{POV. Virgínia}
- Prazer, sou Virgínia. - Aperto rapidamente a mão da garota de pele lindamente marronzada.
- Então, está gostando do baile? - Renata puxa assunto enquanto bebe um pouco de algo transplante que está em seu corpo, acredito ser vodka. - Digo, porque nunca te vi por aqui, então deve ter se mudado a pouco para o morro. - Ela completa.
- Não me mudei pra cá, sou de Ipanema. - Explico e suas sobrancelhas se levantam.
- Caio então está ficando com uma patricinha de Ipanema? - Ela diz surpresa.
- Patricinha? - Elevo um pouco meu tom de voz e acho que a maioria percebeu.
- Não, desculpe, não quis... - Renata tenta se defender.
- Opa, e aí como vocês estão?Uma voz masculina familiar surge e logo Caio fica ao meu lado.
- Oi, Caio. - Renata abre um sorriso enorme e acena freneticamente para Caio, como se mudasse da água para o vinho de repente.
- Vai dar uma volta, Reh, quero ficar aqui com minha dama.Caio posiciona as mãos em meus quadris e eu viro meu rosto para o lado sorrindo vitoriosa, mas por dentro eu estou totalmente intrigada em saber: Que porra está acontecendo?
Renata não diz nada, apenas força um sorriso e sai.- Reh? - Pergunto irônica me virando para Caio.
- Ciúmes, Vini? - Caio devolve a ironia e eu reviro os olhos.
- Claro que não. Cara, ainda nem transei contigo. Só estou curiosa.
- Já fiquei com Renata apenas uma vez mas ela não é confiança. - Ele explica.
- Ela me chamou de patricinha só porque contei que moro em Ipanema. - Explico indignada e bebo um pouco mais de cerveja, Caio solta uma risada.
- As minas da quebrada gostam de chamar o pessoal dos bairros nobres de patricinhas, mimados e riquinhos, em especial as minas. - Caio explica.
- Mau sabe elas que eu sou uma puta prostituta, filha de uma viciada. - Suspiro bebendo. - Por que Renata não é confiável? - Pergunto curiosa.
- Renata tinha um irmão, ele fazia parte dos homens de confiança de meu pai mas quando meu pai foi morto e eu tive que assumir o morro, o irmão dela queria roubar o comando usando informações que a Renata conseguiu quando transou comigo. Mas acabou que ele não conseguiu e ela tem sorte de ainda não ter sido expulsa do morro, talvez com a esperança de se tornar a primeira dama do morro algum dia. - Caio contou.
- O que aconteceu com irmão dela?
- Matei.Caio deu de ombros como se aquilo não importasse em nada e eu estremesso engolindo seco, virando meu rosto para o baile a frente.
- Boa noite, quebrada! - O Dj grita no microfone e todos gritam em euforia. - Só pra agradecer aqui ao grande patrocinador dessa festa, o dono dessa porra toda aqui, que sempre permite os melhores bailes aqui no Rouxinol.
Todos gritaram mais ainda enquanto olham para nosso camarote e Caio sorrir de lado para mim antes de acenar para a multidão.
- Gratidão, irmão!
O Dj diz e a multidão toda vai ao delírio quando ele começa a tocar Baile de Favela - Mc João, e me assusto quando vejo Caio puxar sua pistola da cintura e apontar para cima, assim como todos que estavam armados tanto no camarote quando lá em baixo, então uma chuva de tiros para o alto começou. Meu coração disparou e senti minhas artérias pulsarem em adrenalina, sorri surpresa e logo o fogo cessou.
- Vocês são loucos! - Exclamos rindo assustada. - Isso não vai atrair a polícia?
- Não, relaxa. Eles não tentam entrar aqui há dias e não vai ser no meio de um baile que eles vão tentar outra vez. - Caio explica e eu volto prestar atenção no baile a frente.Caio bebe ao meu lado e não puxa assunto novamente, mas de uma certa forma eu consigo gostar dessa companhia territorial dele, ele veio a mim quando Renata tentou me afrontar. Ele é só mais um cliente mas não custa nada guardar boas memórias.
- É meu primeiro baile funk. - Conto.
- Sério? Onde tu vivia não tinha baile funk? - Caio pergunta curioso, ficando de frente para mim.
- Não, morávamos em um baile de classe média baixa mas não uma favela, também nunca gostei de me meter nesses lugares assim, a não ser que fosse para ir buscar minha mãe em alguma boca de fumo. - Conto e Caio sorrir lembrando da referência do dia que nos conhecemos. - Então logo eu virei prostituta e minha agente exigiu que morassemos em um bairro onde nossa clientela seja a mais rica possível.
- Então nunca foi em um baile funk. - Caio supõe.
- Até hoje não.O olhar Caio fixa no meu e meu mordo meu lábio inferior ao sentir meu corpo aquecer sobre seu olhar, Caio se aproxima de mim colocando a mão em minha cintura enquanto eu ainda estou com os braços apoiados sobre a parede de proteção.
- Bom saber que pude te dar uma boa primeira vez. - Caio sussurra em meu ouvido e eu estremesso um pouco.
- Experiências sempre podem ser melhoradas. - Rebato usando minha voz aveludada de flerte e vejo os olhos de Caio queimarem.Ei, tudo bem? - Mc Zain começa a tocar nos paredões de som e Caio anda ficando atrás de mim, suas mãos no alto de meu quadril e eu virei meu rosto para o lado para lhe dar espaço em pescoço. Caio aperta minha cintura e sinto meu corpo todo explodir quando sinto sua respiração quente passear pelo meu pescoço enquanto ele passava a ponta de seu nariz naquela região. Ele cola nossos corpos e eu sinto algo duro tocar acima de meus quadris.
- Sente? - Caio sussurra em meu ouvido e eu assinto com a cabeça disfarçadamente. - Estou tentando me controlar, mas desde a primeira vez que eu te vi eu só penso em meter dentro de ti com força.
Ele rosna e eu fecho os olhos mordendo meu lábio inferior, audaciosa e sem ligar para que alguém esteja vendo, eu levo minha mão devagar e disfarçadamente para atrás de mim, e consigo sentir sua calça jeans quase não conseguindo esconder a rigidez por debaixo da mesma. Caio estava rígido e eu já me sentia molhada. Que merda, que hora ele vai embora dessa porra de baile funk?
- Cachorra.
Caio rosna tirando minha mão de cima de sua calça e a coloca sobre a parede de proteção novamente, e sorrio satisfeita ao ver que alcancei o objetivo da provocação. Só de Sacanagem - Mc GW começa a tocar no som e Caio sussurra de novo em meu ouvido.
- Sei que tu nunca foi em um baile funk, mas deve saber dançar, né? - Assinto. - Me responde. - Ele ordena apertando meu braço e eu aperto meus lábios tentando não rir de tanto tesão que eu estou.
- Sim. - Digo firme.
- Então dança pra mim.Caio ordena e fico confusa quando ele se afasta de mim, vejo o mesmo andar até o sofá vazio que está na outra parede de proteção. Ele se senta esparramado no sofá com sua cerveja na mão e me chama com a outra, escondo o pouco de vergonha que me resta em anos fazendo de tudo como prostituta e ando sensualmente até ele. Mau chego perto do mesmo e Caio me segura pelo braço me puxando para me sentar sobre seu colo de frente para ele com minhas pernas a cada lado seu.
- Dança pra mim, sua vagabunda.
Se fosse outro cliente talvez eu me ofendece mas não falasse nada, mas agora não estou ofendida estou excitada.
Seguindo sua ordem, olho fixamente para Caio colocando minha mãos sobre o alto de sua clavícula e começo a rebolar sobre seu colo. Sei que a maioria deve está nos olhando, mas eu não estava nem aí desde que esse homem me fodesse mais tarde. Caio me olha fixamente e com intensidade, vejo o desejo e a euforia em seus olhos, e isso faz minha ponto sensível doer e gritar por algum toque, nem que seja o toque da calça dele arrastando em mim enquanto danço sobre ele.
Talvez essa noite não seja tão terrível quanto eu pensava.
[...]Continua...
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Aguardem o próximo capítulo pois ele será o hot que todo mundo espera entre Virgínia e Caio, não esqueçam de comentar, favoritar e compartilhar.
Aliás, dêem uma olhada na minha página do insta que posto tudo sobre minhas história, memes e muito mais. Sigam: Escritora Baderneirah
Bjs♡♡♡
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Um Anjo entre o Céu e o Inferno (Livro 01)
RomanceFilha de uma mãe viciada em drogas, Virgínia, com 24 anos, precisou se tornar acompanhante de luxo há 4 anos. Por conta de seu corpo exuberante, Vini logo cresceu no mundo das profissionais do sexo. Uma mulher forte, sensual e determinada, que sempr...