"Meu corpo fica estático, incapaz de exercer qualquer movimento que pudesse afastá-lo. Posso ver um sorriso largo surgir na feição dele, enquanto pressiona o dedo indicador, com sangue ainda fresco, contra os meus lábios simbolizando que não existe...
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"Eu sempre tenho a impressão que alguém está me espionando E eu não tenho privacidade Eu sempre tenho a impressão que alguém está me espionando Diga-me que é apenas um sonho"
-Rockwell
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Haviam completado doze dias desde a visita na casa de Jeff, representando o início do fim - visto que Carmen estava atrelada às condições de alguém impiedoso como ele -, voltando a ser tratada com indiferença na cafeteria, sendo reduzida a nada, aparentando nunca ter sido ameaçada.
Ficava relutante em sair do apartamento, sendo um tormento colocar os pés nas ruas de Nova York, sempre tendo a sensação de estar sendo observada - tinha esse sentimento logo que começou a faculdade, agora a insegurança torna-se mais grave, especialmente depois do aviso.
"— Eu vou estar de olho em você, acompanhar cada passo."
Talvez antes tal sensação fosse apenas paranoia. Mas, no cenário atual, tinha plena consciência que o perseguidor era seu "novo amigo".
Foi retirada dos devaneios, reparando na mensagem de sua mãe, que surge no topo das notificações do celular.
Sinto sua falta. Por favor, me ligue.
Carmen ignorou, sabia que não poderia permanecer distante dos problemas familiares. Contudo, tinha questões maiores para lidar no momento.
Separou os livros que iria utilizar durante as aulas, encarou brevemente as nuvens densas sendo formadas, cobrindo amplamente a cidade, tendo esperança de ter um dia genuinamente bom.
