Capítulo 27

583 133 69
                                    


💚🌺💚🌺💚🌺💚🌺💚🌺

A Rosa dos Lan

Capítulo 27

💚🌺💚🌺💚🌺💚🌺

Zhan correu até a praça onde a pick-up estava estacionada. Tio Popó estava do lado de fora conversando com alguns amigos embaixo da árvore, enquanto esperava os mais novos pegarem a encomenda de Yanli. Reclamavam do calor que estava fazendo nos últimos dias e de como uma chuvinha cairia bem.

Pensou em mil idéias que pudesse convencer o tio a levá-lo até a Gusu, mas nenhuma parecia convincente o bastante.

Só queria ter certeza que eles estavam bem.

Tentava secar o rosto já completamente vermelho e úmido, sem muito sucesso, caminhando mesmo que com as pernas trêmulas, tentando chegar ao mais velho.

Aquilo não podia ser verdade.

Não era possível que uma empresa como a Gusu sofresse um incêndio daquele tamanho. Seu avô por mais cruel que fosse não seria capaz. Não chegaria a esse ponto. Podendo perder diversas vidas, de artistas, funcionários...de seus netos.

Do jeito que estava com o choro já entalado na garganta, era capaz de não sair uma única palavra quando chegasse até ele.

Estava tentando engolir o choro, como dizia seu avô, mas quanto mais tentava, mais lembrava que sua vida estava bagunçada e não seria capaz de arrumar enquanto não conseguisse por um ponto final no assunto com Qiren. Conhecia bem o avô e tinha certeza que ele estaria por trás disso.

Quando passou ao lado do carro, em direção ao mais velho, notou que a chave estava pendurada na ignição. Olhou para o tio Popó. Distraído, não percebeu a aproximação do ômega.

Deu dois passos para trás.

Com passos lentos e tentando não chamar a atenção para si, abriu a porta e escorregou para dentro, sentando no banco do motorista.

Só pensava em Wei Ying e o quanto o magoaria fazendo o que estava prestes a fazer.

Não queria se afastar do seu alfa, por nada.

O amava mais que tudo.

Mas eram seus irmãos. E também os amava. Precisava ter certeza que eles estavam bem.

Sentiu uma vontade real de gritar, mas o que fez foi fechar os olhos, sentindo todo seu corpo tremer.

Tentou respirar fundo, buscando por coragem. Segurou a porta e a puxou com força, fechando-a.

O barulho chamou a atenção de tio Popó, que inclinou a cabeça e reconheceu pelo espelho retrovisor o jovem. Achava que ele tinha entrado para sair um pouco do sol e descansar as pernas.

Zhan girou a chave fazendo o motor roncar. Tio Popó estranhou e andou apressado para alcançar a pick-up.

- Lan Zhan! Lan Zhan! – tio Popó gritou chamando-o. Com as mãos na carroceria, correu junto com o carro, mas não conseguiu acompanhar.

Zhan colocou o carro em movimento e saiu com os pneus gritando pela pacata cidade, chamando a atenção de todos.

- Aquele não era seu carro? – um dos seus amigos perguntou ao seu lado. Tio Popó não respondeu. Ficou olhando enquanto o carro sumia de vista.

– O que aconteceu com esse menino? – murmurou preocupado, limpando o suor da testa.

Pegou o celular e ligou para Ying.

A Rosa dos LanOnde histórias criam vida. Descubra agora