droga. Ela não disse a George que nós terminamos, ou que tivemos um ‘não-término’ antes de eu confessar meus segredos mais profundos para ela antes de fugir, de novo.

— Ah, sim, algo parecido — eu digo, dispensando-o.

— Está tudo bem com vocês duas, certo? Sério, Callie, eu não teria acreditado se eu não tivesse visto com meus próprios olhos, mas ela está feliz, e é tudo por sua causa. Eu nunca pensei que isso iria acontecer para qualquer uma de vocês.

Deus, dói ouvir isso. Será que eu vou estar pronta para enfrentar o buraco gigante em meu coração onde Arizona Roobins costumava ficar? Onde ela ainda deve estar.

Risque isso.

Onde ela está sempre vai estar.

— Não se preocupe, Doutor. Estamos todas bem.

— Merda, estamos de volta à coisa do Doutor, não é? — ele diz, esfregando a parte de trás do pescoço com a mão, assim como Arizona faz quando se sente desconfortável ou nervosa. Droga, por que não posso parar de pensar na mulher? Dia e noite, tudo me lembra ela. É uma tortura para o meu coração.