Capítulo 22

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A Rosa dos Lan

Capítulo 22

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Lan Zhan dormia profundamente com a cabeça repousada no braço de Ying. O alfa fazia um carinho gostoso em seus cabelos e mesmo que não tivesse intenção, seu lobo interior tratava de soltar feromônios para marcar seu ômega. Vezes ou outras a boca do alfa se contorcia num sorriso apaixonado demais pelo lindo ômega. Não conseguia acreditar que ele havia se entregado para um alfa tão torpe como ele. Prometeu a si mesmo que o protegeria e cuidaria dele pelo resto de sua vida.

Em certo momento, notou que ele sonhava. Dizia coisas incompreensíveis. Seu rosto se contorceu em uma expressão de tristeza e desagrado. Ying instintivamente o trouxe para mais perto de seu corpo, o abraçou e afagou suas costas e passou as mãos de forma carinhosa em seus cabelos, até que sua expressão voltou a se tranqüilizar.

Ficou admirando o rosto de LanZhan, que parecia ter mudado um pouco desde a última vez que se viram no dia de sua formatura. Nada demais, ainda continuava lindo, doce, rosado, perfumado e atraente como antes, uma leve alteração, perceptível apenas para quem ficasse como ele estava agora, com o rosto bem próximo dele , ou talvez causada pelo tempo que ficaram afastados. Começou a imaginar no tanto que já tinham passado até ali e no que ele havia perdido de tempo por ter ficado desacordado no hospital.

Percebeu que seu amor pelo ômega em nada tinha mudado, ou melhor, se possível tinha aumentado ainda mais. Tão distraído como estava, quase não ouviu seu celular tocando no bolso da calça, jogada no chão.

Com muito cuidado, para não acordar o mais novo, retirou o braço e puxou o lençol o deixando bem coberto e protegido do frio. Quando encontrou o aparelho, viu que era um número desconhecido. O colocou no ouvido.

- Pronto. – atendeu com a voz baixa e desconfiado.

- Oi Emílio, meu amigo, há quanto tempo! – ele reconheceu a voz de Xichen. Já ia mesmo ligar para um deles falando sobre o caçula. Só não entendeu porque ele o chamou de Emílio.

Saiu do quarto para que não acordasse Lan Zhan.

- O que voc...

- Então...- Xichen o cortou - Sabe aquele pen drive que eu te dei? Eu só queria saber se você está com ele?

Ele ficou parado por um tempo sem responder, tentando decifrar que porra era aquela agora.

Num instante compreendeu. Com certeza Qiren devia ter rackeado o celular dos netos para saber se Zhan estava com eles.

- Ah...o pen drive? Sim. Está comigo.

- E...e-ele está em bom estado? – perguntava se o ômega estava ferido.

- Sim. Está.

- Ótimo. – o Lan mais velho disse e Ying percebeu alívio em sua voz. - Eu gravei algumas cenas nele e queria ver se conseguiria resgatar alguns artigos usados na programação antiga. Pedirei para alguém passar aí. Ok?

- Ok?

- Ok.

- Muito obrigado, Emílio.

Ying desligou o celular.

Se lembrou que sua casa estava sob a segurança de Wang Liu e mesmo que Qiren fosse lá, não sairia com certeza sem uma bala no meio do peito.

Veio à mente as pastas que estavam com Lan Zhan. Foi até a cozinha para pegá-las e ver se o que tinha dentro delas, poderia colocar finalmente Qiren atrás das grades.

A Rosa dos LanOnde histórias criam vida. Descubra agora