Capítulo 37

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A Rosa dos Lan

Capítulo 37

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- Você não acha que é muito? – Lan Zhan olhava o carrinho de compras lotado de fraldas descartáveis. Ying o empurrava com uma mão e com a outra tentava equilibrar a pilha para que não caísse no meio do corredor. Vestia um macacão curto, branco, folgado e uma camiseta florida por baixo. Em uma das mãos levava seu super suco de 500 ml, rico em vitaminas e sais minerais e sabe-se lá o que mais colocavam ali dentro que Ying fazia questão de comprar, sempre que iam pra lá.

Zhan não reclamava.

Ele até gostava do sabor.

- Não, é pouco. – ele disse calmamente. - Nós temos que tratar todas as possibilidades e recém nascidos usam muitas fraldas.

- Sabe que tratar todas as possibilidades é impossível. – Zhan afirmou.

- Eu sei, vida. Mas quero que você e nossos filhotes tenham tudo o que precisar e farei tudo o que estiver ao meu alcance para isso. Até porque, você está grávido de gêmeos! - Zhan comprimiu os lábios, fazendo uma força enorme para não rir abertamente do alfa. – Eu vi isso. – Ying acusou. O mais novo colocou o canudo na boca, tomando a vitamina.

Tinha prometido para o alfa que não riria dele, pois Ying falava que parecia um bobão, quando na verdade ele só estava se cercando de cuidados com eles. O problema é que o ômega não conseguia evitar de achar graça. Todas as desculpas para o excesso que o alfa vinha cometendo nas últimas semanas eram:

"- Você está grávido! De gêmeos!" – o alfa dizia como se fosse a coisa mais óbvia e justificasse tudo o que estava fazendo.

E já que ele não aceitava o dinheiro dele para nada, então também o caçula não podia aceitar que ele gastasse tanto, mesmo que estivesse recebendo bem com o negócio de consultoria às empresas.

Lan Zhan ia atrás dele, já ostentando sua barriga de quatro meses. Por serem gêmeos, sempre que alguém parava para falar com eles, imaginava que o caçula estava de quase seis meses de gestação. E o alfa sempre corria para corrigir dizendo com um largo e orgulhoso sorriso.

"- É que são gêmeos." – só faltava babar.

E seus olhos não conseguiam esconder isso. Ying estava muito feliz, o que só aumentava e muito, a própria felicidade do ômega.

Essa alegria começou pequena, e aos poucos tornava-se grande, fazendo-o algumas vezes devanear em como seriam os rostinhos dos filhotes.

A quem puxariam? Com certeza seriam iguais a Wei Ying. E isso o fazia sorrir. De alegria, ao imaginar seu alfa carregando seus filhotes.

Sim.

Agora podia dizer.

Não só se sentia feliz, mas percebia o quanto era amado e o quanto a vida tinha sido boa com ele, o abençoando com um bom alfa e com dois filhotes de uma só vez.

Estava fazendo o acompanhamento da gravidez no posto de saúde da vila de pescadores. A pequena clínica era mais simples que a da fazenda, não possuía tantos recursos, como para exames mais complexos, mas ao menos ele continuava tendo as consultas. Dra Yu ainda vinha vê-lo uma vez por semana, e ela era de certo modo, uma das ajudantes do alfa a fazer seu ômega se sentir como agora.

Bem.

Aliás, muito bem.

Ele enlaçou o seu braço no do alfa que segurava o carrinho e não se importou que ele o arrastasse. Seus pés na última semana resolveram ficar inchados de uma hora para outra. Bastava ficar um pouco mais de tempo em pé e mal conseguia calçar os chinelos.

A Rosa dos LanOnde histórias criam vida. Descubra agora